sete

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Olaaaaaaaa
Vamos com mais um capítulo?
A coisa está indo, vamos ver onde isso vai dar?
Boa leitura 😎


Paro o carro e fecho os olhos por alguns instantes me permitindo sentir um pouco mais da paz de espírito que passar um tempo com meus pais me trouxe. Sorrio ao lembrar quão forte minha mãe me abraçou e me fez mil recomendações, entre elas comer mais carne e menos folhas, papai foi mais contido como sempre, mas fez questão de me dizer que ficou muito feliz por acordar e ver o meu antigo quarto ocupado, mesmo que por tão pouco tempo. Eu precisava dessa reconciliação com São Felipe no fim das contas.

— Vejam só o que os bons ventos nos trouxeram! — Guilherme é a primeira pessoa que encontro assim que saio para o estacionamento na vaga para médicos do IETM, seu sorriso amistoso de sempre me faz sentir que sou bem-vinda.

— Hmmmm, São Felipe não é conhecida por seus ventos. — Devolvo o sorriso. — Que bom te ver, Gui.

Recebo um abraço rápido, mas apertado, desse que tem sido meu único amigo pelos últimos anos aqui em Mossoró, com Guilherme não preciso fingir que estou alegre e saltitante, até porque não faz o meu tipo fazer isso, mas ele não se importa com meu mau humor ou a falta de vontade de conversar e ser simpática às vezes.

— Como foi voltar para casa depois de tantos anos? — Sei que sua pergunta não vem por ser mexeriqueiro, sim por saber o quão relutante eu era em voltar.

— Diferente do que imaginei que seria — respondo enquanto caminhamos para o interior do hospital.

Passamos por algumas pessoas e as cumprimentamos, em seguida vou para um lado e ele para outro com a promessa de que se possível almoçaremos juntos. Pego o elevador para o 5° andar onde fica o escritório do Dr. Gilberto, dou alguns passos e sinto uma mão tocar meu ombro, viro-me e dou de cara com Fred. Meu dia estava bom demais para ser verdade.

— Dra. Joyce, por um momento pensei que meu sonho enfim havia se realizado. — Olho para ele com uma sobrancelha arqueada. — Aquele em que você volta para a brenha de onde veio e não volta mais.

Respiro fundo para não soltar uma resposta merecida a ele, o idiota quer me tirar do sério, é fato, mas não lhe darei esse gostinho. Levanto apenas um lado do meu lábio em um sorriso irônico enquanto faço uma cara pensativa, vejo seu sorriso convencido começar a morrer um pouco quando demoro mais que o habitual para responder.

— Eu não poderia fazer isso — digo por fim. — Quem iria lhe mostrar como se faz uma carreira brilhante? Além do mais, tu choraria minha partida.

Digo a última frase e saio orgulhosa de mim mesma por ter conseguido tirar o sorrisinho irritante do seu rosto. Não olho para trás, mas posso sentir a fúria que emana dele para mim. As portas do elevador se abrem e entro a tempo de vê-lo se afastar irritado, minha vitória fica ainda mais saborosa depois disso.

— Bom dia, Emanuelle, o Dr. Gilberto já chegou? — pergunto para a secretária do meu chefe.

— Sim, ele esperando por você.

Não sei se é uma coisa boa meu chefe esperando por mim em uma manhã de segunda-feira. Sorrio para ela e sigo para a sala daquele que foi um dos meus grandes apoiadores desde que fui admitida para residência sob a sua supervisão. Bato na porta de leve e escuto sua voz gutural ao dizer um "pode entrar".

— Bom dia, Dr. Gilberto! — digo ao adentrar a sala.

— Bom dia, Joyce! Sente-se. — Sento-me na cadeira que ele aponta. — Seja bem-vinda de volta, espero que tenha conseguido descansar esses dias.

Minha cura♥ }☘{♥ DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora