Um sonho (II) - Sou Lúcifer, teu pai

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Lúcio distraiu-se em ver a paisagem e não percebeu que a estranha criatura tinha desaparecido.
- Vamos visitar o Mestre. – Uma linda voz feminina proferiu do lado de trás de Lúcio fazendo ele virar. Ele ficou hipnotizado por uma bela mulher de vestidos brancos como as nuvens e com os cabelos largados ao vento. Ela era um anjo. Pelo menos parecia com um. Ela tinha os olhos acinzentados com uma vaga mistura da cor azul, as sobrancelhas arqueadas e os olhos grandes e proeminentes e os lábios caídos e carnudos.

- Quem és tu? E porquê tens essa marca na testa como eu? – Lúcio indagou com o ar de surpreso

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- Quem és tu? E porquê tens essa marca na testa como eu? – Lúcio indagou com o ar de surpreso.
A mulher aproxima com passos delicados entre o verde da grama com o vestido varrendo o chão. Ela pôs a mão suavemente no rosto dele e proferiu:
-Eu sou a mesma que falava contigo agora pouco. Mudei minha aparência para que possas sentir mais à-vontade. Eu sei que os humanos prezam muito a beleza.
Ela aproximou a cabeça e lançou-lhe um olhar penetrante com os lábios quase tocando nos do Lúcio e questionou:
-Me achas bonita?
- És bonita mas não és real. – Lúcio afastou-se.
-Devias saber que não deverias ferir os sentimentos de uma mulher?
Lúcio revirou os olhos para o lado como quem não tinha paciência para brincadeiras sem piada nenhuma. A mulher olhou-lhe de forma frustrado com a reação do jovem. Ela apontou para um castelo que estava edificada em cima de uma colina e disse:
- As tuas respostas estão lá.
Lúcio ficou pasmo pois não ele tinha olhado ao redor mais viu esse castelo antes. O imponente castelo amoldava-se perfeitamente ao cenário. A mulher pediu que Lúcio a seguisse. Ele assim fez. Este sentia-se livre, uma calma espiritual envolveu-o e tudo era puro.
-Podes me chamar de Beutanie. – Ela afirmou – E, o seu nome é Lúcio, eu sei.
O que tu és? Um Magicall? E esse lugar… é uma Terra Magica não é? – Lúcio indagou tentando alcançar a Beutanie que andava num rápido mais rápido que ele.
-As respostas que procuras não estão comigo.
Lúcio percebeu que não adiantava muito falar com a Beutanie por isso manteve calado durante o percurso. A caminhada colina acima não demorou muito. O lugar não era tão longe quanto parecia. O castelo era alto e foi edificada com pedras claras.

Do lado de fora não tinha muitos detalhes, era simples, primitivo

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Do lado de fora não tinha muitos detalhes, era simples, primitivo. A Beutanie empurrou o portão velho de madeira e este abriu facilmente. Os dois entraram e Lúcio estranhou o fato de dentro do castelo estar escuro visto que lá fora o sol estava radiante.
-Não te preocupe continue andando atrás de mim. – Beutanie tranquilizou-o.
Os seus passos ecoavam no corredor escuro e sombrio. Eles não podiam ver aonde pisavam. Ao virarem na esquerda, uma luz intensa e branca apareceu-lhes no fundo do corredor. Era a luz que passava por uma porta aberta. A porta era a entrada para um amplo salão com mais de doze janelas por todas as bandas que garantiam a iluminação do mesmo. Raios de sol passam pelas janelas e batiam nas paredes do salão iluminando o local. Havia um grande desenho de pentagrama

 Havia um grande desenho de pentagrama

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exatamente no meio do chão do salão. Tinham cinco portas que davam acesso ao salão que situavam por onde apontavam cada ponta da estrela. O salão não tinha nenhum móvel nem objetos. Era vazio.
-Que brincadeira é essa? – Lúcio indagou, ouvindo o eco da sua voz, com uma expressão irritado ao ver que o lugar era vazio.
-Acalme-se rapazinho. – Ela pôs a mão encima dos seus ombros. O Lúcio voltou a cara e olhou para ela por alguns instantes.
-Vai e fica no meio do desenho. – Ela determinou e assim o Lúcio executou sem hesitar. A Beutanie locou-se numa das pontas da estrela.
-E agora o acontece? – Ele questionou fazendo um gesto sarcástico.
- Diz porque estás aqui.
-Porque trouxeste-me até aqui. – Ele retorquiu num tom zombeteiro.
A Beutanie não gostou da brincadeira do Lúcio e disse-lhe sem paciência:
- Entendeste muito bem o que eu quis dizer, rapazinho.
Lúcio olhou ao redor dando as costas para ela. Ele sentia-se ridículo pelo que ia dizer e deixou escapar um sorriso.
-Eu procuro respostas. – Ele sussurrou.
-Mais alto!
-Eu desejo respostas! - Ele gritou e as suas palavras ecoaram pelo salão.
Em resultado, entraram quatro vultos, cada um por uma das portas que davam acesso ao local, que posicionaram um em cada ponta da estrela. Uma luz branca e muito intensa invadiu o lugar fazendo as paredes e o chão tremerem. Eles mal conseguiam ficar de pé. Em meio a luz apareceu uma silhueta. Lúcio não podia encher o rosto da pessoa porque a o brilho era muito intenso. Ele fechou os olhos porque caso não fizesse isso ficaria cego.
-Meu filho. – Uma voz chamou por ele. A voz não lhe era estranho. Era a mesma que falava com ele em seus pesadelos.
-Pai? Tu és meu pai? – Ele indagou.
-Sim sou teu pai. Pode abrir os teus olhos. – A voz preceituou
Lúcio abriu os olhos e se viu de frente a um grande trono

 – A voz preceituou Lúcio abriu os olhos e se viu de frente a um grande trono

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no qual sentava um homem forte e grande. Trajava roupas escuras feitas com pele de bode e uma couraça de couro. Ele era sombrio, trazia também um capuz que impedia de ver a face dele. O salão em que Lúcio estava antes tinha dado lugar a um lugar frio, sombrio e coberto pela neve. Estavam cinco pessoas ao pé do trono nas quais uma era a Beutanie, e os outros, Lúcio não pôde ver suas faces. Isto porque elas não tinham rostos.
- Meu nome é Lúcifer, teu pai. – O homem que sentava no trono afirmou.
Este nome não era estranho para Lúcio porém não era o nome do seu pai. O seu pai chamava-se Carlos. Subitamente ocorreu-lhe o que Granus tinha dito-lhe quando conversaram pela primeira vez:
“No início dos tempos, as pessoas desejavam ser como deuses, dentre eles houveram sete que buscaram o “Caminho do Poder” e fizeram pactos com LUCIFER – primeiro filho dos deuses. Assim apareceram os Sete Magicalls que formaram as Sete Tribos. A magia sempre vinha com o preço e por isso todos anos as Sete Tribos renovavam o pacto fazendo o que lhes pedia o Grande Mestre Lúcifer. Como é de imaginar, esses pedidos não eram nada mais do que matar, destruir e afligir a vida dos Não-Magicalls.”
- Deves estar confuso. Eu não sou teu filho. – Lúcio afirmou.

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