Sozinha no quarto, o alívio não veio. Na verdade, fui dominada pela preocupação, enquanto era atormentada por lembranças da minha conversa com o rei, minha discussão com Riley e sobre o que Simona havia me dito.
Fiquei revirando na cama de um lado para o outro até finalmente pegar no sono, o que demorou bastante. E, quando dormi, ainda fui importunada por pesadelos de mim, vestida de noiva, enquanto fazia um piquenique com Milen e a família ao redor. Despertei sobressaltada, e tentei dormir de novo, apenas para ter um pesadelo pior, onde desta vez, eu era arrastada até o altar pelo meu pai, enquanto Milen e Henrico me esperavam ao lado do padre, que era nada mais nada menos que Dominick de bata. Eu gritava e ninguém vinha ao meu socorro, e por mais que eu chamasse por Dominick, ele parecia me ignorar por completo...
E foi chamando pelo nome dele que acordei, envolvida em um casulo de braços e lençóis, sentindo me envolverem e me apertarem gentilmente por debaixo das cobertas. Um beijo na curva do meu pescoço e meu corpo inteiro despertou.
— Estou aqui. — Dominick sussurrou no meu ouvido, a voz sedutoramente rouca, e seus braços me apertaram ainda mais. Um movimento atrás de mim e a luz do abajur se acendeu. Eu virei pra ele e me aconcheguei, deitando minha cabeça em seu peito, ouvindo sua respiração.
— Se esgueirando pelo meu quarto à noite, duque? — ele soltou uma risada baixa. — Não que eu esteja reclamando.
— Que bom. Por um minuto você me confundiu. — Ergui a cabeça, e nossos olhos se encontraram. — Devia ser um pesadelo bem feio, pela sua cara — queria sorrir para tranquilizá-lo, mas não consegui, o embrulho no meu estômago e o nó na garganta não permitiam. — Tem a ver com a conversa com o seu pai — fiz que sim com a cabeça, sabendo que sobre isso eu não podia mentir. Ele com certeza ia querer saber sobre tudo. — Quer falar sobre isso?
Refleti por alguns segundos sobre isso. Eu não podia contar sobre meus sonhos sem falar sobre o que estava realmente me atormentando. Sim, eu sabia que tinha que contar pra ele, mas não conseguia, eram poucos nossos momentos sozinhos e eu não queria arruinar um deles com péssimas notícias.
Se eu contasse, provavelmente o deixaria furioso e ele iria até o rei arrumar confusão. Era tudo o que eu queria evitar, pelo menos por agora. Ele ia saber sim, e eu tinha decidido que queria ter esta conversa em particular, cedo, com nós dois devidamente vestidos e comigo mais calma.
Ainda estava digerindo tudo o que tinha acontecido, e minha mente, queria mais do que nunca, evitar um confronto que pudesse fazer com que eu me sentisse ainda pior do que já estava.
Neste momento, tudo o que eu queria era ficar assim, nos braços dele deixando o tempo passar.
— Sabe que sou bom ouvinte, e que pode falar comigo sobre o que quiser.
— Sim eu sei — deixei escapar um longo suspiro. — Mas não quero falar sobre isso agora. — foi minha resposta tímida. Tudo o que eu precisava agora era dele e de uma boa noite de sono. — De manhã cedo, depois do café.
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The Royal Girl - Parte II - DEGUSTAÇÃO
Chick-LitCONTINUAÇÃO DE MY PRINCESS Plágio é crime Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 - Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. leitura pa...