Capítulo 16

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- Eu sabia que não estava louca, que tinha sentido cheiro de sangue humano lá do salão. Mas me disseram que não. Você é o quê? Um brinde para quem ganhar? - do que essa louca está falando? - Sabe, acho que ninguém se importaria se eu bebesse só um pouco. Seu sangue tem um cheiro tão melhor do que o sangue velho que estão servindo lá em cima.

- Você não está bem - falo tentando me afastar dela.

- Estou sim - diz de modo sinistro se aproximando.

- HOSEOK? - grito desesperada.

Ela ri:

- Vamos deixar seu amiguinho em paz. Que tal? Eu te dou dez segundos para correr - fala com um sorriso de diversão.

- Quem você...?

- Um... - ela me interrompe, começando a contar e saio correndo. Eu não acho que ela esteja brincando, mas, se HoSeok, que era minha primeira opção, sumiu, o melhor que posso fazer é correr, mesmo sabendo que não tem como eu sair daqui a tempo, o túnel escuro parece eterno.

- Peguei você - ela me puxa e me joga no chão, sinto minha cabeça começar a sangrar. - Ah... cheira tão bem, pena que nem foi divertido - ela vem para cima de mim e grito com todo o meu pulmão. - Eu gosto disso, grite mais.

Ela se aproxima de mim, mas algo a joga longe, me arrasto para trás quando ela começa a gritar. E então tudo fica em silêncio.

- Ho... Seok...? - ninguém responde e tento a segunda opção. - JiMin?

O silêncio continua e me encolho. Apesar de estar com medo por minha cabeça sangrar - eu posso morrer por causa disso? -, o medo de me mover e encontrar mais alguém é maior. Então continuo ali, até o túnel ser iluminado por HoSeok com uma tocha na mão.

- Você está bem? - ele pergunta preocupado.

- Minha cabeça está sangrando - é a única coisa que falo.

Agora, com a luz, dá para ver uma perna de cadeira atravessada no peito da mulher que me atacou.

- Você fez isso? - ele me pergunta.

- Não, claro que não eu... - não conseguiria fazer isso.

- Tudo bem, vamos voltar para lá, eu vou dar um jeito na sua ferida.

- O.K....

Enquanto andamos é possível ver as várias celas ao longo do túnel e não tenho certeza se a tocha me tranquiliza ou deixa ainda mais assustada. Quando chegamos, ele me coloca sentada e começa a mexer na minha cabeça.

- Pronto - diz após alguns segundos.

- Mas, as pessoas não vão continuar sentindo o cheiro?

- Não. Eu dei um jeito na ferida - fala e passa o dedo sobre o meu indicador que sangrava, mas está curado depois que faz.

- Obrigada...

Ficamos em um silêncio constrangedor.

- Eu...

- Desculpa - ele me interrompe. - Eu quero dizer... por não ter te ajudado, é que aconteceu um imprevisto lá dentro e...

- Não é como se fosse sua obrigação - falo e suspiro.

- Deveria ser a do TaeHyung, por que ele te escolheu se ia ser tão inútil assim?

Bom, pelo menos agora tenho certeza que não foi o TaeHyung também. E, sinceramente, não acredito que nenhum dos outros garotos fosse me ajudar. Se bem que o JiMin também deixou bem claro que não importa se eu morrer ou não, até me mataria. Então por quê?

The Curses of Schwarzwald - Cursed Castle (pjm) (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora