Capítulo 32

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Marina


Guardei meu celular no bolso da calça. Caminhei novamente até a mesa que estava sentada com Cíntia. Ela estava voltando agora da cozinha, com um prato e algo dentro dele. Na mesma hora, minha barriga se manifestou.

— Espero que goste — sorriu.

— Sou louca por torta fria — sento no meu lugar.

— Eu mesma preparei — corta um pedaço — Marcos come uma sozinho — ri.

— Meu deus! — arregalo os olhos.

Coloco um pedaço da torta na boca e suspiro. Cíntia sabia cozinhar muito bem.

— Deliciosa! — afirmo — fazia tempo que não comia.

— Agora temos um motivo para nos encontramos — diz.

— Desse jeito irei viver aqui — rio.

— Nem tem problema algum. Gosto muito de cozinhar.

— Eu também gosto muito — falo — sempre gostei de inventar coisas na cozinha.

— Uma hora marcamos algo e iremos cozinhar juntas.

— Ótima ideia — sorrio, comendo minha torta.

— Luan disse que têm um filho.

— Tenho. Um menino lindo — falo, toda boba.

Pego meu celular novamente, desbloqueio ele e procuro por alguma foto recente de Samuel.

— Aqui — entrego meu celular.

Marisa sorrio ao olhar a foto.

— Muito lindo! — afirma — cheio de sardinhas. Parabéns — devolve o celular.

— Obrigada — agradeço.

— Posso lhe fazer uma pergunta pessoal? — pergunta.

— Pode — respondo.

— O pai do seu filho é aquele rapaz bonito? — come sua torta.

— Não — falo — ele é meu namorado. Mas ele registrou o Samuel como filho. Ele é o pai.

— Esse homem é louco por você — diz sorridente — percebi naquela noite da festa. Ele ficou bem preocupado por você.

— Ficou mesmo — lembro daquela noite.

— É o pai biológico?

— Ele não quis saber da gestação — digo.

Cíntia acabou mudando de assunto. Conversamos mais um pouco sobre o projeto, terminei de anotar tudo na minha agenda e guardei na bolsa. Acabei comendo outro pedaço de torta fria.

Fiquei muito à vontade na presença dela. Cíntia era uma pessoa simples, carismática e muito alto astral. Me senti muito bem ao seu lado naquela tarde.

— Vamos marcar um almoço — ela diz — Samuel gosta de piscina?

— Parece um peixe — rio.

— Irei conversar com Luan e marcamos.

— Estarei esperando — digo — nos vemos na próxima semana?

— Quarta-feira começamos as obras — me abraça — cuidem-se!

— Obrigada pela tarde — retribuo o abraço dela.

— Eu que agradeço — sorri.

Destranco meu carro, abro à porta e largo minhas coisas no banco de trás. Dou um aceno para ela e vou embora.

Recomeço Onde histórias criam vida. Descubra agora