Taehyung's POV
Aquela menina que eu estava encarregado de capturar havia fugido na minha cara e agora eu estava ferrado, eu precisava mais do que nunca encontrar ela.
A polícia local estava a procura dela durante a noite, já eu, fui obrigado a passar a noite fazendo boletim de ocorrência de outros casos, mas minha mente estava pensando em como eu vou achar uma menina que foge a anos da polícia e nunca foi pega.
- E aí, cara - Jimin se sentou ao meu lado na minha mesa. - Qual foi?
- Aí cara, Sehun já me deu um sermão por ter sido o único dos sete a perder alguém hoje. Agora eu vou ter que procurar aquela garota até os quintos do inferno.
- Realmente, Taehyung. Você foi muito burro - ele bateu de leve em minhas costas. - Mas pensa bem, você vai entrar de férias semana que vem, alguém te substituirá e você vai poder relaxar sabendo que alguém vai fazer isso por você.
- É, cara. Estou esperando por essas férias a tempos - suspiro e vejo Jin entrar pela porta.
- Férias? Preciso - Jin se sentou no sofá que tinha no canto da minha sala.
- Vão viajar esse ano? Eu necessito sair dessa cidade por pelo menos uma semana - Jimin se encostou na cadeira que tinha na frente da minha mesa.
- Eu queria ir pra fora do país esse ano, tipo, Japão - Jungkook disse entrando na sala e se sentando ao lado de Jin.
- Eu vou pra Coréia do norte - digo passando a mão pelo cabelo.
- Cara, a fronteira está em guerra, você é louco - Jin me olhou em tom de reprovação, balançou a cabeça e encostou as costas no encosto do sofá.
- Aish, vou só visitar minha avó paterna.
MinJi's POV
Dois dias depois do ocorrido, os policiais ligaram para Hyeri e disseram que iriam ir para a casa dela para falarem algo relacionado ao corpo de Sun.
Hyeri havia me dito para me esconder no armário falso que tinha escondido no canto da sala, por precaução de não ser pega.
Os policiais chegaram e eu me aproximei da porta do armário para ouvir melhor, aproveitei que tinha uma fresta e coloquei meu olho para ver a cena.
- Boa tarde, senhora Dong - dois homens entraram assim que Hyeri abriu a porta e deu passagem.
- Boa tarde, sentem-se.
Eles se sentaram no sofá. Um era um policial e o outro era um agente da Guoanbu.
- Então, viemos avisar que o corpo do seu filho, Dong Sun, foi liberado e está a caminho do cemitério municipal aqui da região - o policial começou dizendo e dona Hyeri já estava com certas lágrimas escorrendo pelo rosto.
- Olha, senhora Dong, eu sei que é difícil, mas a senhora entende que ele que buscou esse caminho, certo? - o agente diz e ela confirma com a cabeça limpando algumas lágrimas.
- Quando podemos vê-lo?
- Daqui a pouco, estamos fazendo hora. Iremos levá-la até o cemitério e trazê-la de volta. O local estará com polícias pro caso da garota MinJi aparecer - o policial volta a explicar.
- Ei, aquela ali não é a MinJi? - o agente pergunta e eu gelo. Logo vejo que ele estava falando de uma fotografia que tinha minha e do Sun na estante da sala.
- Ahn, sim - Hyeri responde meio receosa. - Ela era a melhor amiga dele - senti que ela escolheu mentir. Tenho certeza, e ela também, que se descobrissem que eu namorava ele, desconfiaram da casa dela, e ela não merece tudo isso.
Eles trocam mais algumas palavras e Hyeri deu uma desculpa pedindo para eles esperarem do lado de fora porque ela iria acordar a afilhada dela para ir ao cemitério com eles. No caso, era eu mesmo.
