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MASON
Pisco algumas vezes até me acostumar com a claridade do meu quarto, afago o meu cabelo como se isso fosse amenizar a minha ressaca e me ajudar a lembrar como voltei para a casa da minha mãe. Pensando bem, eu não me lembro de muita coisa da noite passada e nem como vim parar no meu quarto, espero que isso tem sido trabalho do Ian e que a minha mãe não tenha me visto bêbado, mas a traição que Tory cometeu comigo está bem viva na minha mente e eu não vou me esquecer mesmo com ela tentando bancar a inocente para cima de mim.
Ouço batidas na porta do meu quarto, apenas grito autorizando a pessoa a entrar. Ian adentra o cômodo e se encosta na cômoda.
— Você dormiu aqui? — Pergunto, me sentando na cama.
— Sim. A senhora Harris me deixou passar o resto da noite aqui.
— Ela me viu bêbado? — Levo as mãos à cabeça que lateja.
Meu cérebro pode explodir a qualquer momento.
— Pode apostar — Ian ri.
— Droga! — Resmungo — Não queria que ela tivesse me visto assim. Ela está lá embaixo? — Olho para Ian.
— Ela já está de saída e me pediu para te chamar para tomar café.
— Tudo bem, eu só preciso de um banho.
Ian sai do meu quarto, fechando a porta atrás de si. Levanto-me da cama e sigo para o banheiro, retiro as roupas escuras do meu corpo, entro no box e deixo a água morna escorrer pelo meu corpo para recuperar as minhas energias. Depois me enxugo em frente ao espelho e percebo que o meu olho ainda está um pouco arroxeado, não vou mais cometer o mesmo erro de subestimar o meu irmão mais novo. Visto uma calça jeans e uma camisa cinza que pego no closet. Enfio o meu celular no bolso e desço para a cozinha, me certificando antes que a minha mãe não está mais em casa.
Tenho evitado ficar sozinho com ela em casa, Malia já me avisou que a nossa mãe não gostou do que aconteceu entre mim e Bryan. Durante a semana é apenas minha mãe e eu em casa, Bryan fica no colégio com o nosso pai e Malia mora no dormitório da universidade, eles só aparecem aos fins de semana. Não tenho culpa se Jessica é uma vadia e não tinha nem 1% do que Kristen espera em uma nora. Ao entrar na cozinha avisto Ian comendo panquecas, me junto a ele na ilha da cozinha e coloco algumas panquecas no meu prato.
De soslaio, percebo Ian me observando e aposto que tem algo para me dizer.
— Porque não fala logo?
— Não foi legal o que você fez com a Tory ontem.
— Ficou com pena dela, então porque não ofereceu uma carona? — Pergunto sem paciência.
— Eu ofereci, a deixei no colégio e depois te trouxe para casa. Você nem deve se lembrar já que estava dormindo no banco de trás do meu carro.
