Every kiss is a door

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Every kiss is a door
Can I knock on yours? Can we knock a little more?
If your touch is a key
Keep on twistin', keep on lockin', keep on turnin' me

Abro os olhos e pisco varias vezes para me acostumar aos poucos com a claridade do quarto. Levo algum tempo para acordar completamente e assim que faço, um flashback da noite passada me faz sentir um frio na boca do estômago.

Me viro e Calum esta deitado de bruços, com parte do rosto enfiado no travesseiro e uma de suas pernas esta em cima da minha, o que causa um pouco de incomodo já que ele é maior do que eu e consequentemente mais pesado. Então, com um pouco de dificuldade tiro minha perna e viro meu corpo para ele, deitando-me de lado. Fico em silencio, apenas admirando seus detalhes e automaticamente sinto meu rosto esquentar, meu coração disparar e por razoes desconhecidas sinto lagrimas em meus olhos, mas elas não caem. Um sentimento me invade, algo que nunca senti, algo novo e inexplicável.

Com isso, decido me levantar. Vou ao banheiro, faço o que preciso e depois caminho para cozinha, onde preparo algo para comer.

— Bom dia. — Calum se senta ao meu lado. Ele sempre costuma acordar pouco tempo depois de mim e aparece do nada, me assustando. Sempre.

— Bom dia. — olho pra ele. O rosto amaçado por causa do travesseiro, os cabelos bagunçados, os olhos inchados e os lábios absurdamente rosados. Lindo, ele é lindo.

— O que tem pra comer? — a voz rouca.

— Eu fiz um misto quente pra você. — aponto para o prato no centro da mesa.

— Hum. — ele puxa o prato para perto de si e segura o lanche para comer. Fico quieta, apenas observando enquanto termino de beber o meu café com leite. Calum percebe que estou observando-o e então ele olha pra mim. Desvio o olhar sem jeito e me levanto, vou até a pia e lavo a louça que sujei enquanto o garoto termina de comer. Assim que ele termina de comer, nós terminamos de arrumar a cozinha.

— Ei. — Calum aparece atras de mim e abraça minha cintura enquanto estou guardando os copos no armário. Me arrepio por inteira. Isso não é bom.

— Hum? — tento não demonstrar nenhuma reação mas ele percebe que me arrepiei, qualquer um perceberia.

— Eu tenho ensaio com a banda daqui a pouco. Você quer ir? Alias, você vai. — ele afirma sendo mandão e eu só tenho que rir.

— Eu tenho escolha?

— Não. — sua mão afasta meu cabelo e em seguida seus lábios encostam em meu pescoço num beijo suave, deixando-me mais arrepiada.

— Eu só vou aceitar porque tenho saudade de ver vocês tocando. — explico. Calum não diz nada, ele apenas me vira de frente pra ele e me beija. Ele sempre me surpreende. Um beijo calmo, porém quente. Um beijo que me faz questionar muitas coisas.

— Eu acho melhor a gente se arrumar, estamos atrasados. — Calum diz após parar o beijo. Ele me olha nos olhos e me aquece.

— Que horas vocês marcaram? — questiono.

— Daqui meia hora. — ele ri.

— Estamos atrasados. — dou risada e me solto dele mesmo não querendo.

Vou diretamente para meu quarto, onde tiro a camiseta que usei para dormir e visto meu jeans preto com uma blusinha preta básica. Calço um tênis e visto uma camisa xadrez mais fina ja que o clima não esta tão frio, mas também não esta quente.

Quando termino, Calum esta do outro lado do quarto terminando de calçar seu tênis. Aproveito para passar um pouco de maquiagem no rosto, apenas para tirar a cara de sono e dar uma cor viva.

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