Te moldei à minha ideia
Te distorci à minha imaginação
Te transformei no que eu queria
Criei uma personagem e
Nela pus o teu rostoNão te conheci
Fingi que te conhecia
Porque eu conhecia
Afinal, te criei, eu de tudo sabiaE como a uma argila
Te dei uma forma
Aquela que eu queria e via
Ainda te acusei de ilusãoVocê não passava de um espectro
Uma borrada sombra do seu eu
E era isso que eu amava
Um fantasma