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Havia se passado quase duas horas. As melancias já haviam sido deixadas de lado e estávamos aguardando sentados em caixotes no chão, embaixo de uma árvore, quando ouvimos o telefone de Luhan tocar.

—Alô? Ta. —disse e desligou. —Vou voltar com o carro para poderem trazer o reboque. —assentimos e ele partiu.

Em pouco tempo os meninos já estavam de volta. Chanyeol estava pingando suor e sua camiseta estava podre de sujeira. Ele era o pior dos três.

Cumprimentaram o Senhor Joon e conversaram um pouco, comeram o que restou da melancia e Chanyeol então pediu para que todos voltássemos ao carro. Partiríamos para ainda mais longe, onde iríamos acampar de fato.

Andamos mais alguns metros até avistarmos os enormes açudes. Contornamos o primeiro até chegarmos a uma extensa faixa de terra —repleta de eucaliptos— que ficava entre ambos.

Começamos a descarregar as coisas começando pelo gazebo e as barracas. Montamos o gazebo e as barracas em volta dele. Depois disso, montamos uma mesinha e colocamos nossas malas dentro das barracas.

Achei que tivéssemos terminado, mas Chanyeol —que até então não tinha mais falado comigo— tirou de dentro do reboque uma lona laranja e algumas estacas de ferro, junto delas um balde com uma espécie de chuveirinho acoplado embaixo.

—Vou montar o banheiro.

Ele enrolou a lona em volta de três árvores pequenas à direita do nosso acampamento, amarrou aquele balde em um dos galhos delas e cravou as estacas no chão para a lona não amontoar-se. Eu achei que havia ficado muito bom —principalmente porque pensei que teríamos que tomar banho no açude—, mas Chanyeol analisou seu trabalho e começou a desmontar tudo o que havia feito.

—Por que não deixa aí? —Jongin perguntou.

—Acho que desse lado vai bater muito vento, vou por para a esquerda do acampamento.

Todos nós já estávamos descansando e Chanyeol continuava arrumando aquele maldito banheiro. Quando pensei que ele finalmente fosse sossegar, limpou o suor, veio até nós e disse:

—Agora posso ir pescar. Vem comigo, Baek?

Apesar de ele ter resolvido o nosso problema, eu ainda estava chateado com ele por ter brigado comigo sem motivos, então quando percebi que perguntou olhando diretamente nos meus olhos, virei a cara e passei a encarar qualquer ponto que não fosse ele.

—Eu acho bom você ir com ele, Baekhyun. Se não vou te colocar no serviço. —Ouvi Luhan dizer e voltei meu olhar a eles, flagrando um sorriso cúmplice de Chanyeol para Luhan.

Provavelmente Chanyeol queria se desculpar, mas ele deveria saber o quanto me magoou, por isso concordei em ir, mas sem ânimo algum.

Com um balde, dois banquinhos e duas varinhas, nos afastamos do acampamento e ficamos à beira do lago. Nos sentamos e eu passei a encará-lo enquanto ele mexia em sua vara.

—Vamos ter que caçar minhocas? —perguntei, pois pelo que eu sabia a isca que se usava era esta.

—Para a sua sorte aqui não tem minhocas para caçar. E mesmo se tivesse, seria perigoso mexer entre as folhas no meio desse mato, pois aqui tem muitas aranhas e pode aparecer alguma cobra. —disse com o olhar voltado ao horizonte.

—Cobras? —falei arregalando os olhos e engolindo em seco, pois aranhas até passavam, mas eu tinha muito medo de cobras.

—Sim, mas não se preocupe. —disse e ficamos alguns segundos em silêncio.

—Huh... Que isca vamos usar então? —falei sem fazer contato visual.

—Esta aqui. —disse e tirou do balde um pequeno pode com farinha, pôs água e misturou com as mãos, formando uma massinha.

Cada um arrumou sua própria isca e então pusemos na água. Ficamos um bom tempo pescando em silêncio. Afinal, é assim que uma pescaria funciona.

—Baek... —percebi que tirou sua atenção da água, voltando os olhos para mim.

—O que foi, Chanyeol? —respondi ríspido, sem tirar os olhos da água.

—Me desculpa por ter gritado com você hoje. Eu fiquei nervoso, o reboque é do meu pai e ele é apaixonado por ele. —disse enquanto me encarava, mas eu mantinha meu olhar na água. —Você sabe que quando estou irritado, eu não penso antes de falar...

—Você me magoou. —falei simples.

—Baby... Olha pra mim. —pediu e então finalmente fiz meu olhar se encontrar com o dele.

—Não me chame assim, Chanyeol! Eu estou tentando ser duro com você. —ele fez uma carinha tão meiga de cãozinho abandonado, parecia um bebê. —E não me olhe assim!

Voltei a encarar a água, segurando o sorriso bobo que insistia em crescer nos meus lábios.

—Me perdoa? —inclinou-se para perto de mim e apoiou o rosto nas mãos.

—Só porque eu te amo. Só por isso. —ele deu um gritinho histérico e me abraçou, depositando um beijo em minha bochecha. —Ei! Fez eu perder um peixe!

...

Quando vimos que o sol enfraqueceu, decidimos voltar para o acampamento. Trouxemos de volta um balde cheio de peixes pequenos. Acho que eu tinha pego uns três, enquanto Chanyeol devia ter pego uns vinte.

Ao nos aproximarmos do acampamento, vi que todos estavam tomando banho de açude, fomos até a mesinha e largamos nossas coisas.

—Eu estou achando esses peixes muito pequenos. —falei para Chanyeol.

—Claro, são lambaris!

—Mas é pouco para comermos. —ouvi ele rir baixo.

—Baek, nós não vamos comê-los, vamos usá-los como isca! —fitei um pouco o balde.

—Ah, acho que entendi.

—VOCÊS NÃO VÃO VIR PRA ÁGUA? ESTÁ UMA DELÍCIA! —ouvimos Luhan gritar, então fomos nos trocar.

🍃🍃🍃

Oie

Bom, esse capítulo ficou um pouco menor pq era mais pra fzr o Chany pedir desculpas, pra eles se instalarem e tal... E pra narrar um pouco como eles aproveitavam o lugar (se bem que tem mais diálogo que narração KK)

Se vocês estiverem gostando, pfv não esqueçam de comentar e de deixr uma estrelinha :3

Agradeço desde já

Ah, como uma amiga veio me perguntar, pensei que talvez alguém pudesse não saber também, então isso é um gazebo:

Ah, como uma amiga veio me perguntar, pensei que talvez alguém pudesse não saber também, então isso é um gazebo:

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Bjs💋

Ok, camping!Onde histórias criam vida. Descubra agora