3 - Balada

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- O que você quer? – falei com medo da resposta dele

- Eu quero borrar esse teu lindo batom – ele levantou e colocou as mãos na minha cintura

- Não

- Por favor! – ele fixou seus olhos nos meus

- Não

- Por favor, só um selinho pelo menos – tive uma ideia

- Certo, mas me dá o boné primeiro – ele me estendeu o boné – agora fecha os olhos

- Vê lá o que você vai fazer – eu sorri e ele fechou os olhos. Andei na ponta dos pés e corri rindo alto e fechei a porta do meu quarto com força

- Trapaceira! Abre a porta! Depois eu desconto! – minha barriga ficou doendo de tanto rir e minutos depois abri a porta, saí com medo dele estar perto do quarto, então alguém me agarrou por trás e me virou, era ele, ele tentou me beijar, mas me afastei rápido, só rolou um selinho.

- Pelo menos ganhei um selinho – ele me soltou e eu o encarei

- Escuta Júlio, sou muito fã sua, mas isso não significa que eu sou fácil de ser conquistada, entendeu? Eu não sou como suas outras fãs que dariam até o cu se você pedir – me virei e comecei a descer as escadas e ele veio atrás, quando chegamos na sala quase fiquei cega com o flash do celular da Mille

- Que casal lindo! – elas riram

- Larga de besteira e vamos logo senão a gente perde a hora – descemos rindo e o Júlio tava com a cara amarrada. Pra mim tanto faz o que ele acha ou deixa de achar, só falei a verdade. Quando chegamos, tava tocando “Rebole e Bum” de Duas Medidas, chamei as meninas e fomos pra pista dançar, o Júlio ficou sentado de frente pra pista e não tirava os olhos de mim, mas nem liguei e decidi provocar mesmo. Eu e a Harley tínhamos criado uma coreografia semanas atrás com essa música e começamos dançar.

    As pessoas liberaram a pista de dança e pararam para olhar pra gente. Foi muito bom e quando acabou, todos gritavam pedindo bis, mas a gente tava suadas e cansadas. Me sentei do lado da Mille assim eu não ficaria perto do irmão dela

- Júlio, troca de lugar comigo? – os dois trocaram de lugar, assim ele tava do meu lado, elas saíram atrás de bebida e me deixaram sozinha com ele. De repente, chegou uma morena

- Você é o Júlio Cocielo não é? – ela sorria pra ele e aquilo me deixou brava, ele apenas concordou com a cabeça, eles tiraram uma foto e ela estendeu um papel pra ele

- Me liga – antes dele pegar eu me levantei e tomei da mão dela e rasguei

- Desculpa linda mas ele já tem dono – fechei a cara e ela saiu, eu então me sentei novamente ao lado dele e ele me olhou mas não falou nada. Começamos a beber e um tempo depois tava todo mundo bêbado, menos a Mille.

- Meu Deus, tá todo mundo bêbado aqui! Vamos pra casa – ela falou

- Cadê a cachaça? Eu quero a cachaça! – o Júlio começou a gritar

- Não tem nada de cachaça irmãozinho bêbado

- E Corote?

- Não, vamos pra casa! – ela guiou nós três pro carro do Júlio e ela foi dirigindo. Chegamos minutos depois e cada um caiu morto nas suas camas.

Destino Ou AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora