Capítulo 46

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Eduardo



Johnny, o delegado, havia chamado alguns policiais em sua sala. Havia tido uma longa conversa com Neto. Ele nos deu apenas um nome. Afirmou que não sabia quem era o outro mandante do sequestro.

— Saímos em 5 minutos — diz.

Quando ficamos sozinhos novamente, olho para ele e digo sério.

— Irei junto.

— Tem certeza? Isso poderá ficar perigoso.

— Absoluta — analiso aquela pasta.

Não foi difícil encontrar o endereço daquele desgraçado. Havia várias queixas prestadas contra esse verme. Inclusive, uma dessas queixas, havia sido feito por Leonardo. Foi denunciado por agressão. Tinha algumas fotos de Marina ali. Seu corpo estava com diversas marcas da agressão. Aquela homem era um desgraçado.

— Ela quase perdeu o bebê — murmuro baixinho.

— Disse algo? — Johnny, pergunta.

— Pensando alto — digo — podemos ir?

— Vista esse colete — entrega — não quero arriscar.

Enquanto vestia o colete à prova de balas, Johnny mexia no celular, guardou no bolso, pegou sua arma e levantou-se.

— Tudo pronto! Vamos pegar esse desgraçado.

— Agora mesmo.


Johnny dirigia com tranquilamente pelas ruas de Porto Alegre. Estava louco para chegar na casa daquele homem e levá-lo preso. Pois ele merecia isso e muito mais.

— Fica tranquilo — Johnny, fala — logo esse homem estará preso.

— Não tenho dúvidas disso — suspiro.

Senti meu celular vibrar no bolso, peguei ele e desbloqueio à tela. Era uma mensagem de Emanuel.

Estamos esperando por você.

Meu irmão estava on-line no WhatsApp e respondi.

Desculpa, irmão. Estou resolvendo algumas coisas aqui. Marina chegou?

Espero alguns segundos para sua resposta.

Chegou, sim. Algo que devemos nos preocupar?

Não, irmão. Depois nos falamos. Amo vocês.

Ok. Te amamos.

Bloqueio meu celular, coloco de volta no bolso da calça e presto atenção na vista. Seria complicado em contar tudo aquilo para Marina.

Chegamos após meia hora. Alguns policiais já estavam posicionados em seus lugares. Johnny retirou seus óculos, pegou sua arma e pediu que ficasse atrás dele.

— Não faça nada — avisa — confirmaram se ele está em casa?

— Sim, Johnny — um policial responde — está com uma garota de programa.

— Muito bom. Vamos pegá-lo desprevenido. Pode abrir, Alemão.

Alemão não demorou dois segundos para abrir aquela porta. Logo estávamos dentro da casa. À verdade que aquilo parecia qualquer coisa, menos uma casa.

Ouvimos alguns gemidos vindo de um cômodo. Johnny fez sinal e seguimos para lá. Ele não pensou duas vezes e arrombou aquela porta com força total.

— MÃO NA CABEÇA — Johnny, grita.

— Que palhaçada é essa? — ele pergunta.

À moça vestiu sua blusa rapidamente.

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