72 - Indecisão

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    Quando a música acabou, olhei pro Júlio

- Nossa, você é boa no inglês – sorri

- Tenho que ser, viajo tanto... – ele então se aproximou de mim e me envolveu com seus braços, sua boca se aproximando da minha, então nossos lábios se tocaram e nos beijamos, ele expressava paixão e desespero no beijo, como se esse fosse o nosso último beijo. Uma das minhas mãos estava na nuca dele e a outra no peito dele e eu sentia o coração dele acelerado, com certeza o meu não estaria batendo mais devagar que o dele. Paramos apenas pela falta de ar

- Eca, se vocês querem se comer a gente arruma um motel – disse Paloma nos encarando

- Larga de ser chata palito de dentes – disse o Júlio rindo e com um braço ao redor da minha cintura

- Olha quem fala, galo seco – começamos a rir. Ficamos por horas na balada, e depois disso, não me lembro de mais nada

    Quando acordei no outro dia, não me lembro de exatamente nada do que havia acontecido na balada. Peguei meu celular e olhei a hora: 08:02. Decidi ouvir música. Abri o app e decidi ouvir uma de Pablo que haviam me enviado e que eu nem sabia o nome

As últimas, últimas fotos não revelei

Última, última carta não abri

Os últimos, últimos ingressos eu guardei

Na porta do cinema te esperei

E você não apareceu

Revelei as fotos e o filme queimou

Lá se foi o registro do nosso amor

E os ingressos, o tempo rasgou

Para abrir a carta, coragem faltou

Nesse momento, a porta do meu quarto abriu, era o Júlio

- Tá na sofrência é?

- Tá na sofrência, na carência, tentando esquecer, o que te fez sofrer – comecei a cantar e rir juntamente com o Júlio. Ele então colocou as mãos em forma de microfone e começou a cantar

- Tá perdida, desiludida, descontando mal de amor, na pobre da bebida – rimos e ele se sentou ao meu lado na cama e me beijou, um beijo demorado

- Por que todo esse amor hoje? – perguntei

- Nada, escuta, arruma suas coisas porque a gente vai pro Rio de Janeiro. Todo mundo – corri, arrumei minhas coisas, a Kamille e a Harley também vão. Fomos pro aeroporto de táxi, quando chegamos lá todo mundo tava lá: T3ddy, Muca, Luba, Lucas Inutilismo, Igão, Paloma, Dani Russo, Gusta, Kéfera, Maju, Japa, Whindersson, Luíza Sonza, Hag e todos os outros, mas o pior é que a Tata também estava, ela e duas amiguinhas. Fizemos check-in e embarcamos. Fui sentada ao lado da Paloma

- Escute, Hebber tem uma casa muito foda perto da onde a gente vai ficar e ele vai dar uma festa de responsa e a gente vai nela essa noite, já combinei com todo mundo, falta só o galo seco e a irmã – Paloma detestava a Kamille

- Certo – fomos o restante do voo perturbando todo mundo, principalmente o Júlio. Desembarcamos e fomos pra um hotel incrível, cada um escolheu seu quarto, eu fiquei junto com o Júlio, Paloma, Harley e Kamille. Paloma odiou ter que ficar com a Kamille. Júlio saiu pra comprar bebidas e quando eram 19:10 começamos a nos arrumar.

    Júlio chegou em casa às 19:50 e eu já estava quase de saída, eu vesti um short preto, uma regata branca e calcei um tênis branco e preto. Ele me olhou espantado

- Aonde cê vai? – perguntou

- Vai se arrumar, a gente vai pra uma festa – falei

- Eu não vou não. E nem você

- Como é?

- Fica em casa comigo

- Eu quero me divertir Júlio – Paloma entrou no meio

- Ela vai e acabou galo seco! Se você não quer se divertir, nóis quer. Vamo Vilu – ela me puxou pelo braço e fomos pra tal festa. Acabou que muita gente não foi, preferiram ficar em casa, a casa do Hebber era incrível, algumas pessoas soltavam fogos no lado de fora, então começou a tocar Pablo. Eu já estava bêbada, comecei a cantar como uma louca juntamente com Paloma

Larga desse vagabundo e vem pro meu mundo

Que eu quero mostrar

Eu sou um cara diferente

A essência do amor

Pra você eu vou dar

Eu estava dançando com Paloma até que...

Destino Ou AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora