PERSONAGENS: JASMINE (JESS) E JONATHAN (JOHN)
Depois de muito sofrer num casamento de aparências, onde o ex-marido de Jasmine não correspondia ao mesmo amor. Eis que ela resolve dar um basta em tudo, aprender a viver sozinha e encontrar seu lugar na...
Saí sem esperar por Tim, acharia um táxi e voltaria para o hotel e esperaria por eles, de repente senti uma necessidade enorme de falar com alguém, alguém que estivesse distante o suficiente para poder me escutar sem ver o quando eu estava sofrendo com tudo aquilo.
Perder uma parte da minha vida foi dolorido demais e não estava sabendo lidar com isso.
Aquela cidadela simplesmente não tinha uma alma viva ou um ponto de táxi, então fui andando até achar uma alma caridosa, agora o problema era me comunicar com ele.
- merci... - Parei diante dele, o senhor me encarou, não conseguia pensar, puxei o celular e abri o tradutor, escrevi. - taxi... oú je me rencontre? (por favor! táxi... onde encontro?
- taxi? - O homem pareceu surpreso, coçou a cabeça.
- viens ... mon fils peut te prendre. (venha... meu filho pode levar você.) - O homem me puxou para uma pequena casa com um carro estacionado ao lado.
- Jean? - O homem pendurou o boné no gancho próximo a porta e entrou chamando por alguém, como não entendia o francês eu simplesmente esperei reparando na linda casa, simples e bem organizada, não existia sinal de uma mulher.
Então um lindo jovem de cabelos cacheados, olhos negros e barba rala pra fazer surgiu, alto, magro.
- Américain... - Apontou o homem para mim.
Eu tenho que contar, aquele jovem abriu um sorriso de molhar a calcinha, de repente me deu uma vontade enorme de ficar na cidadela e saber mais sobre seu povo, me deu um calor terrível e eu descobri que eu era incorrigível. Erin iria me matar. Meu sorriso saiu instintivamente, apertamos as mãos e eu descobri que ele falava inglês. "Uau".
- Jean-Paul... - Ele beijou minha mão. - Meu pai disse que precisa de um táxi.
- Você não tem cara de ser taxista. - Brinquei com ele.
- Não... Eu sou marceneiro. - Ele sorriu sem jeito.
- Marceneiro? Que linda profissão, Jesus era marceneiro.
- É! - Ele riu desconcertado. - Mas eu não sou Jesus.
- Graças a deus! - Saiu tão espontâneo que o jovem caiu na gargalhada.
O senhor passou por nos e disse de uma forma debochada.
- En Fait, Jésus était un charpentier (Na verdade, Jesus era carpinteiro)
- Tanto faz, pai, não contraria a moça. - Ele não parava de me olhar.
Sorri sem jeito, queria ajeitar meu cabelos, mas descobri ao passar a mão nele que estavam presos em um coque muito bem preso. - Levei as mãos para trás sem jeito. - Então!... Você pode ser o taxista ou meu carona?
- Como veio parar aqui? - Ee cruzou os braços a minha frente.
- Bem!... Eu vim com um pessoal de Paris...
- Paris?
- É... Eles vieram ver a família deles, e eu não me senti bem... Quero voltar ao hotel.
- Nada disso! - Ele disse puxando o boné do mesmo lugar onde o pai havia deixado, agarrou no meu braço e me colocou para fora da casa. - Vamos conhecer a cidade, depois você me diz se ainda se sente deslocada neste lugar.
- Eu ainda me sindo deslocada... - Respondi de uma forma engraçada.
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