Já em sua casa onde Nathan pediu para que Noah ficasse ao seu lado mesmo que esse sabia que deveria ir, se sentiu impotente perante uma recusa e acabou entrando e sentando como o moreno havia pedido.
Nathan sentou-se ao seu lado, ele ainda parecia inconsolável, também não era para menos havia acabado de perder um amigo a quem muito considerava, ele estava deitado com a cabeça nas pernas de Noah encolhido no sofá parecendo mais um menino fragilizado do que um homem forte que era.
Noah por sua vez passava as pontas dos dedos em seus cabelos, nenhum ousava falar qualquer palavra, ficaram assim por longos minutos até que Noah quebrou o silêncio:
_ Acho melhor você ir descansar, amanhã será um dia cansativo para todos nós, eu já vou indo também.
Ele se levantava, porém Nathan segurando em seu braço o fazia parar o caminhar:
_ Fique, um pouco mais eu te peço, não me sinto forte para ficar sozinho, eu preciso de você Noah.
_ Tudo bem Nathan eu fico.
Novamente o silêncio imperava o local quando Nathan ergueu a mão para tocá-lo em seu rosto, inicialmente Noah recuou o rosto para trás mas Nathan insistiu e aproximou os lábios dos dele em um selinho, ficou ambos se olhando demoradamente, até que novamente Nathan se aproximou mordendo o inferior de seus lábios dando assim inicio ao beijo, novamente Noah recuou sentindo sua respiração ofegante próxima:
_ Não! Não podemos.
_ Sim podemos por que é o que queremos, eu sei que você quer Noah.Dito isso o moreno invadiu a boca do loiro com sua língua que não foi capaz de cessar o beijo dessa vez e de forma voluptuosa a língua de ambos freneticamente ritmava em suas bocas, Nathan já desfivelava o cinto da calça de Noah e desabotoava a calça fazendo essa descer até os joelhos do mesmo e ele o tocava de forma veemente o apalpando por dentro da cueca, seu toque era veloz e ele masturbava Noah que deixava gemidos saírem por sua boca sem que esse conseguisse conter.
Quando enfim o loiro chegava ao clímax do prazer apenas com o toque tendo sua boca colada ao do moreno afastou-se ainda focando seu olhar, ambos não falava uma palavra quando Noah ergueu a calça e pegava o cinto do chão com passos largos deixava a casa do prefeito, sua pele branca exibia um leve rubor.
Só voltaram a se ver no dia seguinte onde padre John celebraria uma missa durante o funeral de Phillip, ele evitava o olhar do moreno em sua direção.Quando a missa terminou, Noah saiu sem que Nathan tivesse chance de se aproximar.
No domingo novamente Nathan estava na primeira fileira de cadeira e padre John estava totalmente desconcentrado durante a missa.
_ Meu filho o que está acontecendo? - perguntava dona Margarida para Noah mas seu olhar estava direcionado a Nathan que não tirava o olhar de Noah.
_ Não está acontecendo nada minha mãe, não se preocupe.
Ambos foi surpreendido com a chegada de frei Jorge juntamente com Nathan:
_ Dona Margarida posso roubar a atenção do padre John por um segundo? - perguntou o frei com um sorriso
_ Claro - disse ela com um sorriso para o frei, mas o mesmo sorriso morreu quando ela se voltou ao prefeito:
_ Tenho uma boa notícia para você padre John, o nosso bondoso prefeito Nathan Carter está disposto a entrar juntamente com você no projeto para retirar as crianças a rua, eu comentei com ele sobre a instituição que você quer criar aqui no vilarejo e ele achou a ideia excelente, agora é só vocês sentarem para discutir o projeto.
_ Que bom frei, obrigado prefeito, tenho certeza de que essas crianças tem muito a oferecer, só basta um incentivo tanto da igreja como da prefeitura. Será um casamento perfeito.
_ Tenho certeza disso padre, você pode passar essa semana na prefeitura para conversarmos sobre isso, temos muitos assuntos para tratarmos.
Embora Noah soubesse que ele não falava apenas em relação a instituição resolveu ignorar e logo tratou de afastar-se.Por mais que insistisse que o frei o acompanhasse em sua visita com o prefeito ele dizia não poder acompanhá-lo. Teve que ir sozinho, com uma pasta na mão onde tinha todo o projeto arquitetado registrado em um papel, foi recepcionado pela secretária de Nathan que o anunciou, abrindo a porta em seguida para lhe dar passagem:
_ O prefeito já está a sua espera, pode entrar padre John.
Nathan exibia um sorriso a Noah assim que esse entrou:
_ Não quero ser incomodado ok dona Virgínia.
Fez sinal para Noah sentar e sem delongas foi logo dizendo:
_ Você me evitou esses dias.
_ Impressão a sua prefeito, eu apenas estava ocupado e não tenho tempo para conversas desnecessárias.
_ Entendo, desnecessárias? _ É sobre os nossos sentimentos Noah, isso para mim não é desnecessário.
_ Não vim aqui discutir com você sobre isso Nathan, vim para falar...
_ Só me diga que o que aconteceu não significou nada, e não estou falando de dez anos atrás, estou falando sobre o que aconteceu semanas atrás na minha casa, você tremeu nos meus braços, diga que isso não significou nada.
_ O que você quer hein Nathan, quer brincar novamente, quer que eu jogue minha vida, minha escolha para o ralo e diga para você que eu gostei de você me tocando?
Ele se levantava virando as costas para o outro:
_ Eu sabia que era um erro ter vindo aqui hoje, você continua o mesmo Nathan irresponsável de antes, só pensa em você mesmo.
_ Eu posso ser irresponsável mas não sou covarde.
Ambos se olhavam demoradamente e Nathan foi aproximando-se devagar, enquanto o moreno adiantava os passos, Noah recuava os dele até que seu corpo se chocou contra a parede, e encurralado se viu preso entre a parede e o corpo do Nathan que o encarava.
_ Diga Noah que não sente nada?
Antes da resposta o moreno tomava seus lábios iniciando um beijo lento, Noah o empurrava mas quanto mais o empurrava mais o outro se juntava a ele fazendo força para se manter colado a ele, quando não viu mais força para resistir Noah se entregou aquele beijo serpenteando a língua na boca do outro de forma invasora.
Quando se deu por si, empurrou o moreno saindo praticamente correndo da sala do prefeito que não teve nem tempo para detê-lo.
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O Padre
RomanceTodos os dias somos confrontados com os dois lados da moeda dentro de nós mesmo. Há uma guerra interna que nos compele a fazer o certo ou errado, cabe a cada um de nós escolher fazer o que acreditamos ser o certo ou fazer o errado. Tudo tem seu lado...