Nolan is becoming a problem

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Um mês depois.

Eu nunca imaginei que fosse possível ficar mais confusa do que eu ja costumo ser. Tudo que Beatrice me disse naquele dia ficou rodando na minha cabeça por muito tempo, deixando-me a beira da loucura. Afinal, não saber exatamente o que você sente ja é horrível, mas não saber o que você sente pelo seu melhor amigo é pior ainda, sabe? São coisas que nunca senti antes, então eu não sei do que se trata. Eu não sei de mais nada. Eu não sei mais o que fazer ou pensar.

A única coisa que eu sei é que hoje completa um mês desde o dia que os meninos foram viajar, ou seja, um mês sem ver ele.

Passei a primeira semana ignorando Calum porque eu precisava pensar e simplesmente não conseguia falar com ele. Eu precisava de um tempo pra mim. Eu precisava colocar a minha cabeça no lugar e tentar entender as coisas que eu estou sentindo e depois acabei dando uma desculpa que o trabalho estava pesado, o que não é uma mentira. E pra piorar, ainda não resolveu absolutamente nada ficar esse tempo pensando e ignorando ele porque eu não cheguei a uma conclusão. Não sei mais o que eu sinto. Eu sei que o quero por perto o tempo todo mas isso eu sempre quis, não é atoa que eu sempre passava a maior parte do tempo em sua casa, e isso me faz questionar se lá atrás eu já sentia coisas muito além de amizade por ele.

Eu não sei.

Eu estou cansada de pensar. Eu estou cansada de analisar. Eu estou cansada mais ainda de me gastar com isso. Estou morrendo de saudade dele e não vejo a hora de por vê-lo novamente. Sinto falta do seu abraço e não sei como vivi todos esses anos sem ele. Porque não sei mais como viver sem acordar com suas mensagens, ou receber sua visita inesperada ao longo do dia. Não sei mais ainda como é viver sem os seus beijos. Sinto falta daquela textura macia e quente que tem os seus lábios. Sinto falta das suas mãos firmes ao redor da minha cintura e sinto mais falta ainda do seu corpo. Não sei mais o que fazer, de verdade.

Nolan tem pegado pesado, mas isso é o de menos, porque agora esta insuportável trabalhar com ele. A questão é que ele não consegue mais manter uma conversa sem flertar comigo, e isso é chato, sabe? Tudo bem que muitas garotas matariam pra estar no meu lugar, mas ele é o meu chefe. Eu não consigo vê-lo com outros olhos e Nolan simplesmente não se toca. Sabe aquele tipo de cara que não consegue levar um fora? Então, ele é um desses caras que saem pegando todo mundo, porque ele sabe que é bonito e ninguém teria coragem de recusar, digo, eu tenho coragem. Se fosse em outra situação e ele não fosse o meu chefe, eu até ficaria mas essa realidade não existe.

— Nolan, você vai precisar de mais alguma coisa? – paro na porta da sua sala.

— Ja vai embora? — ele questiona.

— Sim, já deu o meu horário. — respondo ansiosa pra virar as costas e sair.

— Eu também estou indo. — Nolan se levanta de sua cadeira, coloca o celular no bolso e caminha até a porta — Se importa de uma companhia até la em baixo?

— Ah, não. — digo sem graça e Nolan sorri ao caminhar ao meu lado. Ajeito minha bolsa no ombro enquanto esperamos pelo elevador.

— O que vai fazer agora? — ele puxa assunto e eu só quero desaparecer.

— Eu vou pra casa. — respondo brevemente e o elevador chega — E você?

— Eu vou tomar um café na padaria aqui do lado, quer ir junto? — vejo um sorriso no canto dos seus lábios que faria qualquer garota se derreter todinha. Menos eu.

— Ah, eu não sei. — fico sem graça porque não sei como recusar. Meu maior problema é não conseguir dizer não para as pessoas, eu odeio isso.

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