Capítulo 17

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— Como assim? — voltei a ficar de pé de novo, tão rápido que a cadeira simplesmente virou pra trás

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— Como assim? — voltei a ficar de pé de novo, tão rápido que a cadeira simplesmente virou pra trás. — Só falei com esse cara umas duas vezes, na vida, e todas foram no evento de hoje! Não pode estar pensando em me casar com alguém que mal conheço!

— De novo, eu esperava que tomasse a decisão certa. De qualquer maneira, não vai se casar com ele agora, vai estudar, se formar, os dois vão se conhecer, namorar...

— O senhor não percebe o quão insano isso soa?

— Gia, os casamentos na nossa família foram formados por acordos matrimoniais, tem sido assim há gerações, é tradição — meu pai pareceu se abalar só um pouquinho, bastante contrariado. Ele não esperava que eu soltasse fogos de artifícios, esperava?

— Estamos no século XXI pelo amor de Deus, está na hora dessas tradições mudarem!

Meu pai fechou a cara, e foi como se eu tivesse xingado dez gerações da nossa família.

— Não cabe a uma menina de dezessete anos mudar tradições.

— Não, mas o senhor pode!

— Gia, isso não está em discussão aqui.

— Muito bem. — Respirei fundo e tentei em vão me recompor, mas a vontade de jogar alguma coisa contra a parede não desapareceu. — Essa é minha resposta: nem em sonho! — então virei as costas para o rei, desviei da cadeira e caminhei em direção a porta. Eu sabia que precisava ser dispensada, eram as regras, mas naquele momento, fodam-se as regras, eu só queria encontrar um lugar para gritar.

— Gia, seja razoável!

Parei e me voltei pra ele de novo.

— Seja razoável o senhor! Eu o respeito, é meu pai e eu o amo, mas certamente não vou me sujeitar a algo desse tipo. Eu me recuso!

— Não temos escolha, é o nosso dever.

— Foda-se o dever... — murmurei, mas pelo choque estampado na cara do meu pai, acho que ele tinha entendido mesmo assim. — Essa conversa acabou. — Fui em direção à porta de novo.

— Eu não a dispensei! — disse ele em tom de alerta.

— Ótimo! — abri a porta. — Eu mesma estou me dispensando! — E saí batendo-a atrás de mim.

Pensei em me trancar no meu quarto e não sair mais de lá até que aquela vontade de quebrar coisas, desaparecesse, mas quando dei por mim, minhas pernas estavam me guiando para outro lugar. E foi assim que me vi caminhando a passos largos até praticamente o outro lado do palácio, depois de falar com alguns funcionários pedindo por direções, e cheguei a uma das salas de conveniência onde, Simona, Viola, Ivan e Riley estavam reunidos conversando. As portas duplas estavam abertas, estão nem me dei ao trabalho de me anunciar e fui entrando. Todos se viraram e olharam pra mim quando parei a alguns passos do sofá em que minha irmã estava sentada e praticamente gritei para que todos pudessem ouvir.

The Royal Girl - Parte II - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora