Eduardo
Marina estava com seus olhos fechados, não resisti e aproximei nossas bocas. Ela não resistiu quando explorei sua boca, pelo contrário, retribuiu na mesma intensidade o beijo. Não passou despercebido seu tremor contra meu corpo.
— Estamos no meu trabalho — afasta-se um pouco.
— Ninguém verá ou saberá — beijo seu pescoço — seu cheiro é maravilhoso — falo.
— Obrigada — ri — aceita um café?
— Não, só queria um beijo e fazer um convite.
— Que convite?
— Para jantarmos fora — digo.
— Tem o Samuel e...
— Ele também está incluindo no jantar — falo sorrindo — achou que fosse deixar ele de fora?
— Desculpa — suspira — sempre foi nós dois.
— Agora somos nós três — afirmo — topa?
— Não contei nada para ele ainda — diz — queria esperar um pouco mais.
— Não tem problema — aliso seu rosto — espero o tempo que for. Pego vocês às sete horas. Tudo bem?
— Tudo bem — concorda — iremos esperar você.
— Nos vemos mais tarde — beijo seus lábios.
— Uhum — murmura.
Estava seguindo em direção ao estacionamento, quando ouço alguém chamar meu nome, acabo olhando para trás e vejo Verônica caminhando na minha direção.
— Olá, Verônica.
— Edu — recebo um beijo na bochecha — como vai?
— Muito bem, e você? — pergunto.
— Melhor agora — sorri — quando iremos beber algo?
Verônica nunca desistia.
— Estou namorando — falo.
— Não sou ciumenta — pisca — pensei que fossemos amigos.
— Amigos? — indago — tem certeza?
Ela ri.
— Exagerei agora — toca em meu braço — mas sabe meu número — fala — pode ligar a qualquer hora.
Verônica beija meu rosto novamente e caminha em direção a loja. Balanço minha cabeça, abro a porta do carro e entro.
Acabei pegando uma pequena tranqueira no meio do caminho. Mas conseguiria chegar e adiantar algumas coisas no escritório.
— Boa tarde, doutor — cumprimenta Deise.
— Boa tarde — digo — algum telefonema?
— Nenhum.
— Qualquer coisa estou na minha sala.
— Ok!
Acabo encontrando com Hugo no meio do caminho.
— Pensei que não voltasse mais — diz.
— Não demorei muito no fórum — entro na minha sala — estava bem vazio hoje. Milagres acontecem.
— Teu bom humor é por conta disso? — senta.
— Acabei vendo Marina — digo.
— Temos alguém apaixonado aqui — ri — é oficial: perdi meu parceiro de farra.
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Recomeço
RomansMarina abdicou de todos seus sonhos. Ela não estava esperando por aquela gravidez. Teve que mudar o rumo da sua vida, pois criaria o filho sozinha. Ela precisou recomeçar! Eduardo passou alguns anos fora. Resolveu voltar ao Brasil, abrir seu escrit...