14 - Azul claro

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Essa não era a primeira vez que Kyungsoo sente ciúmes, mas é a primeira vez em todos esses anos que estavam juntos, que ele realmente sente vontade de bater em seu esposo.

Kyungsoo estava chateado com Jongin, também estava furioso, com ciúmes e tinha vontade de se bater porque tudo era apenas fruto de sua imaginação, mas ele estava muito obstinado para admitir isso na sua frente: não importava se Jongin o encarava com esses olhinhos brilhantes parecendo um cachorrinho, ou se estava tão bonito com a roupa toda colada em seu corpo por conta do suor, ou nada! Jongin não iria lhe fazer entrar em razão nesse momento, de jeito nenhum, não, nunca... Ou bem, era isso que queria se convencer.

— Kyungsoo, por favor... Você sabe que não aconteceu nada entre ela e eu. — Jongin suspirava pesadamente e massageava a ponte de seu nariz. Kyungsoo tinha gritado há quase uma hora, tudo graças ao que viu no estúdio de dança enquanto praticava uma coreografia de tango com uma das instrutoras, muito próximos e muito flerte, segundo o menor. — É tango, amor... É uma dança com muito contato. E você conhece a Hye faz anos... Ela é como uma irmã para mim e... — Se levantou da cama e caminhou lentamente até Kyungsoo, com cautela para não o deixar ainda mais alterado e agradecendo por seus filhos estarem na casa do senhor e senhora Do. Não queria preocupar o adolescente Baek e a pequena Eunji. — Como se não fosse óbvio, pequeno... Eu sou gay e além do mais... — Levantou sua mão direita mostrando o anel brilhante em seu dedo anelar e lhe deu um sorriso caloroso. — Eu estou profundamente apaixonado. Para toda a vida, lembra? Há doze anos fiz um juramento, Kyungsoo. — Ambos haviam recuado até a porta, e enquanto uma mão de Jongin encurralava-o contra a madeira azul, a outra permanecia levantada à sua frente.

— Às vezes, eu te odeio... — Suas bochechas estavam vermelhas e a cor se estendia pelas suas orelhas até o seu pescoço. Jongin o encarava com doçura, seu esposo era simplesmente fofo quando ficava com ciúmes e o encarava dessa maneira aborrecido e cheio de vergonha, porque seus ciúmes sempre eram completamente sem sentido. Kyungsoo conseguia ser tão irracional às vezes.

— Você me odeia? — Perguntava com um sorriso cheio de satisfação porque sua aproximação afetava seu esposo e isso era notável em seu rosto. — Diz de novo que você me odeia... — Sussurrou perto de sua orelha e o beijou ali. Suas reações não mudaram apesar dos anos que passaram; Kyungsoo sempre se estremecia facilmente.

— Eu te odeio... — Sussurrou de volta e passou seus braços ao redor do pescoço de Jongin, sem ao menos encará-lo, não poderia ou seu coração pararia ali mesmo. — Eu te odeio tanto. — Kyungsoo recebeu um abraço apertado como resposta, um que o levantou do chão e quando ele foi deixado, foi sobre uma superfície macia e é desse jeito que as suas mentiras acabam. Ele sempre caía no feitiço de Jongin, no encanto de seus olhos escuros, na magia de seu sorriso.

Luz Azul [TRADUÇÃO PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora