7 - Carmesim

2.6K 346 45
                                    

Tudo havia acontecido rápido demais, em um abrir e fechar de olhos, e agora não sabiam bem o que fazer. Jongin conhecia o procedimento daquilo, Kyungsoo não tinha a mínima ideia, porém, o maior estava preocupado porque era o menor quem de verdade parecia necessitá-lo e em algum ponto entre seus olhos escuros e seu sorriso discreto, Jongin viu a si mesmo desejando aquilo com mais intensidade do que nunca.

A confissão de Kyungsoo o tinha pegado de surpresa, talvez, porque o menor não falava muito ou talvez porque ele havia esperado ansioso para escutar aquelas lindas palavras.

— Kyungsoo... — Sua voz saiu trêmula por causa da euforia e em momento algum desviou o olhar dos olhos escuros diante dele. — Meu pequeno Kyungsoo... — Sussurrou novamente e voltou a beijar o dorso das mãos suaves do menor que ainda se encontrava entre as suas.

— Jongin, eu... — Suas bochechas ficaram de um vermelho vibrante e ele fechou os olhos enquanto tentava sorrir, de verdade tentava fazê-lo, mas estava tão nervoso que sentia que ia morrer. — Eu demorei em dizer... desculpa, eu de ver- — Antes que pudesse continuar, foi interrompido por lábios suaves sendo pressionados sobre os seus.

— Você não demorou... — Sussurrou sobre sua boca e o beijou novamente. — Nunca é tarde... — Deu uma leve mordida em seu lábio inferior e um ofego escapa dos lábios de Kyungsoo. — Nunca é com você... nunca. — E desta vez ele junta as suas bocas para beijá-lo como é devido, roçares lentos e carícias suaves e molhadas, línguas escorregadias. Jongin estava de joelhos no chão e erguia o seu torso entre as pernas de Kyungsoo para poder beijá-lo melhor, enquanto o menor correspondia ao beijo e lhe acariciava o cabelo.

Desta vez, tudo era diferente, inclusive o aroma que flutuava no ar e, de repente fazia um pouco de calor. Os beijos continuavam, um atrás do outro e a intensidade crescia conforme passavam os segundos. Suas bocas não davam trégua para respirar apropriadamente, e quando o ar se fez necessário, absolutamente necessário, o contato foi separado com cautela.

— Me desculpa... Eu exagerei. — Jongin diz sobre sua respiração e ainda muito perto da boca de Kyungsoo, o menor sorri disfarçadamente e suas bochechas ficam vermelhas ao mesmo tempo em que ele suspira. — Kyungsoo... Eu... Eu... — As palavras se perderam em sua garganta e com as mãos, acariciou as pernas de Kyungsoo; ele deslizou suas palmas desde os joelhos até as coxas e logo desde os seus quadris até a sua cintura. A respiração de Kyungsoo fraquejou um pouco e com isso, ele enrubesceu ainda mais.

Jongin o encarava com uma intensidade diferente em suas pupilas, seus olhos pareciam mais escuros, mais vivos e este mordeu o lábio para acalmar o seu nervosismo. Ambos sabiam o que estava acontecendo, e ainda que, o moreno tentasse negar várias vezes, faziam dias que as coisas estavam ficando um pouco diferentes.

Pelas manhãs, ele se levantava banhado de suor e com a boxer pegajosa, às vezes, ele tinha ereções e se negava a se masturbar porque não era possível que fosse tão pervertido a ponto de enxergar dessa maneira um ser tão puro como Kyungsoo e muito menos alguém que logo teria um bebê, porém, a carne era fraca e Jongin o queria. O desejava em todos os sentidos e não se sentia capaz de aguentar muito tempo.

Por outro lado, Kyungsoo também se sentia diferente: seu corpo ardia e a respiração falhava frequentemente quando sentia Jongin por perto, se sentia como nunca antes e mesmo que soubesse como chamar aquilo, isso não tirava o fato de que estava se sentindo perdido.

A noite se fez bastante presente em um momento, a brisa se infiltrou silenciosamente pela janela e passou por suas cabeças, tudo se tornou claro, tudo se fez tangível e ambos sorriram com sinceridade, com amor. Jongin beijou seus lábios de maneira delicada e o ajudou a colocar-se de pé. Sim, fariam isso, e fariam direito e o moreno se encarregaria de fazê-lo da maneira mais confortável possível para o menor.

