He's unbelievable

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Noc, noc, noc.

Abro os olhos mas logo os fecho por causa da claridade, piscando várias vezes e me perguntando porque insisto em dormir sem fechar as cortinas. O barulho de alguém batendo na porta me faz despertar. Olho para o relógio em cima do criado mudo e me assusto quando o vejo marcando onze da manhã.

Eu estava tão cansada ontem que apaguei tão rápido e dormi mais do que sou acostumada. Logo quando penso em me levantar, escuto a porta do quarto de Beatrice ser aberta e sua voz rouca grita:

— Eu atendo. — escuto seus passos pela casa, sumindo pelo corredor e resolvo não me dar o esforço em me levantar, mesmo estando um pouco curiosa em saber quem é a uma hora dessas, pensei até que poderia ser o Dylan mas ele nunca vem de manhã.

Rolo na cama, abraço um travesseiro tentando tirar forças de algum lugar para me levantar, mas permaneço ali curtindo aquela preguiça matinal.

Quando estou prestes a pegar no sono novamente, escuto minha porta sendo aberta com certa lentidão, então resolvo me virar para ver quem é e me deparo com um par de olhos castanhos que logo encontraram os meus e sou inundada por um sentimento inexplicável.

— O que você está fazendo aqui? — pergunto ao garoto moreno e não consigo mais esconder meu o meu sorriso. O coração tão disparado que tenho medo de ser escutado do outro lado do apartamento.

— Bom dia pra você também. — Calum sorri, tímido. Ele encosta a porta e se joga em minha cama, ao meu lado.

— Bom dia. — respondo e me viro para ele — Como você passou pela portaria? — não que nosso prédio seja um dos mais seguros, mas você precisa de identificação pra entrar.

— O porteiro me conhecia. — ele diz naturalmente, o que é engraçado.

— De onde? — arqueio uma sobrancelha.

— A filha dele gosta da banda, ai eu dei um autografo pra ele e... — Calum para de falar quando escuta o som da minha risada ecoar pelo quarto e sorri.

— Oh meu Deus, eu não acredito que você fez isso. — respiro fundo, me recompondo e ele apenas da risada.

— Eu tentei te ligar um milhão de vezes mas parece que seu sono é mais pesado que o do Michael. — assim que ele explica, eu arregalo os olhos procurando pelo meu celular na cama e achando logo de baixo do meu travesseiro.

— Sem bateria. — digo, e mostro a tela preta e trincada — Eu peguei no sono tão cedo e nem coloquei pra carregar.

— Percebi. — ele umedece os lábios. Me estico até o criado mudo, onde há uma tomada ao lado com o carregador enfiado, então apenas conecto no celular e deixo ali para carregar, voltando a me virar para ele logo em seguida — Mas enfim, vim aqui porque tenho algo pra você.

— O que? — pergunto com o cenho franzido. Observo Calum tirar um envelope branco do bolso e estender para mim — O que é isso?

— Abre. — diz enquanto me olha nos olhos. Desvio o olhar para rapidamente abrir aquilo em minhas mãos, fico confusa ao ver o que me parece ser duas passagens aéreas para Sydney e olho para ele mais confusa ainda, me sento na cama enquanto eu tento processar aquilo.

— Calum? — olho para ele novamente. Não é possível que ele fez aquilo.

— Ok, você parece o Luke de tão lerda. — ele da risada mas logo termina de falar — Eu não sei o que você programou para o resto da semana, mas só sei que vai cancelar tudo e eu e você vamos para Austrália.

— QUE? — grito, fazendo-o se assustar — Mas as passagens estão com a data de hoje?

— Sim, algum problema? — ele pergunta, confuso e balanço a cabeça.

Behind The SpotlightOnde histórias criam vida. Descubra agora