11 - Dourado

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O verão chega rapidamente e com ele Kyungsoo se encontra de pé em frente a um altar, Jongin do seu lado e um muito animado "até o último dia da minha vida" desliza por sua língua antes de ele ser erguido no ar e ser beijado de suavemente, lento e gentil... Exatamente como na primeira vez. O casamento acaba antes de ele perceber e logo, eles estão sentados nas confortáveis cadeiras do avião esperando chegar ao seu destino.

— Céu... Você acha que o Baekkie está bem?

Eles estão há algumas horas de distância e Kyungsoo mantêm a sua bochecha apoiada no ombro de Jongin enquanto acaricia com sua mão o anel no dedo de seu esposo. A voz do mais velho é suave e um pouco sonolenta.

— Bom... — O menor ri um pouco e lhe dá um beijo suave no pescoço, Jongin sorri e esfrega seu nariz no cabelo de Kyungsoo. — Você sabe que deveria se preocupar com os nossos pais... Você conhece o Baekhyun.

Jongin suspira e assente contra o seu cabelo, inspira um pouco mais profundo e apoia a bochecha ali.

— Tem razão.

E tem mesmo, Baekhyun não faz mais do que ficar mais e mais rebelde. Desde o pequeno beijo que Chanyeol lhe roubou há alguns meses, o menor não faz mais do que se queixar que o seu primeiro beijo não deveria ter acontecido assim e que Chanyeol é um troglodita sem noção e várias queixas a mais, que apenas acabaram deixando Jongin louco e fazendo Kyungsoo rir. As coisas do amor.

A lua de mel começa em uma casa campestre em alguma parte da Itália e termina com Kyungsoo sentado entre as pernas de Jongin, enquanto acaricia o abdômen e beija o topo de sua cabeça. Essa posição sempre será a mais confortável, íntima e romântica, é o que Jongin sempre diz quando Kyungsoo pergunta o porquê de ele gostar tanto de ficar desse jeito.

Já passou duas semanas e era hora de voltar para casa, eles sentem falta de Baekhyun e também do calor de seu lar e dos lençóis de sua cama e simplesmente querem voltar para o seu lar.

— Sabe de uma coisa? — Suas mãos desenham um padrão irregular na barriga de Kyungsoo e ambos sorriem. — Sabe que eu te amo, Soo...? Mas sério, muito... muito mesmo. — E o abraça, o abraça com força contra o seu peito e enche a sua cabeça de beijos. Kyungsoo começa a rir e se remexe entre os braços para se libertar e ver o rosto de seu esposo.

— Quando você quer ser sentimental Jong- — Mas não conseguiu terminar a frase porque um par de lábios sobre os seus ganham sua atenção e tudo é muito quente e perfeito.

Eu sei... — Sussurra e lhe dá um beijo casto e mais um antes de chocar suas testas de leve e sorrir. — Mas tem sido desse jeito desde que eu te conheci. É sua culpa, Kyungsoo... Você me faz ser assim.

Jongin solta um suspiro longo e Kyungsoo o olha como se fosse o maior tesouro, é um olhar muito parecido com o que dá a Baekhyun, no entanto, esse é diferente.

— Jongin... Você acha que o Baekhyun... Gostaria de ter um irmãozinho?

A pergunta é repentina e o pega de surpresa, mas Jongin não sofre uma paralisia pelo choque e nem nada parecido, na verdade, é bem mais uma alegria que se alastra quente por seu peito e ele sorri tão grande que as suas bochechas começam a doer. Kyungsoo o encara envergonhado, com os olhos brilhantes de esperança e as bochechas coradas.

— Bom... Ele é um garoto e você uma linda mãe. — Diz sem parar de sorrir e Kyungsoo lhe dá um tapa no peito.

— Eu sou homem, Jongin-ah! — Jongin faz uma careta e franze o cenho, Kyungsoo é adorável e ele o beija na ponta do nariz.

— Um lindo e perfeito — Sussurra e volta a beijar o nariz de Kyungsoo. — Eu te amo.

A última noite da sua lua de mel é, quem sabe, a mais especial de todas. Jongin prepara a comida, compra uma garrafa de vinho tinto e uma caixa de trufas, porque Kyungsoo gosta de chocolate, adora, de fato, e ele sempre está disposto a ceder os caprichos de seu pequeno esposo.

O jantar acontece entre palavras carinhosas, resumos de seus desejos para o futuro, planos sobre umas férias em família e várias outras coisas mais que passam para o segundo plano quando Jongin pega uma das suaves mãos de seu esposo entre as suas e começa a traçar com seus pés uma coreografia lenta. É a mesma dança do lindo dia em que Jongin beijou-o pela primeira vez. Os pés de Kyungsoo seguem sendo desastrosos igual aquela vez e Jongin continua se perdendo demais nos olhos de seu pequeno, então eles voltam a tropeçar e decidem largar a dança entre um monte de risadas e corar de peles.

Kyungsoo é o primeiro a parar de rir e o primeiro em ir em frente, seus rostos estão muito perto e Jongin quebra a distância para podê-lo beijar, para beijá-lo com ternura, lento, úmido e profundamente. Os beijos se estendem e tornam-se mais intensos enquanto Jongin o levanta de cócoras sobre seu quadril e abraça sua cintura para trazê-lo para ainda mais perto.

O sexo é parte de sua rotina, se tornou normal ter relações há vários anos e ambos sabem o que fazer. Nenhum se parece como aqueles que transaram pela primeira vez, agora não existe mais tremores, não há inseguranças, se possível há mais paixão e um pouco de desespero em seus toques. Simplesmente não há o suficiente um do outro e eles precisam se assegurar de que continuam ali. Juntos. Amando-se.

Desde a sua primeira vez juntos, eles não fizeram isso sentindo-se diretamente e Jongin sente as mãos tremerem quando está a ponto de penetrar Kyungsoo, no entanto, não é por medo, não é por insegurança. É mais por causa do que o que antecede e a euforia que o está deixando-o ansioso e Jongin é ruim na hora de se conter.

Nessa última noite, eles fazem amor sentindo suas peles conectadas, a brisa italiana sente-se quente sobre os seus corpos e enquanto Jongin enche de beijos a pele de seu esposo, o prazer consome os dois e Kyungsoo se sente cheio, pleno. Feliz e amado.

Algumas semanas se passaram desde que eles voltaram para a Coreia e Kyungsoo não se sente bem. Sua barriga embrulha com o cheiro de comida, sua cabeça dói de vez em quando e seus pés se tornam desastrados o fazendo tropeçar. Enjoa, o mundo dá voltas e ele corre para o banheiro para vomitar o pouco que ingeriu o dia todo.

— O que o doutor te disse? Você está bem? Está tudo bem? Me responde, céu... não imagina o quão preo-

— Eu estou grávido.

E Jongin sente que seu mundo gira, a vista torna-se um borrão e ele esboça um sorriso antes de cair desmaiado, como o melhor dos idiotas.

Luz Azul [TRADUÇÃO PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora