Capítulo XII

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Acordo pela manhã com a visão um pouco turva, provavelmente devido ao vinho forte que experimentei depois de ajudarmos o Rei. O sol já havia nascido a alguns minutos então me levanto e lavo meu corpo na banheira para despertar.

Astra ainda está dormindo, me deito na cama ao seu lado a fazendo se remexer um pouco.
-Fizemos um bom trabalho ontem.- Digo.

-Sim...- Ela resmunga.

-Mas já está na hora de levantar, não acha?- Implico.

-Não... Não tenho problemas para acordar, mas aquelas bebidas eram bem fortes.-

-Então terei que fazer a moda antiga.-

Ela começa a rir antes mesmo que eu fizesse alguma coisa. Começo a dar pequenas apertadas em sua barriga a fazendo levantar.

-Tá bem... E que mão gelada, Lia!-

Rio e falo em seguida:

-Sei disso.-

Depois que ela se banhou e pegamos nossas coisas, vamos até a recepção para pagar nossa estadia e recebemos a notícia de que já havia sido paga.

"Alucard? Não sei dizer..."

Então saímos do hotel em busca dos rapazes que sumiram desde que adormecemos a noite.

"Onde eles se meteram?"

Ao chegarmos para verificar os cavalos no estábulo nos deparamos com Aaron e Alex prendendo suas coisas aos mesmos.

-Por que levantaram tão cedo? Não conseguíamos encontrar vocês.- Diz Astra desconfiada. -E onde conseguiram os cavalos?-

-Ahnn...- Aaron trava.

-Fomos atrás de comida, viu?- Diz Alex levantando um saco cheio dela. -E conseguimos os cavalos no pequeno estábulo dos Caçadores locais.-

-Espera. Eles deram a vocês?- Pergunto.

-Não exatamente.- Eles riem.

-Esse é o... Callus.- Diz ele verificando se o nome do mesmo estava escrito em algum lugar.

-E o outro?-

- Champagne.- Pronuncia Aaron até então calado.

-Tá bem...- Finalizamos a conversa.

Puxo Astra para um canto distante dos meninos para avaliar nossas conclusões.

-Você acreditou nessa história de comida?-

-Nem um pouco.- Profere. -Mas vamos nos manter calmas e fingir que acreditamos. Mais cedo ou mais tarde vamos fazê-los contar.-

Voltamos até eles e retomamos a missão principal.

-Temos alimento para aproximadamente duas semanas, então se tudo ocorrer como esperado, não vamos precisar parar na próxima cidade. Nossas armas estão em bom estado e temos agasalhos o suficiente caso haja algum imprevisto.- Digo.

Olho para Astra e a vejo concordar, assim como os outros. Pegamos os cavalos e vamos embora.

Dentre as árvores, já afastados da cidade e seguindo uma estreita estrada de terra, começo a pensar sobre o nobre traidor.

"Parece imprudente, mas não sabemos se está se tornando comum. Se não fôssemos nós, os Caçadores locais estariam submetidos a suborno ou morte às escondidas. Futuramente poderia se tornar uma espécie de disputa ainda maior pelo poder, acima dos rebeldes.

Tornaria a Coroa instável, Alucard se tornaria vulnerável."

*QUEBRA DE TEMPO*

Caçadoras da CoroaOnde histórias criam vida. Descubra agora