Capítulo 03

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DAMON SALVATORE

Entro em casa segurando Elena pelo braço, enquanto me seguro para não fazer nada de errado com a mesma. O caminho foi em um silêncio absoluto, Elena não falou nada, Stefan nem sequer abriu a boca, e eu ainda não me sinto pronto para conversar. Alaric também se alarmou muito, todos nós pensamos que Elena estava em perigo. 

Foi até fácil achar minha menina fujona, nós só tivemos que perguntar para a xerife Forbes onde Caroline estava. A mesma disse que a filha estava em uma festa na casa do namorado Tyler. Com essa informação só tivemos que juntar as peças. Porque provavelmente Elena estaria lá também.

- Está bravo comigo papai?- Escuto a voz triste da menina perguntar.

- Sim Elena, eu estou muito bravo com você!- Respondo sem ao menos olha-la, e continuo a segurar seu braço com força moderada para não machucar.

- Eu não perguntei pra você, Damon!- Escuto a mesma falar alto e Stefan me olha, um pouco surpreso com sua arrogancia.

Sem pensar, seguro seu braço com mais força e na velocidade vampiresca, a prendo contra a parede. Fazendo a mesma fechar os olhos de dor, com o impacto em suas costas.

- Olha aqui mocinha! Você não tem o direito de falar assim comigo! Não depois de tudo o que fez hoje! Entendeu?!- Grito batendo seu corpo contra a parede novamente.

Sinto as mãos de Stefan em minhas costas, me segurando, mas eu me recuso a baixar a crista para uma pirralha mimada!

- Damon, por favor... Você está machucando ela Damon!- Ele tenta me puxar para trás, mas como o mesmo não toma sangue humano a um bom tempo, não tem forças para me enfrentar.

- Você entendeu Elena?!- Pergunto novamente voltando a acertar suas costas contra a parede, ouvindo a mesma gemer de dor.

- E-Eu...eu entendi.- Finalmente escuto sua resposta, e a solto, vendo a mesma ir de encontro ao chão e Stefan voltar a respirar.

Vou até a mesa de bebidas e coloco um pouco de whisky para mim, isso vai me ajudar a ficar mais calmo.

- Sobe pro seu quarto, tome um banho, e me espere lá! nós ainda não terminamos!- Digo olhando no fundo de seus olhos castanhos.

- Damon o que vai fazer?- Escuto Stefan perguntar e reviro os olhos.- Não machuca ela, ela é a nossa garotinha, lembra?- Pergunta e eu o ignoro.

- Sobe pro seu quarto Elena!- Digo alto, fazendo ela caminhar apressadamente escada a cima com cara de choro.

Viro de uma vez o restante do Whisky que havia em meu copo e olho para Stefan que parece estar pensativo.

- O que vai fazer Damon?- Pergunta colocando as mãos nos bolsos da frente de sua blusa de frio.

- Vou coloca-la de castigo, ela sabe que deve nos pedir permissão antes de sair para algum lugar. Ela não é dona do próprio nariz, e eu não cou aceitar isso! Eu odeio quando ela faz esse tipo de coisa, ela te deixou preocupado, me deixou preocupado, fez eu incomodar o Rick e tudo por causa de uma maldita festa!- Explico irritado.- Ela devia levar umas boas palmadas, isso sim! Mas você não me deixa corrigi-la!- Reviro os olhos.

- Não mesmo! Elena é sensível, e você com certeza a machucaria... então sou contra palmadas educativas mesmo! Se pancada educasse não seria crime agredir outra pessoa!- Fala todo convencido de si.

- Pelo amor de Deus Stefan, eu não vou agredir ninguém! Se fosse o caso de eu bater nela, seria só algumas palmadas, só pra esquentar o traseiro dela mesmo.- Digo dando de ombros.

- Você não vai bater nela Damon!- Diz sendo super protetor e apenas concordo.

- Tanto faz.- O deixo vencer, sabendo que sobre isso não há discussão.

- Elena está esperando, mas por favor, seja gentil.- Damon concordou e se pôs a caminhar para o andar de cima. 

Ele certamente preferia ter conversas e momentos descontraídos com a filha, mas não podia deixar esse tipo de situação passar em branco. Dessa vez não foi nada de mais, mas e se fosse o caso dela ter sido sequestrada por seus inimigos? Ele jamais iria se perdoar por deixar algo acontecer com sua menina.

- Elena.- Digo ao adentrar seu quarto e me deparar com a mesma mexendo em seu celular.- Me dá.- Aponto para o aparelho e ela franze o cenho, talvez contrariada por eu pedir uma das coisas que a ela mais utiliza, mas a mesma me entrega sem protestar, e o guardo em meu bolso.- Podemos conversar?- Pergunto, mesmo sabendo que se a mesma não quiser, terá que me ouvir.

- Claro Damon...

- Ótimo.- Sorrio sem mostrar os dentes.- Sabe que o que fez foi errado, não sabe?- Pergunto e a mesma concorda.- Então imagino que saiba que terá consequências.- Afirmo.

- Já não basta tomar meu celular? Quer tirar mais o que de mim? Minha dignidade? Ah... Espera, você já pegou ela quando me obrigou a entrar nesse seu mundinho doentio!- Diz irritada e reviro os olhos ao ver que além da mesma estar faltando com respeito comigo, vamos entrar em discussão mais uma vez.- Meus pais morreram Damon! E sabe o que você fez quando deveria estar me ajudando? Você apagou a memória do meu irmão, meu único parente vivo! Obrigou ele a me esquecer quando o hipnotizou, e ainda por cima está me obrigando a brincar de casinha com você e seu irmão!- Grita com lágrimas nos olhos e respiro fundo. Irritado, por ter que entrar nessa conversa pela milésima vez.

- Escute, Elena.- Digo com calma, mesmo com minha mão coçando para que eu de umas boas palmadas na mesma.- Eu e Stefan só queremos cuidar de você. Sinto muito por você ter perdido seus pais naquele acidente, e por sentir muito fiz o que fiz. Fiz por você! Para você poder ter o melhor!

- Meu melhor não é aqui!- Vejo ela se levantar de sua cama exaltada.- Não é nesse quarto!- Vejo a mesma pegar seu despertador e jogar no chão.

- Não faça isso Elena. - Repreendo notando sua irritação crescente.

- Não é nessa casa!- Ela chuta a mesa de cabeceira.- E muito menos com vocês!- Vejo ela pegar o abajur e sinto minha irritação crescer cada vez mais.

- Elena, solta a luminária!- Mando sem paciência e ela me encara com desafio.- Agora, Elena Gilbert!

- Com prazer.- Vejo a mesma jogar com toda força o abajur contra o chão de madeira, fazendo o mesmo virar vários caquinhos de vidro, e no mesmo momento, minha paciência vai embora.

Sem dizer um apalavra, vou até a mesma usando minha velocidade de vampiro, fazendo ela arregalar os olhos ao me ter tão próximo de si. Sem dar chances para que a mesma comece a protestar, tombo Elena sobre um de meus braços, fazendo a mesma se inclinar surpresa, e com minha mão livre, lhe acerto uma sequência de cinco palmadas, extremamente fortes. Não me importando muito em não usar minha força de vampiro no momento.

PLAFT!!!

PLAFT!!!

PLAFT!!!

PLAFT!!!

PLAFT!!!

Assim que desfiro os tapas, olho para a menina e reparo que de seus olhos escorrem lágrimas e que a mesma está com a boca aberta, paralisada pela dor.

Sei que doeu, pois nunca bati para não machucar.

Vejo Elena voltar a respirar, e assim, explodir em um choro alto e sentido. Deixando transparecer toda sua dor e mágoa. Em menos de um minuto, Stefan entra no cômodo com preocupação evidênte no olhar, e assim que avista Elena chorando, imóvel em meus braços. O mesmo me encara, com seu olhar mortal e engulo em seco.


Daddys SalvatoreOnde histórias criam vida. Descubra agora