Seus olhares não se desviaram em nenhum momento e o calor aumentou ainda mais. Jongin tirou o suéter azul de Kyungsoo e o deixou cair, correu com suas mãos os ombros do menor e logo se encarregou de tirar, um por um, cada botão da sua camisa branca. Kyungsoo suspirou e sem saber o que fazer com suas mãos, simplesmente as levou para o seu rosto e cobriu os seus olhos, de tão nervoso que estava ou tão envergonhado. Se sentia muito pequeno de repente.

— Não... — Jongin colocou as suas mãos sobre as de Kyungsoo e as tirou de seus olhos com lentidão. — Quero que você me veja... Quero ver seus olhos, por favor. — Sussurrou e o menor o olhou. — Você tem lindos olhos, Kyungsoo. — Acariciou suas bochechas com o nó dos dedos e baixou lento, muito lentamente até seu pescoço. — Eu gosto da sua pele também... Eu já tinha falado isso antes? — O menor negou sem desviar o olhar, Jongin sorriu e continuou baixando até chegar em seu peito e de repente se encontrou encantado por toda a extensão de pele branca e limpa, preciosa, pura, suave e... Perfeita. — Você é perfeito, Kyungsoo. — Murmurou e acariciou a sua barriga com as mãos abertas, sua respiração falhou e ele se viu perdido em desejo.

A roupa desapareceu do corpo de Kyungsoo e Jongin admirou uma obra de arte esculpida em pele, o observou com atenção e detalhes, sorrindo orgulhoso ao notar o que provocava no corpo do outro. Tomando as mãos de Kyungsoo entre as suas próprias, guiou-as até o seu próprio corpo e o incentivou que tirasse a sua roupa.

Kyungsoo o desnudou com mãos trêmulas, deixou cair sua camisa e tocou seu peito e abdômen com timidez, com toques suaves e superficiais. Depois de tirar suas roupas por completo, ele também o observou com detalhe e envergonhou-se completamente ao olhar para o meio das pernas de Jongin, sua reação era tão inocente que Jongin riu e o trouxe para perto de seu corpo para beijá-lo, com lentidão, sem pressa, pois a noite ainda estava começando e tudo deveria ser perfeito.

Os passos seguintes foram precisos e rítmicos com o passar da noite. Jongin o acariciou como se tratasse de uma porcelana, o beijou com fome e desespero e foi correspondido do mesmo modo. Kyungsoo estava em uma posição confortável, de cócoras sobre o moreno, poderia desfrutar das carícias oferecidas e ele mesmo poderia acariciar.

— Kyungsoo... eu não quero te machucar... — Disse logo depois das preliminares, suas bochechas estavam queimando de tão vermelhas que estavam e a insegurança havia voltado. Kyungsoo sentiu coragem cruzar por todo o seu corpo, apoiou as suas mãos no peito de Jongin e o recostou por completo na cama, levantou um pouco seus quadris, apenas o necessário para que o membro do maior o penetrasse e quando estava completamente dentro de si, ambos gemeram.

— Jongin... eu quero te sentir... Quero que o bebê te sinta... Nós dois precisamos de você. — Disse com voz suplicante e algumas lágrimas escorregaram por suas bochechas, a sensação de estar preenchido era esmagadora e mesmo que tenha doído um pouco na preparação, Kyungsoo sentia-se incrível por estar dessa maneira, tão conectados quanto era possível. Jongin sorriu logo depois de processar aquelas palavras e olhar para Kyungsoo com todo o amor que poderia em um momento tão especial como aquele.

— Vamos fazer amor, então. — Sussurrou e voltou a sorrir.

O processo foi lento e cuidadoso, cheio de carícias e sussurros, cheio de calor e suor escorrendo por suas costas. Jongin fez tudo o mais confortável possível para Kyungsoo e ambos começaram a desfrutar pouco tempo depois de ter começado, logo quando este se acostumou com essa sensação, mesmo que realmente tivesse começado a desfrutar de tudo havia muito mais tempo. Desde que se encontraram pela primeira vez, desde o primeiro gole de chocolate quente, desde o seu primeiro beijo, desde o começo era tudo perfeito.

Quando estava perto de alcançar o seu orgasmo, Jongin disse que o amava e Kyungsoo chorou de emoção, de prazer, de êxtase absoluto e ambos gozaram juntos, encarando um ao outro, um tempo depois.

A noite acabou com eles na cama, deitados um de frente para o outro com suas mãos juntas e olhares conectados. A noite acabou com eles sorrindo e com os pequenos chutes de Baekhyun.

Luz Azul [TRADUÇÃO PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora