Capítulo 16

9.8K 1K 115
                                    

Eduardo

Marina estava com seus olhos fechados, não resisti e aproximei nossas bocas. Ela não resistiu quando explorei sua boca, pelo contrário, retribuiu na mesma intensidade o beijo. Não passou despercebido seu tremor contra meu corpo.

— Estamos no meu trabalho — afasta-se um pouco.

— Ninguém verá ou saberá — beijo seu pescoço — seu cheiro é maravilhoso — falo.

— Obrigada — ri — aceita um café?

— Não, só queria um beijo e fazer um convite.

— Que convite?

— Para jantarmos fora — digo.

— Tem o Samuel e...

— Ele também está incluindo no jantar — falo sorrindo — achou que fosse deixar ele de fora?

— Desculpa — suspira — sempre foi nós dois.

— Agora somos nós três — afirmo — topa?

— Não contei nada para ele ainda — diz — queria esperar um pouco mais.

— Não tem problema — aliso seu rosto — espero o tempo que for. Pego vocês às sete horas. Tudo bem?

— Tudo bem — concorda — iremos esperar você.

— Nos vemos mais tarde — beijo seus lábios.

— Uhum — murmura.

Estava seguindo em direção ao estacionamento, quando ouço alguém chamar meu nome, acabo olhando para trás e vejo Verônica caminhando na minha direção.

— Olá, Verônica.

— Edu — recebo um beijo na bochecha — como vai?

— Muito bem, e você? — pergunto.

— Melhor agora — sorri — quando iremos beber algo?

Verônica nunca desistia.

— Estou namorando — falo.

— Não sou ciumenta — pisca — pensei que fossemos amigos.

— Amigos? — indago — tem certeza?

Ela ri.

— Exagerei agora — toca em meu braço — mas sabe meu número — fala — pode ligar a qualquer hora.

Verônica beija meu rosto novamente e caminha em direção a loja. Balanço minha cabeça, abro a porta do carro e entro.

Acabei pegando uma pequena tranqueira no meio do caminho. Mas conseguiria chegar e adiantar algumas coisas no escritório.

— Boa tarde, doutor — cumprimenta Deise.

— Boa tarde — digo — algum telefonema?

— Nenhum.

— Qualquer coisa estou na minha sala.

— Ok!

Acabo encontrando com Hugo no meio do caminho.

— Pensei que não voltasse mais — diz.

— Não demorei muito no fórum — entro na minha sala — estava bem vazio hoje. Milagres acontecem.

— Teu bom humor é por conta disso? — senta.

— Acabei vendo Marina — digo.

— Temos alguém apaixonado aqui — ri — é oficial: perdi meu parceiro de farra.

Recomeço Onde histórias criam vida. Descubra agora