Era por volta das cinco da tarde, o sol ainda estava quente e meus machucados ardiam. Juntei as coisas que sobraram e procuro por meu celular. Consigo ficar de pé e procuro ao redor da grama ao meu lado até que o vejo bastante quebrado, mas ainda funcionava. Que "ótimo", não havia nenhum sinal ali e eu não fazia ideia de onde estava. Começo a caminhar na direção que vim mas parece que quanto mais ando, mais eu não saio do lugar. Eu estava exausta psicologicamente o que me afetou por completo. Seguro minha barriga como se estivesse com cola nas mãos até que sinto uma leve pontada. Meu choro volta a correr, logo iria anoitecer e tudo ficaria ainda pior. Mas eu não paro de andar, procuro forças, mas eu não iria parar. Eu precisava de ajuda, estava confusa, tonta, com medo. Sem reação.
Continuo a caminhar lentamente até que ouço um carro vindo atrás de mim, eu não consigo parar de chorar só de imaginar que pode ser ele de novo. Olho para o carro e vejo que não é ele, um misto de esperança e medo tomou conta de mim e peço por ajuda.
- Me ajuda! Ei! Por favor! - O carro para e para minha sorte um casal que aparentava mais de cinquenta anos sai do carro correndo com uma garrafa d'água.
- Menina! O que aconteceu? Venha comigo, vou ajudar você... Meu deus quem fez isso com você? - O senhor me segura pelos braços e me sinto envergonhada por minhas roupas estarem rasgadas e a senhora que estava com ele me entrega um quimono e consigo cobrir boa parte do meu corpo.
- Beba a água querida, vamos te levar para o hospital mais próximo e nos conte o que houve. - Ela diz enquanto ajeita meus cabelos para descolarem do sangue já seco em meu rosto.
- Eu agradeço, de verdade. - Agora já com o choro controlado consigo dizer algo, eles me deitam no banco de trás para que eu fique confortável.
- Eu me chamo Wanderley Caldas e esta é minha esposa Malu. Qual seu nome?
- Sou Melissa, aonde estamos?
- Aqui é uma das saídas de São Paulo. Então Melissa, o que aconteceu? - Malu se vira um pouco para trás para me ouvir.
Respiro fundo e começo a contar:
- Eu cheguei em São Paulo hoje mais cedo e peguei um táxi para o endereço que precisava ir. O taxista então me tirou ta rota e me trouxe para cá... - Sinto novamente uma pontada na barriga, o que me faz dar uma pausa.
- Tudo bem, você esta sentindo algo? - Malu olha para mim preocupada.
- Estou grávida. Estou com medo de acontecer algo com meu bebê, é a segunda fez que sinto uma pontada na barriga.
- Meu deus, tente se manter calma, isso pode ser por conta do estresse, não precisa falar mais agora, descanse, logo chegaremos ao hospital. - Ela me tranquiliza.
Me concentro mais uma fez e coloco todas as minhas esperanças na minha barriga. Vai ficar tudo bem bebê, vamos sair dessa juntos. Digo para mim mesma enquanto minhas mãos fazem carinho nela.
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Um Amor Maior Que o Mundo ♥️ Christian Figueiredo
FanfictionNuma manhã de outono, Melissa aos 19 anos recebe a notícia: Grávida. Estando no segundo ano da faculdade de Letras ela vê sua vida entrando em choque. Melissa toma uma decisão que mudará sua vida. Ela transfere seu curso e se muda para a cidade de...