Já todos saíram da sala e eu vou ter com o professor:
- Então, você queria falar comigo?! - digo bastante envergonhada.
- Sim, querida. - diz ele suavemente, com um ar sereno. - Se quiseres falar, sobre algum assunto que te esteja a causar preocupação, podes contar comigo. Quando eu tinha mais ou menos a tua idade, eu era como tu, muito tímido e não contava nada a ninguém, e por vezes chorava e dizia que estava tudo bem - diz de uma maneira tão suave e descontraída, que fico a ali parada a olhar para ele.
- Não se preocupe, professor, eu fico bem! - digo da melhor maneira possível.
Saímos os dois da sala, e fico novamente paralisada no meio do corredor.
- Olá, Arley! - cumprimenta-me Chris, a delegada de turma - Estavas a chorar na aula de Geologia, há alguma coisa em que possa ajudar? - pergunta-me ela, não sei se está a fingir ou se está mesmo preocupada. E fico a pensar se posso confiar nela e se falo com ela sobre o que aconteceu.
- Ah, não te preocupes eu fico bem - digo indo embora, não sei para onde.
- Espera... - chama-me. Eu paro e fico à espera que ela continue a falar - Há uma coisa que te quero mostrar - volto para trás para ver o que me queria mostrar.
- O que me queres mostrar? - pergunto curiosa. Ela pega no telemóvel, que estava colocado numa bolsinha rosa muito clarinha, abre uma página no Instagram e mostra-me uma foto, que eu fiquei a olhar para ela: sou eu a beijar o ex-namorado da minha melhor amiga, o Jason, já sei porque ela disse aquilo. Eu nunca beijei o ex dela, só podem ter feito montagem.
E só há uma pessoa que o pode ter feito. A Carol.
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Todos os dias são um bom dia para chorar
RomansaNo mesmo dia em que Arley descobre que vai ficar sem a sua melhor amiga, algo diz adeus à sua amizade antes da hora prevista. Graças a esse acontecimento, Arley encontra o seu primeiro verdadeiro amor, mas também muitas contradições que a impedem de...
