John procura por Jasmine

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John

Eu me sentia um verdadeiro idiota! Eu queria ter dito a ela que não se tratava apenas de sexo,que eu realmente gostava dela! Mas, o que eu tinha a lhe oferecer, eu tinha quarenta e três anos e a Jasmine quase metade disso. Ela tinha toda a vida pela frente, mil e um planos e projetos e eu sentia que não poderia seguir o ritmo dela, e nunca deveria ter deixado transparecer o quanto eu a desejava.

Eu imaginava que ela estivesse me odiando nesse momento, eu mesmo estava me odiando. Resolvi lhe telefonar, talvez ela me perdoasse se escutasse com atenção as minhas explicações.

O telefone tocou algumas vezes, até que ela atendeu.

- Jess... - soei seu nome vacilante.

- O que você quer? Já não basta a humilhação que está me fazendo passar? - Escutei a porta do carro ser fechada.

- Jess, eu não fiz de propósito. Eu só quis te dar um tempo pra... Pra pensar! Eu fui um cretino, me perdoa. Você quer que eu vá te buscar?

- Vá pro inferno Jonathan... Eu não mandei você embora... - Ela falava alto no carro. - Você podia ter me falado... Aprende a conversar comigo cara a cara e não por telefone.

- Você tem razão de estar zangada, eu achei que você não quisesse mais me ver por perto. Eu agi como um imbecil, só me diz, Jess... O que você quer de mim? Vamos conversar... O que você sente, Jess?

- Faça essa pergunta a si mesmo... - Ela disse seca. - E no momento o que eu mais quero é nem te ver na minha frente, porque juro que sou capaz de amarra-lo na cama e te dar uma surra de cinta, deixar seu corpo completamente marcado... E pra completar... Amarrar seu saco é seu pau bem juntinhos pra você não gozar e nem se excitar... Quero provocar muita dor em você.

- Isso foi amedrontador, mas eu te entendo. Juro que entendo! Mas, isso foi estranho, bem estranho!

- Fica longe...

Ela desligou o celular.

Segui para a casa da minha irmã, me sentindo mal comigo mesmo. Eu tinha um bolo formado na minha garganta por tê-la magoado. Eu segui para o quarto de hospedes que Hellen havia mandado preparar pra mim, e custei a pegar no sono.

Acordei cedo pela manhã e tomei o carro de Don emprestado, precisava falar com Jasmine, esclarecer as coisas, ouvir o que ela tinha a me dizer, ainda que ela me xingasse ou batesse. Eu precisava olhar pra ela e dizer que eu sentia muito.

Durante o trajeto na estrada eu seguia ensaiando o que dizer e como dizer e quando cheguei a casa de Erin, a notícia que recebi foi a de que Jasmine não tinha aparecido em casa. Eu sabia que ela não tinha ficado no hotel. Então, onde ela teria passado a noite.

- O que aconteceu? - Zack me puxou pra um canto.

- Onde está a Jess?

- Fale baixo... Não quero que a Erin escute. - Zack fez sinal pra irmos ao escritório. - O que aconteceu? Onde a deixou?

- No hotel! Ela estava um pouco brava comigo.

- Eu nem vou perguntar o que faziam num hotel. - Zack fez uma cara divertida. - Ela deve estar lá... Pra voltar para casa teria que pegar um táxi... - Zack passou a mão no rosto. - Agora você vai ver Erin brava... Ela vai querer saber da irmã.

- Eu estou ferrado! Primeiro a Jasmine quer me ver pelas costas,depois a Erin.

- Ela vai aparecer... A pé e sem a passagem dela, não tem como ir para casa!

- Ela apanhou um dos carros na garagem. Está dirigindo! Você acha que há alguma chance dela ter voltado pra Boston

- Qual carro? - Zack me olhou chocado abrindo a telado computador rapidamente.

- A Mercedes C200.

- O meu Carro!? Nem o usei... - Zack estalou a boca nervoso, passou a digitar no computador. - Isso é inacreditável!

- ONDE ESTÁ A MINHA IRMÃ?- Erin adentrou o escritório bradando

- Erin, eu saí antes da Jess e... Eu não sei pra onde ela foi depois.

- O que você fez a ela, seu idiota?

- Eu não fiz nada, Erin! Zack, explica a sua esposa...

- Erin... Se acalme! - Zack a olhou. - Ela está com meu carro... indo para Boston... Estou no mapa com ela. Na metade do caminho. - Zack virou a telado do computador para vermos o ponto vermelho seguindo na estrada. - Ela está indo para Boston.

- O que você fez pra ela ficar tão irritada ao ponto de ir pra Boston?

- Eu juro que não foi tão ruim quanto você pensa. Sua irmã também é um tanto dramática.

- Não ouse falar dela assim. Você não tem noção do quanto a Jasmine já sofreu na vida.

- Erin, eu não queria, eu juro! Eu agi sem pensar e com certeza ela deve estar muito brava comigo.

- Zack, o que vamos fazer?

- Vamos monitorar sua viagem, assim que chegar em casa, vamos dar um tempo para ela descansar, depois você liga para sua irmã e veja como ela esta esse cegou bem... Vou ligar para uma empresa de transporte para trazer meu carro de volta. - Disse Zack olhando para Erin.

- Eu não sei o que vocês vão fazer, mas sei o que eu vou fazer. - John afirmou e deixou o escritório. - Eu entro em contato.

- John... - Zack saiu atrás de mim. - Temos uma reunião com Carpenter... Nem ouse sair desta casa.

- Lamento, Zachary! Mas isso é mais importante! Se não quiser me contratar depois disso, eu vou entender.

- O que vai fazer? - Zack me acompanhou para fora da casa.

- A única coisa digna a ser feita. Eu vou atrás dela!

- Vai com cuidado, não adianta correr. - Zack segurou a porta do carro e esperou que eu entrasse. - Vou agendar uma reunião em Boston... assim já apresentamos você aos funcionários, eu me viro com o Christopher aqui.

- Obrigado! Não vou esquecer!

Zack se afastou do carro e acenou assim que saí.


REVENGE - FIXING YOU (completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora