31 - Briga

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- Foi mal cara - falei debochado e ele me olhou com raiva...

- Cê tá cego pivete? - ele me encarou

- Não, não tô não - peguei a garrafa de Balalaika que estava em baixo do meu braço. Que droga, desperdiçar uma bebida tão boa. Suspendi a garrafa e derramei na cabeça do Adriel

- Foi sem querer, cara, tô muito desastrado - os rapazes que estavam conversando com o Adriel quando cheguei riam da cara dele

- Foi sem querer? Legal, isso não vai ser sem querer - ele me deu um murro e cambaleei pra trás. Pode vir exibido. Quando percebi estávamos no chão, eu socava a cara dele e rolávamos no chão, uma hora ele me batia, na outra era a minha vez de revidar, o Tomim tirou o Adriel de cima de mim e o Igão me segurou, olhei pra cara do Adriel e a boca dele sangrava, duvido que eu estivesse em boas condições também, o Adriel, Tomim e o Kalfani subiram às escadas e eu e o Igão fomos pra mesa onde eu estava, minha testa tava sangrando um pouco e doía, minutos depois a Vilu chegou aonde eu estava com uma bolsa de gelo, o Igor saiu de fininho, deixando eu e ela a sós. Ela então se sentou do meu lado

- Por que fez isso? - ela tirou um lenço da bolsa e pressionava de leve na minha testa, aquilo doía mas eu fingia que não sentia nada, ela então colocou a bolsa de gelo no lugar e aquilo me fez suspirar com a dor

- Ele me tirou do sério - falei

- Te tirou do sério? Júlio, conta outra porque eu vi quando você fingiu tropeçar e derramou bebida no Adriel

- Vai defender ele agora é? Ele tá lá em cima, vai atrás dele - ela então me deu um tapa. Porra, o que eu fiz?!

- Não tô defendendo ninguém Cocielo! Espera aqui um pouco - ela saiu e minutos depois voltou com um copo de água e dois comprimidos na mão. Ela me entregou o copo

- Não precisa disso

- Só abre a boca - ela colocou os comprimidos na minha boca e bebi a água do copo

- Você deveria ir pra casa mas você não tá com condições de dirigir e... - olhei para onde ela olhava e vi a Mille e a Harley totalmente bêbadas

- Eu tô bem, posso dirigir

- Dá pra ver que não dá não Júlio. Vou te levar, espera um minuto - ela saiu e vi ela conversar com uma loira, ela então voltou, entreguei as chaves do carro a ela e fomos em silêncio até o apartamento que até hoje de manhã era dela, subimos e ela olhou ao redor

- Nem parece que eu saí daqui hoje - ela olhava com um pouco de tristeza

- Esse apê não é o mesmo sem você - falei e ela me olhou e sorriu. Fomos até a cozinha e ela abriu a geladeira

- Tô com fome, quer algo também?

- Eu aceito sim senhorita Dahoui - rimos e minutos depois estávamos comendo miojo de queijo

- Me sinto como se estivesse pela primeira vez jantando na minha casa, antes de comprar um fogão, só faltou a cachaça pra ficar igual - rimos

- Você ainda vai morrer de cirrose. Por isso que você é seco assim - eu amava o sorriso dela

- Olha, desculpa pelo que eu falei hoje de manhã, aquilo foi errado, falei da boca pra fora e sem pensar.

- Tudo bem, nem ligo mais - graças à Deus

- Vai voltar a morar aqui? - ela me deu um sorriso triste

- Seria bem legal mas... não. Falei com os meus pais que eu queria morar sozinha e eles compraram duas casinhas pra mim

Destino Ou AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora