A presença dela te abala as pernas

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Boa tarde!

Gente, deixa eu contar uma coisa para vocês.

Ontem, uma leitora resolveu me contar um "lance" dela com uma amiga, nos comentários aqui da fanfic. Acontece que metade de vocês parou para ler o que ela contou, não era pra menos, já que todo mundo agora tá shippando as duas hahahaha. Então, esse cap é para você, Bruna. 

Quem quiser ler e shippar horrores, só entrar nos comentários do cap anterior. 
Espero que gostem desse cap. 

Pra quem quer Clamantha, tem Clamantha, pra quem pediu Limantha, tem .... então...

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Capítulo 17 - A presença dela te abala as pernas

Narração Samantha

- Eu vou te responder com um texto seu. "Se você tem algum problema comigo, vem e me fala. Não fica me expondo na frente dos outros." - Virei as costas puxando o Guto e sai de lá. Ele falava comigo, mas eu não conseguia entender. Parecia que minha cabeça estava dentro de um aquário cheio de água. Eu andava, mas não sabia para onde eu estava indo. Ele me acompanhou, por quase uma hora, até perceber que eu tinha chegado no conjunto nacional, da Av. Paulista. Me sentei no chão da livraria, Guto me abraçou.

- Você quer conversar ou...? - Se atreveu a perguntar. Não me mexi. Meu celular começou a tocar, era Clara. Guto atendeu e disse onde a gente estava. Alguns minutos depois ela apareceu com uma barra de chocolate e uma caixa de lenços. - Ela não está chorando. - Avisou Guto.

- O que a minha irmã fez dessa vez? - Se sentou ao meu lado e abraçou o lado que o Guto não preenchia por completo. Me senti reconfortada no meio de tantos braços.

- Ela não quer conversar. - Clara acatou a informação dada por ele e apoiou a cabeça em meu ombro, até seus braços cansarem.

Eu não estava brava com a Lica, mas eu precisei de um tempo para perceber isso.

Eu conhecia Lica há anos, eu sabia o que esperar dela e ela sabia o que esperar de mim, mas eu não sabia que eu podia sentir o que eu estava sentindo. Não tinha como eu simplesmente falar para ela "está tudo bem, vamos voltar o que a gente tinha". Eu havia conhecido muitas pessoas incríveis, mas nenhuma delas me fez sentir o que eu sentia quando estava com ela e eu estava disposta a sentir e me deixar levar, mas eu sendo eu, não essa coisa ciumenta que não consegue dormir, porque passou a madrugada fazendo teorias de traição. Se não fosse física, era moral. Eu tinha que engolir minhas inseguranças e acreditar no que ela tinha me dito, mas seria mais fácil ela me contar a verdade toda e não só parte dela, certo? Como pessoa, portadora de sentimentos reais, eu tinha o direito de me sentir insegura, já que eu aceitei entrar em um relacionamento, mas de certa forma eu, como membro, parte da relação a dois, não podia reclamar dela ter ficado com o Felipe, ou com qualquer outra pessoa antes do nosso acordo. Seria hipocrisia da minha parte falar algo sobre uma pessoa, sendo que eu tinha ficado com "algumas", que eu me lembrava, só no final de semana. Infelizmente eu sentia mais do que deveria, mas eu precisava canalizar esses sentimentos para outra coisa, senão eu ia surtar.

Clara e Guto tinha mudado de posição, sem deixar alguma parte do corpo encostada em mim. Me movi depois de algumas horas e peguei o chocolate. Tentei dar um sorriso, mas não devo ter obtido sucesso. Eu me sentia melhor e já sentia saudade da Lica. Será que ela tinha me ligado? Decidi não olhar o celular, Clara estava mexendo nele e não me disse nada. Abri a embalagem e dividi a barra em três, cada um pegou um pedaço. Comemos.

Guto começou a ficar agitado, olhando o celular a cada 5 segundos. Clara pegou o celular da mão dele e olhou, Benê ligava para ele sem intervalo. Peguei o celular dela, cliquei no botão verde e dei para ele falar.

Trovoa (Limantha)Onde histórias criam vida. Descubra agora