Nós colocamos roupas pretas, claro. Hyeri me ajudou com o disfarce. Colocamos uma lente de contato azul, passei uma maquiagem um pouco forte demais, na verdade, nós, boas coreanas, utilizamos o método de transformação chinesa. É incrível como a aparência delas muda com uma boa maquiagem. Depois me certificar de que estava um tanto diferente, coloquei uma máscara preta no rosto. Hyeri disse que se alguém perguntasse, eu estava com uma gripe forte.
Não sei se funcionaria, eu sentia que estava me arriscando demais já que o lugar teria mais policial do que a própria delegacia. Mas eu tinha que ir, eu necessitava ver ele uma última vez. Mesmo que essa última vez fosse a causa da minha possível morte.
Saímos de casa e entramos na viatura que logo chegou ao lugar.
Hyeri e a polícia haviam avisado os familiares e amigos de Sun na tarde de ontem, então o lugar estava cheio de pessoas conhecidas por nós. Para todos os casos, eu era apenas a afilhada dela.
Foram momentos difíceis. Quando eu me aproximei do caixão e vi seu corpo ali, sem vida, sem aquela alegria toda, eu comecei a ter um ataque interno. A ficha não tinha caído ainda, era como se tudo isso tivesse sido um sonho, um sonho no qual eu não estava acordadae estava louca para me livrar dele.
Joguei um pouco de terra em seu caixão e avisei a Hyeri que iria esperar na viatura, na verdade, eu só queria ir pra lá pra poder chorar sem as autoridades da lei desconfiarem de mim.
Senti alguém me puxar pelo braço e me virar na direção da pessoa.
- Eu te conheço? - percebi que era um agente pela roupa, não reconheci o rosto dele porque ele usava uma máscara igual a minha. Ele olhou no fundo dos meus olhos e parecia pensativo.
- Creio que não - me soltei de seu braço e segui meu caminho, nervosa, até a viatura.
Entrei na viatura e soltei todas as lágrimas que estavam presas. O policial que estava encostado na viatura até perguntou se eu estava bem, mas a única coisa que eu conseguia fazer era chorar. E os motivos eram óbvios.
Hyeri e o policial entraram no carro e seguimos para casa. Ao chegar em casa, eu disse a Hyeri que iria para a casa do meu pai na Coréia do Norte amanhã, até resolver minha vida aqui. Ela me deu alguns mantimentos para a viagem que seria feita de ônibus, já que os policiais tem a placa da mini van e eu teria que me livrar dela antes de ir, para evitar qualquer coisa.
Entrei no site, comprei a passagem e arrumei o que havia desarrumado nesses três dias que estive aqui.
Ao terminar de arrumar tudo para a viagem de amanhã, eu entrei na mini van e dirigi até uma casa abandonada perto do cemitério. Deixei o carro lá e corri de volta para a casa de Hyeri.
Ela estava preocupada comigo, já eu, estava com medo de voltar a morar com meu pai depois de todos esses anos. Minha mãe não falava comigo desde que eu entrei pra essa vida de tráfico, na verdade, ela não me tinha mais como filha. Já meu pai, falava comigo uma vez por mês pra saber se eu estava viva.
Entrei no antigo quarto de Sun, onde eu estava dormindo. Peguei um moletom do guarda-roupa dele, vesti e deitei sentindo seu cheiro. Ah como ele faria falta. Até ontem eu não me via sem ele, hoje eu já vejo que eu realmente não sou nada sem ele.
Dormi pensando nele e no quanto fará falta, nos bons momentos que passamos juntos, nas diversas brigas que tivemos, em tudo.
Algumas lágrimas caíram antes de eu capotar de sono, eu só queria ter tido uma última chance de dizer "eu te amo" para Sun, apenas.
•••
Gente kkk real, vocês já viram maquiagem chinesa? É incrível, ótimo pra auto estima. Recomendo muito que vejam.
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The Scape | Kim Taehyung
AcakKim Taehyung achava que fazer seu trabalho com êxito era o suficiente. Sempre esteve pronto para qualquer missão designada à ele, independente da consequência que poderia vir. Lee Minji estava presa no mundo do tráfico. Achava que vender ilegalmente...