Capítulo 25

1.3K 161 24
                                    


- Natalie, o que você viu naquele porto? - Jacqueline queria entender o que exatamente Natalie sabia e porquê tinha tanta gente atrás dela e até mesmo da própria Diana.

Natalie ficou em silêncio, queria saber como contar para a mãe, afinal aquilo a colocaria diretamente também na mira dos homens, se é que não já estava. Sabia que seu pai estava investigando junto com o pai de Justice, mas provavelmente eles não achariam nada.

- Eles estão traficando pessoas, mulheres e crianças principalmente, meninos e meninas. - Jacqueline franziu o cenho. - Essas crianças são obrigadas a se prostituir, inclusive os meninos. - Jacqueline colocou as mãos na boca.

- Meu Deus. Que monstruosidade.

- O pior é que aqui é apenas uma parada.

- Como assim?

- O que eu ouvi é que eles não trocam apenas por dinheiro e sim por outras pessoas, ou seja, eles pegam as crianças da rua lhe oferecendo uma moradia e são enviadas para esses lugares e viram escravos sexuais.

- Você ouviu algo que pode ser usado?

- Ouvi um nome, Fitzpatrick, parece que é Irlandês e sobre um lugar em Londres, um bordel de rapazes, onde pode-se fazer tudo.

- Mas é preciso de provas.

- Diana veio para cá dessa forma. - Jacqueline precisou se sentar na cadeira. - Ela disse que a mãe a vendeu para uns homens, que a trouxeram para cá e Madame Clark a comprou. Desde então ela precisou se prostituir. - Natalie suspirou.

- Como ninguém nunca se posicionou diante disso? Nenhum lorde querendo ser um herói.

- Algo me diz que muitos lordes influentes sabem, mas não vão se posicionar porque se beneficiam disso.

- Dá prostituição?

- Não creio que só isso, deve ter dinheiro e poder envolvido nisso.

- Filha, não é melhor irmos embora para Paris, esses homens são perigosos.

- Não! Não é certo. Quem oculta o crime também é culpado, eu não seria diferente daqueles homens. Fugir não é a solução ou opção.

- Você não me deixa escolhas a não ser ter que participar dessa sua loucura.

- Mamãe, por favor, não se meta nisso.

- Não me meter nisso? Você já meteu todos nós nisso. Eu vou esperar por seu pai, o pobre homem não dorme direito a dias. Acalme a jovem, você sabe que para o bem dela, ela deve permanecer aqui.

- Sei, eu vou conversar com ela.

Diana nunca havia tomado um banho de banheira antes, não numa de porcelana. Aproveitou as bolhas e a água quente, só saiu quando a água começou a esfriar e como não tinha nenhuma empregada, ela foi pegar a toalha sozinha, se enrolou na toalha, não tinha nenhuma roupa ali, então teria que chamar Laurie. Foi até a porta e olhou pelo corredor e não havia ninguém, saiu brevemente olhando na direção a escada.

- A senhorita está perdida? - Um rapaz, que não tirava os olhos de suas pernas e estava com uma expressão sacana, parou a sua frente.

- Sinto muito, meu senhor, estou em busca de Laurie. - Diana entrou no banheiro novamente.

- Laurie? - O homem nem se quer piscava ao olhar para as penas de Diana. - Eu posso ir chama-la...

- Henry! - A voz estridente de Jacqueline atraiu atenção do rapaz, que virou-se para a mãe. - O que está fazendo?

Escolhas e Consequências (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora