Boa noite pessoal, mais capitulo saindo do forno. Espero que estejam gostando
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- Quanto você e sua amiga estão dispostas a pagar? – Kiera sorriu diabolicamente e Justice percebeu que não seria tão fácil quanto imaginava.
Natalie estava tendo diversos bloqueios criativos, sendo assim a coluna de Sir Lucas passou a ser quinzenal. Diana tentava ajudar a morena de todas as formas, mas sabia que só Natalie poderia resolver seus próprios bloqueios. As duas não dividiam o quarto e sempre que estavam mais de quinze minutos no mesmo cômodo, Jacqueline aparecia.
- Não consigo escrever nada, também vivo presa nessa casa. – Natalie andava de um lado para o outro.
- Você sabe que é para o seu bem, há pessoas querendo te fazer mal.
- Eu odeio me sentir enjaulada, sem contar que não podemos ter nem sequer um momento juntas. Pensei que morando juntas teríamos mais liberdade, mas parece que temos menos ainda.
- Sua mãe me aceitou em sua casa, mas ela não parece querer que eu fique próxima de você.
- Eu sei! – Natalie esbravejou. – Eu estou tentando manter uma convivência pacifica, mas parece que ela não ajuda.
- Venha cá. – Diana a chamou para se deitar na cama. – Hoje ela ainda não apareceu, está ocupada demais com a organização do baile, que tal aproveitarmos um pouco?
- É verdade. – Natalie deitou-se na cama, ao lado de Diana. – Me perdoe por minhas infinitas reclamações. – Deu um selinho na mais nova.
- Está perdoada se... me der um beijo de verdade. – As duas se beijaram apaixonadamente. – Parece que se passaram anos desde que nos beijamos assim.
- Verdade. – A morena começou a desabotoar o vestido de Diana. – Sinto falta de suas camisolas.
- Posso dar uma escapada e usar essa noite para você. – Diana mordeu o lábio inferior de Natalie. – Tranque a porta. – Natalie levantou rapidamente, trancou a porta e Diana tirou o vestido, ficando apenas de roupa intima. Levantou rapidamente e ajudou a morena a tirar o seu, para então as duas voltarem a se beijar cheias de desejo.
As mãos de Natalie exploravam lentamente o corpo nu de Diana e a cada vez que a morena lhe tocava sua pele formigava. Depois de sentir cada curva, de apertar os seios, coxas e traseiros, Natalie passou a beijar e lamber. Parte por parte, de maneira lenta e sensual, deixando Diana se deliciar com as sensações e escorregar as unhas por suas costas. A mais nova virou-se de costas para que Natalie continuasse com os beijos e as mordidas.
- Vamos fazer algo diferente? – Propôs à morena.
- O quê? – Diana mordeu o lábio inferior, mil coisas passavam por sua cabeça.
- Dizem que a dor e o prazer estão bem próximos. – Natalie deu uma mordida mais forte no ombro de Diana, que gemeu.
- Humm... O que sua mente perversa sugere? Me chicotear? Me amarrar? Ser mais bruta? – Passou a língua nos lábios de Natalie.
- São ótimas ideias, mas não temos nenhum desses itens ao nosso alcance. – Virou Diana de frente e a beijou de maneira voraz. – Que tal usarmos a vela?
- Você quer me queimar ou quer que eu te queime? – Diana perguntou confusa.
- Vamos usar apenas a cera. Eu deixo você escolher se quer fazer comigo ou quer que eu faça com você.
- Ah dúvida cruel. – Passou os braços pelo pescoço de Natalie. – Deite-se. – Diana inverteu as posições e sentou na cintura de Natalie. – Essa imagem é tão sensual, seu corpo sob o meu, quente e suado. – Diana rebolou de leve e Natalie perdeu um pouco do ar. Passou o dedo entre os seios da morena, para depois pegar a vela com cuidado. – Você precisa gemer baixo, ou vão saber o que estamos fazendo. – Com cuidado despejou duas gostas da cera derretida, fazendo a morena arfar um pouco mais alto. – Quer que eu continue? – Diana perguntou preocupada, mas saiu de maneira mais sensual do que imaginou.
- Quero. – Num fio de voz, tentando controlar toda a excitação que senta, Natalie respondeu.
Pela primeira vez em muito tempo as duas tiveram um momento intimo sem interrupção de Jacqueline. O sexo foi apenas uma pequena parte do momento íntimo das duas, afinal ambas consideram mais íntimo que sexo a conversa profunda que tinham depois e os carinhos e beijos que sempre trocavam quando estavam deitadas abraçadas.
- Sua preocupação está fazendo você não conseguir escrever. – Admitiu Diana. – Eu sei que a situação não é boa, mas será ainda pior se você continuar assim.
- Eu estou tentando me controlar, mas está difícil. As noites tem sido curtas e os dias longos. Eu estou com medo. – Natalie admitiu.
- Eu também. Medo de que isso seja um sonho, de acordar e ainda estar naquele bordel, medo de você se machucar ou pior morrer, medo de que isso possa afetar sua família. Todos os dias eu acordo e durmo com medo, mas eu não vou deixar de agir por conta do medo. Uma vez a Madame Clark me disse que coragem não significa fazer algo sem estar com medo, significa que você tem medo, mas mesmo assim agiu e fez o que era preciso.
- Se eu perder você, não terei motivos para continuar vivendo.
- Eu digo o mesmo. – Diana acariciou o rosto de Natalie. – Por isso vamos fazer de tudo para não perdermos ninguém. – Diana sorriu.
- O que acha que devo começar escrevendo?
- Primeiro precisamos conhecer realmente nosso alvo e depois ataca-lo.
- Diana Portillo, quando se tornou tão estrategista? Não podemos usar força bruta com ele, porque ele vai ganhar, sendo assim vamos usar o que temos de mais forte.
- Suas palavras e as informações que roubou deles. – Natalie sentou na cama e começou a pensar.
- Preciso de livros...
- Livros?
- Livros sobre o comportamento humano, preciso estudar, para assim ficar um passo à frente dele, por que tenho certeza que ele já previu que vamos mandar alguém o investigar.
- Como você sabe?
- Bom, se eu estivesse no lugar dele acharia isso e se na minha casa tivesse uma rotatividade grande de empregados eu com certeza ficaria desconfiada de todos. – Natalie foi até sua escrivaninha e sentou-se. – Temos que fazê-lo comparecer ao baile e não mandar um empregado. Preciso olhar nos olhos dele.
- Pode ser muito perigoso, ainda mais com muitas pessoas e se ele envenenar a sua comida ou sua bebida?
- Ele não vai fazer isso.
- Como tem tanta certeza disso?
- Porque vou dar a ele uma adversária a altura, chega de nos esconder. Vamos aprender a nos defender.
- Metaforicamente?
- De maneira literal também. Você está certa, sentir medo não é motivo para não agir, não vou ficar presa nessa casa esperando por eles. Um dia da caça e o outro do caçador. – Natalie tomou o lápis nas mãos e começou a escrever. Diana viu uma expressão dura em seu rosto, estava obstinada e pela primeira vez em semanas conseguiu quebrar seu bloqueio. Naquele momento a mais nova percebeu que Natalie estava mais que pronta para lutar com unhas e dentes, e que diferente do que havia dito, não era uma presa e sim leão.
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Escolhas e Consequências (Romance Lésbico)
RomansaNa cidade de Londres no século XIX duas mulheres, com vidas completamente diferentes, tem seus destinos ligados. Uma Lady da alta sociedade Londrina e uma prostituta de um bordel. O que as duas tem em comum? A escolha de ficarem juntas, enfrentar um...