The Curses of Schwarzwald - Cursed Castle (pjm) (CONCLUÍDA)

Capítulo 18

A música para e as pessoas me encaram, a atmosfera numa tensão quase palpável. O apetite visível em seus rostos, como se estivessem prestes a atacar, e provavelmente estão. Por alguns segundos a sala fica em silêncio. Um silêncio esmagador. Todos apenas esperando que alguém comece e eu com medo de me mover e chamar atenção, minimamente aliviada por, pelo menos, não ter sido acertada pela lança.

Me encolho numa tentativa idiota de me proteger e uma mulher vem em minha direção, mas um homem a tira do caminho.

- Ela é minha - ele diz feroz.

Meu coração dispara, talvez JungKook esteja certo, talvez não tenha ninguém para me salvar agora.

A mulher avança nele e o mesmo quebra seu pescoço. Alguns outros o atacam, mas ele os mata também me deixando ainda mais assustada.

- Todos mantenham a calma - NamJoon aparece, virando o centro das atenções. - Houve um mal entendido - ele vem até mim e fica na minha frente.

- Não tem como estar errado, o cheiro dela é claramente o cheiro de um humano e, se ela está aqui, deve ser algum tipo de recompensa, por termos ficado até agora - um garoto diz vindo até mim e os outros concordam.

- Não - NamJoon fala. - Ela é uma das concorrentes e já foi escolhida por um dos garotos - a sala se enche de cochichos e as garotas me olham feio. - Então se controlem até que...

- Ela está sangrando - olho para baixo, vendo o sangue espalhado pelo vestido. - Se não é uma recompensa é claramente uma provocação - um senhor fala.

- Que tipo de vampiro você é? - pergunta um garoto de modo provocativo. - Não consegue matar uma garotinha?

- Consigo - ele avança na garota que estava do lado do que falou e rapidamente arranca sua cabeça, me fazendo segurar o grito na garganta. - Mas, sou um vampiro que tem autocontrole - chama isso de autocontrole?

- Seu... - o garoto o ataca, mas ele também mata esse.

Me encolho mais, me afastando. Todos eles são assustadores. Ele me encara antes de continuar:

- Quantos mais eu tenho que matar?

As pessoas ficam receosas. Matar para eles é tão fácil, e tão... simples.

- Não importa, eu quero ela - alguém diz e avança no de cabelos verdes começando a briga.

A partir daí, vejo várias pessoas tentando chegar até mim, porém eles próprios se param. É uma disputa acontecendo na minha frente. E eu sou o prêmio.

Olho para porta, se eu conseguir sair...

Então vejo JiMin, ele está do lado de fora do salão. Nossos olhos se cruzam e, como se fosse em câmera lenta, ele fecha os seus, voltando a olhar para frente e seguindo o caminho que fazia.

Ele simplesmente passou reto? sinto um aperto no peito. Tem mais de duzentas pessoas tentando me matar e a única que achei que me ajudaria passou reto. Começo a hiperventilar.

Algo quebra do meu lado e acordo para a realidade. Mesmo meio tonta e tropeçando antes de conseguir levantar, saio correndo. No caminho pego um pé de uma cadeira que estava quebrada e saio pela porta da frente, deixando o castelo para trás.

Por um breve momento acho que estou bem, mas depois ouço um barulho provando que estou errada. Tento ir mais rápido mas alguém me puxa pelo braço.

Vou enfiar o pedaço de madeira nele mas ele é mais rápido e segura meu pulso:

- Vem comigo - ele diz agoniado e tento afastá-lo. - Eu te tiro daqui - insiste.

Eu não acho que seja uma boa ideia ir, porém ouço um barulho forte vindo em nossa direção.

- Vamos - ele fala.

- O-ok... - falo ainda receosa.

Ele me carrega pela cintura e para no meio da floresta me colocando no chão.

- O-obrigada?

Então ele começa a rir.

- Humanos são tão patéticos - eu congelo. - Achou mesmo que eu te ajudaria? - ele continua rindo. - Agora, você é só minha e ninguém vai te ajudar.

Começo a correr, ele me alcança em menos de dois segundos:

- Isso é divertido. Corra mais, adoro o desespero de vocês. Vamos, pode correr, vai que você consegue - a frase me enche de raiva. Não vou cometer o mesmo erro de novo. Se é para morrer, que não seja fugindo dele. Avanço em sua direção, mas ele me para segurando meu pulso - É a primeira vez que isso acontece... Você achou o que? Que ia me dar um soco e eu ia desmaiar?

- Não - empurro ele contra uma árvore e um galho grosso faz um buraco em seu peito e ele engasga. - Achei que ia te matar assim - falo me achando esperta pelo ato.

- É uma pena - ele fala ainda sem força. - Mas você errou - ele me puxa contra ele, mas algo atravessa seu peito antes que ele consiga fazer algo.

- Mas eu não erro - o mesmo homem de antes, na festa, fala. - Já falei que você é minha - ele diz pra mim e joga o corpo morto no chão e seu olhar faminto é dez vezes mais assustador que o do que agora está morto e, se não consegui vencer o outro, contra esse tenho ainda menos chances. O pensamento me faz correr para longe.

Mas não tem como ser rápida o suficiente. Ele me alcança sem esforço e me joga no chão. Diferente do outro esse é direto.

Sinto minha cabeça voltar a sangrar ele puxa essa para o lado e examina a pele exposta:

- Um pescoço tão lindo - ele passa os dedos no sangue, levando a mão à boca, terminando com uma expressão de prazer que me faz chorar e debater em desespero.

- Não, me deixe ir - peço.

- Sabe? Faz tempo que não provo um tão doce - ele ignora meu pedido e morde meu pescoço em cima do corte.

Grito. A dor do sangue sendo sugado é algo incomparável com qualquer coisa que já senti na vida. Começo a ver as coisas ficando embaçadas e vou perdendo a consciência. Mas, ainda consigo sentir quando ele para bruscamente.

...

- Ela perdeu muito sangue - alguém diz. Eu conheço a voz mas não consigo reconhecer de quem é.

...

- Por que não morde ela? - outra voz sugere.

Tento dizer que não quero que me morda, porém o som não sai.

...

- Onde está o HoSeok quando a gente precisa?

Depois disso eu apago.