Capítulo 19

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Eduardo


Marina virou-se para mim e cruzou os braços. Fazia pouco tempo que havíamos voltado para o apartamento, agora estávamos guardando as compras que foram feitas.

— O que houve? — pergunto confuso.

— Não tinha nada nos armários — diz — quanto tempo não faz compras?

— Não tenho tempo — dou de ombros.

— Isso não é desculpa — revira os olhos — fica só comendo besteira — resmunga.

Acabo rindo e continuo guardando o restante das compras que havíamos feito. Samuel decidiu ficar assistindo televisão na sala.

— Será que ele não está com fome? — pergunto.

— Ele viria caso estivesse — responde — cadê as panelas dessa casa? — vai abrindo alguns armários.

— Aqui — abro a porta que estão as panelas.

— Vá assistir um pouco de televisão com Samuca — pede — termino de arrumar tudo aqui.

— Te ajudo.

— Estou acostumada — fala — Samuel gosta da sua companhia.

— Tudo bem — digo — não coloque fogo na minha cozinha — rio.

— Tomarei cuidado — pisca.

Termino de guardar minha parte e vou para sala. Samuel estava concentrado assistindo Ben 10. Sentei ao seu lado.

— Cadê mamãe? — indaga, sem olhar para mim.

— Logo ela virá — bagunço seus cabelos — não está com fome?

— Agora não — murmura.

Ficamos um bom tempo assistindo desenhos. Samuel comentava quem era seus favoritos e fazia o mesmo.

Marina estava demorando muito para voltar, comecei a sentir um cheiro muito bom vindo da cozinha.

— Hum, mamãe está cozinhando.

— É, estou achando isso também. Já volto.

— Tá bom.

Levanto do sofá, sigo para cozinha e encontro com Marina na beira do fogão. Ela estava provando alguma coisa na sua mão. O cheiro estava maravilhoso.

— Esse cheiro invadiu o apartamento inteiro — caminho na sua direção.

Marina virou-se e sorriu para mim.

— Está quase pronto — avisa — espero que goste.

— Irei gostar com certeza — paro diante dela — cozinha muito bem — afirmo.

— Obrigada! Samuel? — pergunta.

— Assistindo desenho — seguro sua cintura — disse que não está com fome.

— Mas logo ele estará.

— Esse cheirinho de feijão — suspiro fundo — não esqueci do meu beijo — mudo de assunto.

Não lhe deixo dizer nada. Puxo ela para mais perto e beijo seus lábios. Gostava tanto de beijá-la, nossas bocas sempre estavam conectadas, numa sincronia incrível.

Marina mordeu meu lábio inferior, acabei soltando um pequeno gemido entre nosso beijo. Minha mão acabou descendo um pouco mais, não resisti e apertei seu bumbum. Com isso, puxei para mais perto e fiz sentir minha ereção. Ela separou nossas bocas e beijei seu pescoço.

Recomeço Onde histórias criam vida. Descubra agora