Capítulo 13

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POV CAMILA

Combinei de encontrar Lauren no shopping em frente à loja de celulares.
Fiquei procurando por ela um bom tempo até que senti alguém me abraçar.
– Não me reconheceu? – Quando virei era ela. Tão linda! Diferente, com roupas diferentes, o cabelo bem mais curto de quando chegou! – Gostou? – Ela parecia uma criança quando coloca um vestido novo.

– Amor, você está incrível! – Dei um beijo nela. – Amei, amei amei. Dá mais uma voltinha. – Falei segurando em sua mão. – Meu Deus, que mulher linda.

– Fico feliz que gostou. Eu tô me sentindo até mais leve.
– Imagino... Nossa, você é realmente muita areia para o meu caminhão.

– Para de besteira, você é incrível. – Ela me deu um beijo. – Você pode me ajudar a comprar mais roupas? Preciso comprar acessórios também. Roupas intimas, esse tipo de coisa.
– Claro, mas estou com fome. Já comeu MC DONALD, hoje?

– Faz cinco anos que não como!

– Vamos comer, então! Depois fazemos isso e no final do dia, vou te levar a um mecânico de motos, o pessoal da sala que tem moto me passou o contato dele. Dizem que ele é excelente, então você conversa com ele.

– Tá bom. – Vamos comer.

– Vamos!

POV LAUREN

Eu comi MC Donald, nem acredito nisso. Mas ainda prefiro Burger King.
O dia passou rápido, Camila me ajudou em um monte de coisas, inclusive com a minha moto. Fico feliz que ela ficará pronta em algumas semanas, não vejo a hora de finalmente pilota-la.

É estranho estar andando livremente por aí. Sem se preocupar se terá minas explosivas, ou alguém em tocaia esperando para atirar em sua cabeça. Não acho que a guerra seja algo certo, mas, se as pessoas soubessem, ou se elas perdessem as coisas que eu perdi em cinco anos. Talvez elas dessem mais valor a cada segundo respirando. Pelo menos comigo foi assim.

É triste saber que para estar andando tranquilamente pela rua, tem alguém em outro lugar, andando com cautela, carregando uma mochila imensa. Alguém com saudades de casa.

Ontem, quando transamos, senti que Camila gostou. Eu também, não vou mentir. Acho que a parte carnal estava tão latente em ambas que as duas queriam sanar, um pouco que seja, a vontade, o desejo. Eu realmente queria ter chegado ontem e feito amor com ela, mas meu corpo pedia por ela com uma urgência que não me permitiu ser romântica. Mas quero ser diferente essa noite, antes de encontrá-la, passei em uma loja e comprei uma lingerie. Quero ser a mais romântica possível na nossa segunda noite.

– Amor, vem deitar. – Camila me gritou. – Você está passando bem?

– Estou sim, porque amor?

– Sei lá, comemos tantas coisas hoje, eu estou acostumada, mas sei lá, faz cinco anos que você não come fast food.

– Estou bem. Já estou indo.

– Está bem, estou te esperando.

Me olhei no espelho, até que a lingerie ficou boa. Meu corpo está diferente, eu sei. Parece absurdo, eu convivi com ele em todo o tempo de guerra, mas, acredite, a última coisa que você pensa nesses casos é na estética. Sempre tomei banhos correndo, com medo de sofrer um ataque ou alguém estar olhando, então era algo mecânico, não tinha muito tempo para me olhar, me curtir.

A barriga está bem definida, mas tenho algumas cicatrizes pelo corpo... Uma bem grande na barriga, de uma vez que o cara me enfiou uma faca no corpo. Essa cicatriz fez meu corpo perder a magia, não sei o que a Camila vai achar.

a thousand butterflies (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora