1 - Azul

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Tinha sido um dia terrível, as coisas iam mal desde de manhã. Aconteceu de seu carro dar problema na noite anterior e por causa disso teria que se levantar mais cedo para pegar o ônibus. Infelizmente, ele acabou dormindo demais e nem mesmo o alarme poderia tê-lo feito acordar.

As coisas não melhoravam com o passar do dia, pois ele sofreu um acidente em sua aula de dança e machucou a cintura; Sehun foi pouco atencioso e acabou derramando todo o seu bubble tea em sua camiseta... Enfim, na universidade tudo foi um fiasco e até mesmo acreditando em seu eu otimista, esperou que tudo melhorasse no final do dia. Contudo, a vida tinha mais surpresas e não demorou em dar-se conta disso quando pegou o ônibus que supostamente lhe levaria para casa, mas que acabou descendo em um distrito completamente diferente do seu.

Jongin se rendeu e queria começar a chorar porque odiava situações como essa. Ele não aguentava ter tanta falta de sorte e muito menos sofrer de um tudo num mesmo dia; não queria estar sentindo sono e muito menos estar com a cintura machucada, não queria estar com a camiseta impregnada com o cheiro de chocolate e, é claro que não queria que começasse a chover, mas novamente, é a vida que direciona cada situação e ele estava absolutamente fodido.

Com passos lentos, decidiu caminhar pelo parque central que tinha no lugar e olhar com mais calma ao redor. Era um lugar bonito: havia uma pequena fonte, vários banquinhos e algumas árvores; mais à frente, poderia ver casas e alguns prédios. Definitivamente era uma parte da cidade que nunca tinha visto e talvez, em um bom dia, ele se dedicaria a desfrutar a vista, porém este não era o dia e muito menos quando estava começando a chover.

— Perfeito.

Jongin suspirou pesado enquanto caminha até um dos banquinhos para terminar de lamentar a sua merda de sorte. Queria estar em casa, mas a sua cintura está o matando e ele não quer andar até a parada de ônibus, está com fome e sem dinheiro também. Sua cintura dói demais para ficar andando em busca de uma cafeteria e ele não conseguiria ligar para ninguém, porque bem, a cereja do topo do bolo é a bateria morta de seu celular.

Ele estava incomodado e dolorido, e a chuva é como uma gargalhada de desdém caindo com força por todo o seu corpo. As pessoas correm em busca de refúgio e ele apenas permaneceu ali, sentado com as costas curvadas e a cabeça elevada ao céu com seus olhos fechados; faz tempo que ele não se deleitava com a chuva e a sensação é um pouco relaxante, contudo, ele está muito infeliz para aproveitar aquilo.

A brisa está gelada e ele está encharcado, a chuva é forte e seu corpo começa a tremer por causa do frio. Vai morrer, certeza que pode morrer de hipotermia e nunca saberiam pois ninguém o conhece nesse lugar e ele não acredita que os cachorros que corriam por ali avisariam a sua família.

— Deus... por que eu?

As queixas soavam abafadas e seu timbre perde-se entre os sussurros do vento e do som das gotas caindo no chão; os ouvidos estão sendo tampados conforme o céu escurece e não há mais saída além de ficar ali sentado esperando a sua morte.

Luz Azul [TRADUÇÃO PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora