CONTINUAÇÃO DE MY PRINCESS
Plágio é crime
Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 - Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
leitura pa...
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Fiquei imóvel ao perceber que os dois caminhavam em minha direção. Rada sorria descaradamente para mim e se virava para sussurrar alguma coisa no ouvido de Henrico que achava extremamente engraçado. Eles pareciam se mover em câmera lenta, conversando com a maior intimidade do mundo. Cerrei os punhos me segurando para não fazer escândalo. Rada tinha que ser muito cara de pau para aparecer na minha frente, depois de ter inventado uma matéria caluniosa sobre mim — não tinha provas de que havia sido ela, mas convenhamos, estava mais do que na cara — E depois de ter destratado Gia na festa de inauguração do restaurante.
Se não fosse o fato de ser uma recepção da Família Real eu já a teria arrastado para longe, mas fiz um esforço enorme para permanecer ali, contendo os pensamentos homicidas.
— Dominick — Henrico alargou o sorriso ao se voltar para Gia. — Princesa. — Então fez um breve aceno com a cabeça cumprimentando-a. — Que bom encontrar vocês aqui. Obrigada pelo convite.
— Alteza. — Educada, Gia retribuiu o gesto, sem a mesma animação do Príncipe.
Ficamos ali os quatro, um de frente para o outro, nos encarando num breve silêncio que pareceu durar uma eternidade. Ninguém sabia o que dizer aparentemente, vai ver os dois estavam esperando que pulássemos de alegria por tê-los ali. Não que eu tivesse alguma coisa contra Henri, longe de mim, eu mal o conhecia, mas tinha aquela sensação de já tê-lo visto antes sem saber onde. E Rada... Bem, era Rada.
Pigarreei e enfiei a mão no bolso, casualmente, tentando parecer a pessoa mais normal do mundo, sem demonstrar o quanto estava puto por ver Rada ali. Mas olhei para ela sem conseguir segurar a língua:
— Eu não sabia que conhecia o Príncipe Henri.
Rada empinou seu nariz perfeito exibindo um sorriso de orelha a orelha ao me encarar, com a expressão mais cínica do mundo.
— Eu conheço todo mundo importante para se conhecer na Realeza — disse ela. — Só não sabia que vocês dois se conheciam. — Rada olhou de mim para Henri, e aquela sensação incômoda, de quando você se lembra de uma música, mas não sabe o nome e quer encontrá-la a todo custo, sem saber por onde começar, aumentou, disparando todos os alarmes.
— Rada é uma velha amiga, espero que não se importe. — Henri explicou dando um tapinha, de leve, não mão que Rada apoiava em seu braço despreocupadamente. Aquele sorriso dela me irritava. Será que Rada não se tocava?
Por mais que eu me esforçasse era difícil ignorar o que estava sentindo realmente. Ela havia tratado mal à Gia, diminuindo-a. Mesmo sem saber quem era, isso não dava o direito de destratar ninguém que estivesse comigo, se achando a dona do pedaço.
Respirei fundo tentando me manter calmo, mas a raiva crescia.
