• De encontro ao inimigo •

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Como havia dito, partimos assim que amanheceu, e não houve transtorno algum durante nenhuma parte do trajeto até aqui.

Devo mencionar que os contatos de Yedryn finalmente chegaram nesse tempo, e tudo que fiz ao menos posso dizer que valeu a pena.

Simplesmente conseguimos o apoio de todos os elfos! Exatamente todos! Alguns inclusive vieram não pelo Lord das Montanhas, mas por tomarem ciência dos acontecimentos e quererem acabar com todos os danos causados a vida natural que as bruxas estavam criando.

E é com orgulho e satisfação que lhes digo, que temos conosco os Elfos das Florestas, de todos os cantos do mundo; os Elfos do Norte, vindos das regiões frias além do mar de Feyr; diversos outros Elfos das Montanhas advindos de outros picos inóspitos; os Elfos dos Desertos, vindos dos Oásis, e mais uma imensa variedade! Cada raça  se subdivide em tribos, clãs, reinos, etc.

Mentiria se dissesse que não estou confiante depois de termos mais que triplicado o número de pessoas pra guerra. No momento, estou discutindo os planos de batalha com os líderes de tribo.

– Bem senhores e senhoritas, temos o covil aqui - ponho o dedo em cima do local do mapa mágico que o ruivo irritante tirou não sei da onde, e que nos mostra a localização de exatamente qualquer lugar do planeta - A frente do Deserto de Nifh, e cercando toda a área o antigo Bosque Kiev. Elas tem toda essa extensão de área entre o bosque e o deserto.

Em sua imaginação pode parecer pouco, mas lhe garanto que é imenso. Poderia facilmente ser feito todo um reino dentro dessa área.

– Os únicos jeitos de entrarmos seriam por cima, que não temos como, ou atravessando o bosque. - continuo.

– Que também não temos como.

– Vai ter que haver um jeito Yedryn. Não tem outra forma de passar. A menos que queira ser carbonizado no Deserto de Nifh. Se quiser ir fique a vontade com certeza melhoraria meu dia.

– Se tentarmos passar pelo bosque seremos dizimados feiticeira, ele funciona como uma muralha. - diz o líder dos Keritah, uma tribo de elfos da floresta. - Se conseguirmos, é praticamente impenetrável.

– Eu sei Orik, mas deve haver um jeito de passar por ele. Talvez um feitiço consiga nos fazer entrar.

– É impossível qualquer manipulação da floresta já que ela está morta. E não acho que as bruxas consigam teleportar todo o exército lá pra dentro.

– É, isso é verdade Katrina. Mas e se...

Depois de bastante pensarmos e discutirmos uma estratégia, finalmente ela está pronta, mas se ela não funcionar estaremos bem mal. Acabada a reunião, voltamos a marcha. Estávamos quase no fim do caminho, o que era ótimo, já que estávamos no trajeto a tempos.

Se por acaso pensam que eu estou fazendo isso por uma causa maior, estão completamente enganados. O único motivo disso tudo, é por que eu quero viver, e pra viver, necessito de um mundo.

Eu poderia ir atrás de feitiços interdimensionais? Poderia. Mas elas também poderiam, e ai destruiriam outras dimensões, eu continuaria mudando, e assim sucessivamente. E fugir não é opção. Fui obrigada a isso duas vezes pra nunca mais. Então o melhor a fazer é acabar logo com essa ameaça. A ideia de seres inocentes morrerem com a destruição também não me agrada, mas essa não é minha prioridade e nem será. Me chamem de egoísta, eu até posso ser uma, mas estou mesmo é ME salvando.

É eu sei, quando começou toda essa história a motivação foi " me defender", depois mudou pro " ser o certo a se fazer ".

Só que, primeiro, eu havia me motivado a isso por achar que Jason havia morrido, eu me culpava, e de certa forma, honrar sua memória seria uma forma de redimir parte dessa culpa, já que ele sempre prezou pelo "certo". Só que ele não está morto.

 Rainha Negra: A Guerra Onde histórias criam vida. Descubra agora