10 - Violeta

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A primavera de 10 anos de Baekhyun é muito parecida com o resto das primaveras de todos os garotos de 10 anos. Um lindo primário cheio de meninos e meninas, professores carinhosos, comida ruim na lanchonete, aulas de artes, as malditas aulas de matemática, o garoto bonito que senta na cadeira atrás dele na sala de aula, o mesmo garoto bonito que é seu melhor amigo, este que não é somente seu melhor amigo se não seu vizinho também, as tardes deliciosas comendo sobremesas na doceria da umma, seu vizinho jogando videogame, as aulas de danças com seu appa, seu vizinho sorrindo... Enfim. Seu vizinho é a melhor e pior parte de seus 10 anos.

Primeiro, é normal ter um crush em meninos e meninas hoje em dia, mas Baekhyun pensou que ele seria a exceção e que talvez ao crescer, continuaria morando com umma e appa, comendo doces, rindo e sendo o menino lindo da casa. Porém, esse menino Park, arruinou tudo. Tudo!

O Park o faz se distrair quando jogam futebol na aula de educação física. O Park o faz sujar o seu uniforme de suco porque droga, aquele bobo fica muito lindo rindo como um idiota e Baekhyun é muito distraído a ponto de não lembrar que tem que levar o canudo até sua boca antes de apertar a caixinha de papel. O Park o faz corar sempre que o cumprimenta a caminho de casa e umma zomba de seu filho e dá um apertão suave em sua mão porque: "O meu pequeno está envergonhado!". O Park é um bobo que colocou a sua vida de cabeça para baixo. Seus passatempos, suas notas em educação física, a limpeza de seu uniforme e sua relação com o appa.


💙


— Park Chanyeol?

— É um amigo do Baek.

— Eu nunca tinha ouvido falar dele.

— É o melhor amigo dele... É claro que você já ouviu sobre ele.

— Não é verdade.

— Você é um bobo distraído.

— Sim, meu céu... Eu também te amo, mas o que isso tem a ver com o Chanyeol?

— Você é um idiota.

— Me dá um beijo.

— Tome um banho.

— Só se você esfregar as minhas costas.

Beije o meu traseiro, Jongin.

— Você é sempre tão sujo.


💙


Era uma tarde normal de primavera, Kyungsoo não iria à doceria naquele dia e Jongin recém chegava de uma aula de dança em sua pequena academia no centro da cidade. Ultimamente eles sempre falavam sobre a mesma coisa: Park Chanyeol. O pequeno orelhudo havia se tornado o seu pão de cada dia; "Chanyeol isso"; "Chanyeol aquilo"; "Ele é tão lindo!"; "Ele gosta do Baekhyun" e blá, blá, blá.

Esse pirralho estava roubando o seu pequeno, e Jongin fazia-se de cego e surdo para não ir lá e dizer algumas coisas para aquele menino.

No entanto, e considere o seu mal estar e seus ciúmes, Jongin não podia ignorar o olhar de Baekhyun sempre que contava o porquê de uma nova mancha roxa em seu uniforme ou o porquê do seu rubor ou de seus sorrisos repentinos ou de quase tudo o que fazia, porque definitivamente o que brilhava nesse par de olhinhos travessos era amor. O primeiro amor de seu filho na idade de 10 anos.


💙


— Ele vai vir aqui para quê? — Kyungsoo já havia explicado umas 20 vezes, claro que tinha explicado, mas Jongin simplesmente não queria entender, nem escutar, não queria esse menino em sua casa. Não e não!

— É um projeto de ciências, querido... Eles precisam fazer uma maquete de um zoológico. — O menor suspira e se recostou contra o peito do seu noivo. — Eu já tinha te explicado, Jongin... — Mas ele não queria saber disso, não lhe importava o projeto nem absolutamente nada: Baekhyun é seu bebê e o Park está tirando tudo dele e de uma só vez.

— Eu não quero... Me dá ciúmes, Soo... — resmunga e abraça o seu pequeno mais próximo ao seu corpo.

A escuridão de uma noite fresca de primavera rodeando o quarto, o aroma doce de baunilha que se desprende de Kyungsoo e o calor que compartilham mutuamente... Às vezes Kyungsoo se pergunta como é que este homem caprichoso foi o mesmo que lhe propôs há dois meses atrás. Jongin, às vezes, pode ser obstinado e bobo, mas no fundo não é mais do que um cachorrinho com medo de ser abandonado.

— O Baekhyun nunca vai te trocar por ninguém, Jongin... Você é o super-herói preferido dele. — Kyungsoo suspirou e ergueu o seu rosto, Jongin o olha de volta e o menor poderia assegurar que o seu belo rosto está corado. Jongin pode ser tão carinhoso. — Capitão Krong... — Porém, exatamente agora, ele não quer o carinhoso e envergonhado Jongin. O maior grunhe um pouco e de repente todo o humor muda.

— Você sabe como eu fico quando você fala assim... — Kyungsoo havia inventado esse apelido quando percebeu o vício do seu noivo por Pororo.

— Eu proponho um trato. — Kyungsoo sussurra enquanto Jongin se coloca entre as suas pernas e beija a sua barriga, seus beijos sobem pouco a pouco e lentamente.

— Estou ouvindo. — Responde e começa a desabotoar a camisa rosa de seu pequeno noivo, Kyungsoo suspira trêmulo. Ele sempre se deixava afetar tão rápido.

— O meu corpo em troca de você parar com os seus ciúmes irracionais e infantis. Baekhyun e Chanyeol são amigos e você não vai impedir a amizade e o primeiro amor do meu filho. — Sem parar com a sua tarefa, Jongin grunhe novamente e olha irritado para Kyungsoo, ele lhe sorri. Sempre é tão fácil convencê-lo.

— Você é um pequeno... Você... Você sempre... Aish! Sempre é a mesma coisa com você, Kyungsoo, e depois você reclama de dor e câimbras. A culpa é sua! — Grunhe contra o seu pescoço e o mordisca.

— Trato feito? — Pergunta com a respiração agitada e sem borrar o seu sorriso. Jongin se ajoelha entre as suas pernas e franze o cenho.

— Tire a minha calça — Ele cruza os braços e suas bochechas ardem em um vermelho vivo. Kyungsoo volta a sorrir e beija a sua bochecha.

— Eu te amo.


💙


— Baekhyunnie... umma di- — todas as suas palavras se reduziram a raiva e um rubor forte, Jongin simplesmente desce as escadas correndo e se joga nos braços do seu pequeno.

— Mas... E o Baekkie e Chanyeol? Jongin... meu céu, o que aconteceu?

— Aquele menino mal beijou o Baekhyun... — Jongin finge um choro dramático e o abraça mais forte, o encurrala entre o sofá e os seus braços e o olha irritado. — A culpa é sua! — Grita e suas bochechas enrubescem, fazendo o outro soltar uma risadinha preguiçosa. Kyungsoo o puxa pela gola de sua camisa.

— É você que não consegue ficar com as calças no lugar... — Kyungsoo murmura antes de beijá-lo e sorrir de novo. Aquele orelhudo vai ouvi-lo depois porque agora, é Kyungsoo quem lhe deve algumas coisas.

Luz Azul [TRADUÇÃO PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora