F i v e

2.4K 184 210
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

TORY

— Te vejo a noite — Phoebe se despede de mim ao entrar no carro da mãe.

Hoje é sexta – feira e terá o jogo do nosso time à noite, então todos os alunos são dispensados para voltar para casa algumas horas mais cedo e não são obrigados a vir ver o jogo se não quiser. Mas, para mim, a situação é diferente, vou ter que voltar ao colégio para assistir Christian jogando.

Uma BMW preta atravessa os portões do colégio parando próximo a mim e o vidro abaixa revelando a face do meu pai. Acendo a tela do meu celular notando que ele chegou no horário combinado. Jogo a minha mala no banco detrás e ocupo o banco do passageiro na frente, passo o cinto de segurança e o meu pai se inclina para beijar a minha cabeça.

— Como foi à semana da minha filha favorita? — Raul pergunta em um tom animado.

— Eu sou a sua única filha — respondo ao revirar os olhos e sinto o carro se locomovendo para foras das instalações do colégio. Coloco os fones de ouvido e aperto o play para escutar as novas músicas da banda The Neighbourhood, percebo o meu pai falando alguma coisa, mas não quero parar a minha música favorita para escutar a sua voz. Depois de alguns segundos tendo aflição dos lábios dele se mexendo, tiro um fone e pergunto: — O que está falando?

— Não vai mesmo me contar nada da sua semana? Eu estou interessado em saber o que você fez — me olha rapidamente e volta à atenção para a rua.

— Você recebeu alguma ligação do diretor Harris?

— Não — ele hesita ao me responder.

— Então não fiz nada — volto a escutar a música.

Raul recebe algumas ligações do diretor com muita facilidade, às vezes chego a acreditar que tudo que acontece naquele colégio é jogado para cima de mim. Aqueles alunos são muito sensíveis.

No meu primeiro ano no colégio foi o mais terrível e também o mais importante para manter a minha imagem à frente daquelas vadias das líderes de torcida que comandavam o lugar, infelizmente foi necessário alguns puxões de cabelo no meio da aula de educação física e um copo de suco naqueles rostinhos pintados por maquiagem. Phoebe foi à única que pareceu ser totalmente diferente das outras garotas que tentavam me intimidar.

No segundo ano, também conhecido como ano passado, foi um pouco mais tranquilo, mas ainda sim algumas escapulidas pelos muros do colégio acabaram em suspensão e sermões idiotas do meu pai. A mãe de Phoebe também não é uma das minhas fãs, ela não gostou de saber Phoebe se juntou a mim nessas saídas noturnas a festas de universitários, não tenho culpa se essas melhores festas e ninguém precisa se preocupar com a idade para estar ali.

Depois de quase uma hora finalmente chegamos ao bairro de North Miami, não sei porque tenho que estudar tão longe de casa, talvez seja para mim desistir no meio da minha fuga. Meu pai estaciona o carro em frente à garagem, salto do veículo e entro em casa vendo Carmen nos esperando na sala.

Smoke of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora