Graças aos céus chegamos na Grécia, o problema é saber para onde ir. Mesmo estando ligada ao meu pai, não faço ideia de para onde ir, eu não sou a única com esses pensamentos. Depois da visão que tive do meu pai, as dores se sessaram e eu não tive mais visões com ele. No momento, estamos estacionados de frente para uma lanchonete, todos fora do carro, menos Nico, que tentava ver algo no mapa, mas sem muito exito nisso. Como sempre, Percy e Alexia estão comendo, enquanto Piper tenta se distrair com o seu espelho, a garota diz estar com uma sensação ruim e veio a viagem inteira assim, eu só não falei que ela é a única. Entrei no banco de trás do carro, ao lado do filho de Hades, que expressava raivo pelos olhos.
- Deixe-me ver. - falei, e não esperei ele me dar o mapa, apenas o tomei de sua mão. No mesmo momento a Hedwig piou, o que mais pareceu um grito de alegria, tipo um "aleluia".
Fitei o papel em branco, e fiquei assim por minutos até ver uma letra se formar, primeiro um U e depois o resto veio de vagar...
- Museu Arqueológico nacional de Atenas. - murmurei. - Ai galera, entra no carro. Vamos ao museu.
- Fazer o que lá? - perguntou Alexia.
- Não sei, o mapa me mostrou isso.
- Não estou vendo nada. - murmurou Nico.
- Olha eu vi o nome, entendeu? - aborreci-me.
Dessa vez Alex tomou o volante e eu fui ao seu lado. Colocamos no GPS o nome do lugar e o mesmo indicou a rota que teremos que fazer. Fomos o mais rápido que conseguimos e o mais estranho é que o lugar está fechado, e olha que é dia de semana. De última hora decidimos invadir, pois se está fechado, algo está errado. Pulei a grade sem problema algum, assim como os outros, digamos que o garoto morte esperou todos subirem para erguer o chão abaixo de seus pés e pular com facilidade o muro, Piper quase desceu o soco nele. O que poderia ter aqui de tão especial? Se o mapa nos mando aqui, foi por um bom motivo. Arrombamos a porta do lugar e adentramos, sem pensar duas vezes, mas no momento, todos estamos com as armas em mãos, eu carrego meu pingente, Alexia o seu lado uma lança, que no caso é um pingente também, já Piper carrega sua adaga, Percy sua caneta e Nico sua espada estranha e negra.
- Talvez devêssemos nos separar. - sugeriu Percy, e essa ideia fez meu coração falhar uma batida.
- Será bem mais rápido para encontrar o que não sabemos. - concordou Alex e a ideia pareceu assustar Piper.
- Tanto faz. - Nico deu de ombros e virou um corredor.
Olhei para Piper, que me observava com um certo desespero estampado em seu rosto, tentei mostra-lhe um sorriso, mas falho. Passei por ela e abri uma porta, na qual deu entrada a uma sala cheia de estatuas gregas de antigamente, meu coração batia cada vez mais rápido, de repente essa ideia de nos separarmos ficou pior ainda. Tentei ignorar esse fato e me concentrei em achar algo, passei meus olho nas estatuas e em algumas armas que haviam de enfeite por ai. Passei por essa sala sem encontrar nada e adentrei uma cheia de quadros, também antigos. Mas só uma coisa me chamou a atenção, calmamente andei até a replica da estatua de um Zeus, sentado em seu trono, e segurando o raio-mestre, e o mais estranho foi quando o seu olho esquerdo piscou para mim, assustei-me e dei alguns passos para trás.
- Hora, hora, hora... Não imaginava te encontrar tão cedo, pequena semideusa. - rapidamente apertei meu pingente e ele se transformou em minha espada. Quando me virei, dei de cara com uma linda mulher há alguns metros de mim, possuía um sorriso meio que amargo nos lábios finos e rosados.
- Quem é você?- perguntei, sem um pingo de medo na voz. A mulher riu.
- Típico de um filho de Zeus tratar uma Deusa com tanta audácia. - deusa? Mas o que está acontecendo aqui? - Me chamam de Nêmesis.
- A deusa da vingança... - murmurei.
- Isso mesmo, garota inteligente? - essa velha está tirando comigo?
- E o que você quer comigo? - levantei a sobrancelha esquerda e a encarei.
- Minha doce criança inocente... - ela estalou a língua e um sorriso maligno surgiu do nada. - Digamos que minha senhora me deu ordens para executar você, mas ela mudou de ideia e resolveu brincar um pouco com a cria de Deus.
- Espera um minuto. - ergui o braço e ela me encarou de um jeito estranho. - Você é uma deusa da vingança, mas deixa uma outra pessoa ou ser mandar em você? - perguntei negando com a cabeça. - Francamente...
- Garota insolente! - passou-se um segundo e ela voo em minha direção, para me jogar com um impulso contra a estatua de meu pai, eu juro que senti meu corpo inteiro pelejar e pedir para irmos embora.
- E agora você não aceita a verdade? - indaguei indignada. Sei que é loucura ficar brincando com uma Deusa, mas preciso de tempo para pensar. Se tem uma deusa me atrapalhando, é porque a merda toda está aqui, o que significa que preciso passar por ela para conseguir a achar o meu pai e eu nem achei o raio ainda... Santos Deuses. E pela primeira vez pedi ajuda a algum outro deus a não ser o meu pai, Atena e Afrodite.
A irá da deusa foi tanto, que além de me arremessar de novo, sua energia estava ficando nítida para mim, uma aura meio vermelho vinho começou a sair de seu corpo e seus olhos escureceram o triplo de antes. Bati contra um quadro e senti o vidro perfurar algumas partes de meu corpo, levantei-me o mais rápido que pude e desviei de mais um ataque, o que só irritou ela. De repente, correntes começaram a sair de baixo de suas mangas longas e largas de seu vestido escuro... Minha nossa! Desviei de uma, mas fui acertada por outra, que pegou na minha bochecha, um pouco abaixo de meus olhos. Ela está conseguindo me tirar do sério, apontei minha espada para ela, e uma linha de eletricidade saiu da mesma, a acertando em cheio, mas ao que parece meus danos são bem maiores do os dela, pois mal fez um machucado nela. As correntes se prenderam em meus pulsos e a Deusa mais uma vez estava cara a cara comigo, me observando com os seus olhos escuros.
- Você tem sorte de que eu não posso te matar. - rosnou.
- Porque sua patrona não deixa... - zombei e levei um tapa... Nossa, grande coisa.
- Venha, chegou a hora da sua diversão.
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Nada é por acaso
FanficArielle Mitchell, a definição de uma garota que toma decisões por si própria, e que na maioria das vezes não funcionam. Descobre que é filha de Zeus aos treze anos de idade e é mandada para um acampamento para semideuses ao norte de Los Angeles, na...