Eu sabia que não podia entrar no escritório do rei de qualquer jeito, sem hora marcada, e muito menos sem ser anunciado, mas naquele momento foi a última coisa que pensei enquanto rumava pelos corredores em direção à sala, seguido de perto por Ivan que não disse nada o caminho todo, até que chegamos às portas duplas. Bati com força umas três vezes, o que fez com o que os guardas do corredor se aproximassem. Um deles que estava praticamente do meu lado, me encarou a expressão séria, que não me intimidou. Eu estava prestes a arrancar aquela porta, a raiva queimando por dentro.
— Senhor, tem hora marcada com sua majestade? — O homem perguntou, o cenho franzido, os olhos indo de mim para o príncipe.
— Está tudo bem — disse o Ivan.
— Uma merda que está tudo bem! — Bati de novo com força, até que a porta finalmente foi aberta por dentro, pelo assistente pessoal do rei. O homem colocou os olhos arregalados em mim, então sem dizer absolutamente nada, eu simplesmente o empurrei para o lado e marchei porta a dentro. Anastas ergueu os olhos da papelada que assinava e deixou a caneta de lado. Ele não parecia nenhum pouco surpreso em me ver. Apenas lançou um olhar enfadonho de mim para o filho, e se recostou contra a cadeira, em seguida fez um sinal para que o assistente saísse, assim que eu parei diante da mesa, meus olhos cravados nele.
— Pode nos deixar a sós William — disse o rei. O rapaz não disse nada de imediato e não pareceu se mover. — Tudo bem. — Anastas esboçou algo parecido com um sorriso.
Em seguida ouvi quando o rapaz disse atrás de nós:
— Sim, majestade. — Segundos depois a porta se fechou e ficamos os três sozinhos. Anastas soltou um longo suspiro e olhou para mim, a expressão séria, nada satisfeita.
— O que estava pensando? — Foi minha primeira pergunta. Anastas continuou sem esboçar reação alguma diante do meu tom exasperado, e aquilo me irritou ainda mais. — Casar a Gia com alguém que ela nem conhece!
Silêncio de novo.
Já estava começando a perder a paciência quando o rei abriu a boca finalmente:
— Não gostaria de se sentar? — Ele fez um sinal para a cadeira ao meu lado. Nem me dei ao trabalho de responder a isso.
— Eu quero que me responda! — Cerrei os punhos com força.
— Acredito que não tenha que justificar meus atos a ninguém.
— Pai — Ivan começou, e, embora a voz fosse calma, seu olhar era furioso. —, Dominick tem razão. Gia é apenas uma menina...
— Lógico que não pretendo casá-la com ninguém enquanto ela estiver na escola. No momento, os dois podem se conhecer...
— Se conhecer uma ova! — Dei um soco na mesa com força que fez os porta-trecos do rei saltarem e Anastas lançar um olhar de alerta pra mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Royal Girl - Parte II - DEGUSTAÇÃO
Literatura FemininaCONTINUAÇÃO DE MY PRINCESS Plágio é crime Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 - Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. leitura pa...