O Estranho e a Estranha Marca

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Até que enfim, o autocarro parou mas ele teve de apanhar um outro para voltar a casa. Ele chegou mais tarde do que o habitual. Ele entrou em casa na ponta dos pés para não ser descoberto pelo tio.

- Então resolvestes aparecer? – O tio esperava por ele na escada.

- Me desculpe tio, eu estava na biblioteca. Perdi a hora. – ele mentiu.

Ele não contou a verdade pois sabia que o tio começaria a fala e não ia parar até o anoitecer. Subiu as escadas, foi para o quarto e trocou de roupas.

Ao lado da cama tinha um retrato dos seus pais. A sua mãe nova, morena, olhos escuros e gentis e um sorriso simpático e o pai cabelos curtos e face lisinha como se nunca tivesse barba, parecia severo. Infelizmente os seus pais morreram antes que ele pudesse lembrar deles. As vezes o Lúcio perguntava ao seu tio sobre os seus pais mas o tio era muito calado nesse assunto.

Naquela noite, Lúcio voltou a ter pesadelo, era o mesmo de sempreentretanto com apenas um pormenor, ele tinha um símbolo vermelho na testa    

Naquela noite, Lúcio voltou a ter pesadelo, era o mesmo de sempreentretanto com apenas um pormenor, ele tinha um símbolo vermelho na testa    

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O símbolo era semelhante a três números seis disposto entre si com um formato triangular. Ele acordou.

Aos primeiros raios do sol, Lúcio encontrava-se pronto para sair para a escola pois ele não queria perder a primeira aula de novo. Ele arrumava quando alguém do lado de fora bateu na porta.

-Lúcio, tens visita. – o tio gritou alto fazendo a mensagem chegar aos ouvidos do jovem que estava no seu quarto.

O tio tem microfone na garganta ou quê? - Lúcio indagou num tom irónico. - Quem seria aquela hora da manha?

Ele terminou de arrumar as suas coisas e desceu. O seu olhar cruzou com o do homem estranho do dia anterior que o tio muito hospitaleiro não o deixou esperar na porta. Ele paralisou ao vê-lo.

-Porquê não me falou do concurso de poesia? O Sr. Rodrigo me falou que cancelaram a final. Isto é uma pena porque eu queria muito ver o teu talento com as palavras! - diise o tio empolgado.

Mais que diabos esta acontecendo? - Pensava o garoto - Qual concurso e como esse homem me encontrou?

Lúcio continuou pasmo.

-Como vais Garoto Prodígio? Pensou que eu não te iria encontrar não é?

- Garoto Prodígio? ... EU?.. O senhor deve ter-se eng...- falava o Lúcio quando foi interrompido pelo tio orgulhoso.

- Deixa de modéstia sobrinho. E a propósito me desculpe Sr. eu nem te ofereci café. - foi para cozinha buscar café para a visita.

Como o tio deixou ser enganado por um impostor vestido dessa forma, dizendo que é de um concurso de poesia.

-O senhor é muito elegante, aonde foi que comprou aquela gravata? - Perguntou o tio lá da cozinha.

Mas que diabos o tio estava falando, ele não era de fazer piadas dos outros. Será que estou louco, sou o único que vê esse estranho vestes preto. - Lúcio sussurrou. Ele não encarou o sujeito pois ele podia zangar-se como da outra vez.

-Hei garoto, será que posso falar contigo lá fora, por favor? – o Sr. Rodrigo sugeriu-lhe educadamente. Lúcio ficou curioso com o que aquele homem tinha para lhe dizer, então não recusou.

Lucio seguiu o senhor Rodrigo tentando entender toda aquela situação absurda. Vendo de perto o Rodrigo parecia ser forte Eles caminharam até a pracinha que ficava em frente à casa de Lúcio e sentaram-se num banco. O lugar estava vazia. Os dois até então não tinham dito uma só palavra.

- Quem é o senhor? Porquê estás vestido dessa forma e só eu consigo ver? - Lúcio bombardeou o Rodrigo de perguntas ansiando por respostas - O queres de mim? Diga logo?

-Na verdade não me chamo Rodrigo, meu verdadeiro nome é Granus.

- Granus? - O garoto não resistiu e caiu na gargalhada.

-Desculpe pelo que fiz ontem mas é que fiquei surpreso com a marca da besta que tens na testa.

- Que marca?

O Granus não esperava ouvir isso.

-Não vês a marca como se fossem três números seis formando um triangulo quando se vê no espelho?

Nesse momento, Lúcio se lembrou-se do pesadelo. Na noite passada ele teve um sonho em que ele possuía uma marca vermelha na testa.


-Não. O que essa marca significa? – Ele perguntou.

-Não sei muito sobre ela mas...de onde eu vim ela é conhecida como A MARCA DA FERA.

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{CONTINUA...}

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