81 - Casamento

50 0 0
                                    

{Júlio Narrando}

    Dois meses haviam se passado depois do nosso noivado. Anunciei em todas as minhas redes sociais e como sempre, muita gente estava a favor do nosso casamento, outros não. Eu havia posto câmeras escondidas por toda a mansão, assim havia filmado toda a surpresa. Logo após de editar, eu postei no meu canal e foi o vídeo mais visto do meu canal. A data do casamento estava marcada, era o assunto mais falado ultimamente, seria daqui a uma semana e tudo estava pronto, eu não via a hora daquele dia chegar.

    Os dias passaram bem rápidos, enfim chegou o grande dia do casamento, eu estava muito nervoso

- Fica quieto e se acalma mano – o Igão me disse enquanto eu andava de um lado pro outro e suava

- Se acalma porque não é você que vai casar cuzão – me sentei

- Escuta, a gente ainda pode fugir – eu ri

- Não, eu quero isso – o Igão era o meu padrinho. Lógico, somos irmãos. O Igor é como um irmão pra mim, tinha que ser ele. Ele iria entrar com a minha irmã. Minutos depois minha mãe chegou

- Vamos filho, tá na hora – cruzei meu braço no dela e saí da sala

{Vilu Narrando}

    Eu estava muito nervosa, minhas mãos suavam muito, escolhi a Harley pra ser minha madrinha e Kéryn pra ser minha dama de honra. A Harley iria entrar com o August, o novo namorado dela e Kéryn lógico, iria entrar com o namorado. Os dois eram muito melosos. Me olhei novamente no espelho pra ver como eu estava. Meu cabelo estava com um elegantíssimo coque com rosas brancas e vermelhas entre ele. Eu estava muito nervosa, minha florista seria Kate, a minha prima de 10 anos e a porta aliança seria a Karen, irmã da Kate e tinha 7 anos. Elas estavam lindas, então escuto alguém bater na porta: era meu pai pra me levar até o altar. Andamos pouquíssimo até o jardim onde seria o casamento, a ornamentação havia sido feita pela Harley, com rosas brancas e vermelhas, meu buquê era pesado, também de rosas vermelhas e apenas uma rosa branca no centro. Haviam sido feitos dois buquês: um que eu iria guardar e o outro pra jogar para as mulheres. Quando chegamos na entrada do jardim, todos ficaram de pé. Havia um tapete vermelho que levava até o altar, enquanto meu pai me guiava até o altar, eu sorria para todos os convidados. Vi Maju e o Japa no meio da multidão, Whindersson e a Luíza, vi o Poladoful sorrindo como um bobo, ele havia conseguido controlar sua loucura, era um milagre! Vi ao lado dele a Hag, o Victor Meyniel e o Lucas Lira.

    Desviei meus olhos dele e olhei em direção ao altar, era muito longo o corredor até lá e havia muita gente tapando minha visão, até que eu consegui ver a pessoa que fazia meu coração bater todos os dias. O Júlio sorria como um idiota e parecia nervoso, ele estava mais do que deslumbrante com um smoking cinza risca-giz, uma calça social igual ao smoking, uma gravata vermelha com listras brancas e um sapato social preto. Eu nunca havia visto ele assim e estava mais do que lindo. Vi a Tata no meio da multidão, ela parecia ter chorado, enfim chegamos até o altar, meu pai me soltou e abraçou o Júlio, ele então pegou minha mão e a levou aos lábios. Ficamos de mãos dadas e de lado, assim todos nos viam. O mestre de cerimônias fez um sinal e todos se sentaram

- Senhoras e senhores estamos aqui reunidos para testemunhar a união de Júlio Cocielo e Aurora Boulevard - Ele fez o sermão dele e bastante tempo depois ele chegou a parte esperada
- Por favor, repita comigo. Eu, Júlio Cocielo – o Júlio olhou nos meus olhos e começou a repetir

- Eu, Júlio Cocielo, te recebo Aurora Boulevard – ele suspirou e me olhou com um olhar apaixonado e continuou

- Como minha esposa. Eu estarei ao seu lado na alegria e na tristeza. Na riqueza e na pobreza. Na saúde e na doença. Para amar e respeitar, até que a morte nos separe.

- Repita comigo, eu Aurora Boulevard – eu olhei pro Júlio e tive que fazer um grande esforço pra não chorar, mas minha voz me traiu, saindo chorosa

- Eu, Aurora Boulevard, te recebo Júlio Cocielo como meu esposo. Eu estarei ao seu lado na alegria e na tristeza – comecei a chorar

- Na riqueza e na pobreza. Na saúde e na doença. Para amar e respeitar, até que a morte nos separe

- Júlio Cocielo, é de sua livre e espontânea vontade casar-se com Aurora Boulevard?

- Sim

- Júlio Cocielo, aceita casar-se com esta moça que está na sua frente, chamada Aurora Violetta Boulevard Albuquerque?

- Aceito – ele sorria como bobo

- Aurora Boulevard, é de sua livre e espontânea vontade casar-se com Júlio Cocielo?

- Sim

- Aurora Boulevard, aceita casar-se com este rapaz que está na sua frente, chamado Júlio César Pinto Cocielo? – comecei a rir

- Aceito

- Quem aqui tiver algo contra esse casamento fale agora ou cale-se para sempre – achei que a Tata iria falar algo mas ela apenas nos encarou e começou chorar

- Muito bem, pode beijar a noiva – nos beijamos, um beijo rápido e fomos cumprimentar a todos e começar a tortura das fotos com os convidados, até que chegou a vez de tirar fotos apenas com o Júlio e em algumas eu aparecia puxando ele pela gravata, outras ele enrolado na cauda do meu vestido, em uma delas ele me pegou no colo e eu ria como uma boba. Fomos então para os comes e bebes, troquei o vestido de noiva por um branco e vermelho na altura do joelho. Muita gente nos deu os parabéns, horas depois, nós estávamos indo para Londres passar nossa lua de mel

- Hoje foi o melhor dia da minha vida – falei beijando ele dentro do avião

- O meu também. Nunca imaginei que eu me casaria novo, mas o bom do casamento é a lua de mel – rimos e acabamos dormindo de mãos dadas

Destino Ou AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora