•Virando alvo dos orelhas pontudas•

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Depois de recomposta, finalmente desci e refiz a conexão com a atmosfera uma vez que o pouco tempo que passei chorando já havia feito a neve começar a cair.

Desci da árvore voltando por onde tinha vindo, tentando não me perder naquelas montanhas.

- Ah aí está você! - ouço nosso mais novo companheiro falar - O que houve baixinha? -  pergunta angustiado.

- Nada. Apenas exaustão menino lobo, não precisa se preocupar 

- Sabe que pode confiar em mim não sabe?

- Sei? Só te conheço a quatro dias - digo erguendo uma sobrancelha em uma careta.

- Não seja por isso - ele passa um braço ao redor dos meus ombros - teremos muito tempo pra passar juntos ainda!

Dessa vez não havia malícia em suas palavras nem em seu tom de voz. Não o afastei e voltamos dessa forma para o acampamento.

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- Tio, precisamos tomar alguma atitude! Já não aguento mais ficar procurando dia e noite e não encontrar nada.

- Não perca o controle querida. Sei que está exausta, mas tente permanecer calma.

- Perder o controle? Se eu estivesse perdendo o controle já teria mandado tudo isso aqui prós ares isso sim! - chutei uma pedrinha ao longe.

- Certo, vamos raciocinar. Nós não encontramos nenhum tipo de magia por aqui, nada que pudesse ser uma ilusão, nem nenhum rastro de odor. - Ellyna começa com a linha de raciocínio.

- Não existe nenhuma trilha por aqui, senão eu já teria encontrado. Essas montanhas não são usadas como caminho por ninguém - Lucian completa.

- Isso significa, que não tem nada aqui...

- Mas tem Samhara. Todos os seres mágicos sabem disso - Tio Ray interrompe.

- Espere eu terminar! Eu queria dizer que não tem nada aqui... nas montanhas. Mas e entre as montanhas?

- O que quer dizer? - Ellyna questiona.

- Acho que entendi.... você se refere a alguma passagem ou algum vale escondido, é isso?

- Exato menino lobo. Estamos procurando errado, devemos ir atrás de outra coisa.

Passamos a noite discutindo os planos para o dia seguinte e assim que o sol raiou, começamos a nova busca.

Seguimos por áreas mais baixas e também pelos paredões, vasculhando cada centímetro por onde passamos. Encontramos uma imponente Cachoeira, suas águas desciam o rochedo como um véu, o reflexo do sol contra a água formava um arco-íris.

- Uau! É linda!

- Tudo pra você é lindo Elly - reviro os olhos.

- Não posso discordar dela. É realmente uma bela cachoeira. - Lucian já não ficava mais em sua forma canina já que agora a observação e o tato eram bem mais importantes que o faro.

- Por nada Lucian.

- Como assim? Eu não te agradeci.

- Pois deveria, essa cachoeira era pra estar congelada se não fosse por mim.

- Mas como é convencida.

- Você não viu nada ainda - raymond tocou as águas.

- Até você tio? Isso é um complô.

- Bem fiquem ai se quiserem eu vou dar um mergulho.

- Quem te dispensou do trabalho? - cruzo os braços.

 Rainha Negra: A Guerra Onde histórias criam vida. Descubra agora