Sete.

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"O amor exige dois estranhos unidos pelo que os apaixona, e coragem"

"Prometo Falhar", Pedro Chagas Freitas

Valentina entra na biblioteca que anteriormente era frequentada por si praticamente todos os dias e caminha apressadamente até ao local onde combinara com Francisco, mas qual é o seu espanto quando um grupo de adolescentes ligeiramente mais novos que a morena ocupam o espaço pretendido por si. Resmungando algumas palavras nada amistosas caminha em direção à mesa mais isolada da biblioteca que tinha uma vista bastante privilegiada para o exterior, não que o exterior tivesse uma vista estupenda para um jardim de cortar a respiração, muito pelo contrário, mas o simples facto de poder observar pessoas a passar ou sentir uns raios de sol a baterem na sua face era o suficiente para a deixar com um sorriso no rosto.

Enquanto espera pela sua companhia habitual, a morena foca-se no livro de José Saramago escrevendo alguns apontamentos no seu caderno enquanto a playlist das suas músicas favoritas ecoava nos seus ouvidos. Um sorriso apodera o seu rosto quando um arrastar de cadeira faz com que esta retire os seus dois fones dos ouvidos e o seu olhar abandone a papelada à sua frente.

- Francisco Geraldes. – Valentina sorri ao ver o moreno à sua frente.

- Valentina Carvalho. – Francisco devolve o sorriso passando a mão pelos seus cabelos. Valentina percorre os papéis à sua frente e desliza um para a frente de Francisco com um sorriso vitorioso sobre o seu rosto. – Dezanove vírgula quatro. – O moreno profere com um sorriso no rosto ao observar a nota que a morena tivera na verificação de leitura dos quatro primeiros capítulos da obra de José Saramago

- Acho que esta nota me dá o direito de mudar um bocado a nossa tarde, não? – profere colocando os livros e os papéis que estavam sobre a mesa dentro da sua mala.

- É, acho que hoje tens esse direito.

- Anda. – Valentina agarra a mão do jogador do clube verde e branco encaminhando-o para a saída da biblioteca.

Após receber a nota da sua prova a jovem só conseguiu pensar na recompensa que iria dar a Francisco, sendo que a ideia que mais lhe agradou era uma tarde sem José Saramago, sem Fernando Pessoa, sem Ricardo Reis, sem Lídia e até mesmo sem Marcenda, mas sim uma tarde com Francisco Geraldes e Valentina Carvalho. A tarde havia sido planeada até ao mais ínfimo detalhe, pois, Valentina queria que o moreno gostasse tanto da tarde que ela tinha planeado como ela apreciava as que ele planeava para ela. Mas, mal ela sabia que para Francisco ter uma tarde perfeita bastava o seu sorriso e a companhia de um bom livro.

💫💫💫

Após uma tarde a vaguear pelas ruas de Lisboa no meio de conversas aleatórias e sorrisos constantes, Valentina e Francisco, encontravam-se agora sentados à beira do Rio Tejo observando o pôr do sol a morena entre os braços do jogador enquanto ele percorre os seus dedos pelos longos cabelos castanhos e sorriem. Sorriem porque ambos estavam felizes e completos, sorriem porque ali estava um amor tão recente, mas tão sincero.

- Sabes, eu gosto muito de ti Valentina Carvalho. – Francisco murmura sem abandonar o olhar do rio.

- Eu também gosto muito de ti, Francisco. Muito mesmo.

E após aquelas palavras de Valentina tudo para o jovem fez sentido e num murmuro, ainda um bocado incerto, chamou a morena que assim que desvia o olhar do rio para os olhos castanhos de Francisco ele não hesita em juntar os seus lábios com a rapariga à sua frente.

- Francisco... - Valentina murmura após os lábios de ambos se descolarem – Não achas que é um bocado cedo? Nós mal nos conhecemos e... - A jovem murmura a encarar as suas mãos, mas sem descolar a sua testa da de Francisco

- Valentina, "O amor exige dois estranhos unidos pelo que os apaixona, e coragem" – o moreno diz deixando pequenas festas na bochecha da rapariga

- Pedro Chagas Freitas. – Ela sorri largamente juntando os seus lábios aos de Francisco, mais uma vez.

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@valentinacarvalho

"Deixar que o tempo passe, que as coisas amadureçam

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"Deixar que o tempo passe, que as coisas amadureçam. E se tiver de ser, será, e se não tiver de ser, não será, acabou." José Saramago

franciscogeraldes.oficial: 👀😏 

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