sem sugestão

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            Jimin foi tomado por leve espanto ao acordar com o corpo entrelaçado ao de Taehyung. Não sabia como, em tão pouco tempo, tinham chegado nesse nível de intimidade. Então lembrou das circunstâncias nada comuns para que aquilo acontecesse.

            Perdeu o fôlego, e, subitamente infeliz, afastou o rosto, analisando as feições do moreno. Paz estava estampada nelas agora, porém, Jimin lembrava perfeitamente de como eram tomadas de dor enquanto ele chorava, na noite anterior.

            Delicadamente, tomou seus pulsos e, um por um beijou levemente a pele sensível, num gesto impensado.

            Ele não percebera que, Taehyung, sentindo um leve arrepio, acordara, e presenciara o segundo selar, este em seu pulso esquerdo, onde pendia a pulseira comprada no dia anterior. Se assustou quando este disse:

            - Bom dia, Jimin.

            Ergueu o olhar até o do maior e ali permaneceu por alguns segundos, enquanto a mente, travessa o levava para o pensamento de que seria bom acordar daquela forma mais vezes.

            Então, num  momento racional, ele pulou para fora da cama, envergonhado.

            - B-bom dia. – gaguejou. - Acho melhor eu ir... me trocar.

            Taehyung deu uma risadinha quando ele saiu correndo do cômodo.

            Eles  tomavam café da manhã, resumido em cereais com leite, na ilha da cozinha, quando os Kim chegaram. Surpresos por encontra Jimin lá, ainda mais, usando um pijama de Taehyung, deram ‘bom dia’s’ esquisitos.

            - Não esperávamos te encontrar aqui. – mencionou Haneul.

            - Aconteceu um... imprevisto.

            - Certo. Bem, aproveitem! – desejou Kate.

            Terminando de comer, Taehyung soltou:

            - Quero te mostrar uma coisa. Apenas se troque e me siga.

            Uma vez vestido com as usuais calças rasgadas e camiseta escura, Jimin acompanhou o moreno por uma escada que descia ao porão. Antes de entrar, Kim não pôde evitar pedir algo.

            - Por favor, não conte a ninguém o que vai ver. Algumas coisas são... pessoais.

            - Não precisa me mostrar, Tae.

            - Não, eu... eu preciso sim. Eu quero.

            Então  ele abriu a porta.

            A parede estrelada tinha sido terminada na semana passada, e era um espetáculo. Distribuídas pelo grande salão estavam as pinturas, desenhos e esculturas que o maior havia feito.

            Jimin arfou.

            Era tão lindo. Seu olhar passeou por tudo, algumas vezes parando mais alguns segundos, quando ele se aproximava e estendia a mão em direção a uma obra específica, lembrando a si mesmo de último momento para não tocar. Taehyung assistia à  cena de Jimin encarando o próprio retrato desde a entrada.

            Ele quase encostou a ponta dos dedos nele.

            - Eu não me importaria de você fazer isso. – começou Taehyung. – Estou curioso para saber o que seu toque pode fazer.

            O ruivo corou, ciente do duplo sentido nessa frase.

            - Você é incrível. Tudo o que cria é incrível. Suas mãos parecem dar vida à tudo isso!

            -  Você já era perfeito antes de eu te tocar. – ponderou Taehyung.

            - Pare com isso, está me deixando com vergonha.

            Ele riu.

            - Ei, Park, me deixa terminar o desenho.

            Lá estava o ‘Park’ de antes, Jimin tinha se acostumado, mesmo com poucas vezes, a ser chamado pelo nome. Ignorou isso e baixou a guarda.

            - Tudo bem, mas não estrague minha beleza natural.

            Taehyung riu novamente, mas, no fundo, ele só queria mostrar a Park o que toda aquela ‘beleza natural’ causava nele.

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Best Of Me - vminOnde histórias criam vida. Descubra agora