Olá amores meusssss!
bora de mais um capitulo?????
boaaaaaaa leitura xuxussss
— Dra. Joyce? Dra. Joyce! — Ouço a voz desagradável chamar logo atrás de mim.
Respiro fundo e forço meu melhor sorriso para o irritante Dr. Alfredo Damasceno.
— Sentiu tanto minha falta que não esperou nem ao menos eu entrar direito no hospital? Assim vou ficar metida. — Como era esperado ele lança seu sorriso cínico para mim.
Fred, como ele gosta de ser chamado, é um sujeito alto, corpo bem definido, olhos verdes e cabelos castanhos claros, um dia já cheguei a considerar ele bonito e atraente, na verdade nem faz tanto tempos, ele ainda continua com um sorriso arranca suspiro das mulheres, menos de mim, o que o aborreceu durante toda a residência que fizemos no comando do Dr. Gilberto Moretti, atual diretor do Setor de Cirurgias e da Emergência do IETM. Disputamos cada oportunidade que nos foi dada, no fim ele desistiu da cirurgia geral e se especializou em transplantes cardiorrespiratórios, mas não parou sua implicância comigo.
A diferença entre nós dois era simples, ele vem de uma família de médicos de renome por todo o estado, enquanto eu precisava da vaga ao fim da residência para que pudesse dar seguimento ao meu sonho e não precisar voltar para a casa dos meus pais e ficar dependendo da benevolência dos manda chuva da região, sabem como é, aquele velho "quem indique" que faz a diferença na hora das nomeações para cargos públicos, inclusive na área da saúde. Agora, a poucos anos da aposentadoria do Dr. Gilberto, estamos no mesmo jogo de gato e rato de anos atrás, o prêmio final sendo a direção da emergência e cirurgias.
— Não seja presunçosa, Marino! Vim apenas lhe avisar que seu paciente famoso será transferido para Natal essa tarde. — Como é que é?
— Desculpe, acho que não entendi direito o que tu disse? — Mantenho minha expressão neutra.
— Exatamente o que ouviu. Consegui em uma conversa... — Ele leva os dedos ao queixo e bate como se estivesse buscando a palavra correta. — Produtiva! Essa é a palavra, conversando com o desembargador Moreira ainda há pouco 2o fiz ver que a equipe médica do meu pai em Natal está melhor equipada pra caso haja uma eventualidade com o quadro clínico do filho dele.
— Tu ficou maluco ou o quê? — Controlo minha voz mesmo a irritação tomando conta do meu sistema nervoso. — Faz pouco mais de vinte e quatro horas que ele foi operado, um traumatismo craniano sério, caso você não lembre.
— Lembro sim, aliás, falei para ele como a neurocirurgia não é o seu forte. — Ele detém aquele sorriso irritante nos lábios.
— O que você pretende com isso, Damasceno? Não confia que pode ficar com a vaga do Dr. Gilberto de forma limpa? Eu te apavoro tanto assim? — Ergo uma sobrancelha o desafiando.
— Até parece, tu não é páreo para mim. Meu pai está cuidando desses pequenos detalhes e quando conseguir o cargo que me é de direito vou te colocar na função ideal, não se preocupe. E convencer o desembargador é apenas uma forma de mostrar a todos quão acertadas são minhas decisões.
Se não estivéssemos no meio do corredor do CTI juro que tirava o sorrisinho irritante do rosto dele a tapas, mas não deixarei que saiba o quanto conseguiu me afetar dessa vez. Colocar a vida do meu paciente em risco apenas para me desafiar e mostrar que pode é o cúmulo do absurdo, não vou deixar que saia dessa sem uma boa briga.
— Me diga uma coisa, Alfredo, o que o Dr. Gilberto achou disso tudo? Porque sabemos que é ele quem autoriza esse tipo de transferência ou tô errada?
— Ele está nesse momento resolvendo toda a papelada com o desembargador e meu pai e, como sei que tu vai tentar fazer ele mudar de ideia, sugiro que vá logo, porque não são tantos papéis assim. — Dito isso ele me vira as costas e caminha convencido da sua vitória.
Um tanto frustrada, xingando todos os palavrões que conheço em pensamento e sabendo que não terei tanto sucesso na difícil tarefa de convencer o meu chefe a não assinar os documentos que permitem a transferência do meu paciente com tão pouco tempo depois de uma cirurgia delicada, caminho apressada pelos corredores deixando de lado a visita aos demais pacientes. Preciso resolver isso o quanto antes.
— Emanuelle! — saúdo a secretária do Dr. Gilberto sem prestar atenção ao que ela me diz.
Três batidas na porta antecedem minha entrada. Não sou de agir assim pelo impulso, mas dessa vez Alfredo ultrapassou todos os limites da competitividade.
— Com licença, Dr. Gilberto, mas preciso falar com o senhor e tem que ser agora! — falo ao entrar.
— Joyce, estava falando de você agora mesmo! — Falando de mim?
Fico um pouco surpresa com sua declaração, então me permito olhar ao redor da sala para dar de cara com ninguém menos do que o desembargador da República, João Paulo Moreira, e ao seu lado está o inconfundível Secretário de Saúde do estado e pai de Alfredo, Dr. Jânio Damasceno. Engulo em seco antes de cumprimentá-los com um aceno rápido de cabeça e um "Bom dia" abafado.
— Sente-se aqui. — Dr. Gilberto sinaliza com a mão e um sorriso complacente.
Com passos cautelosos me sento na cadeia que me é indicada e fico olhando para meu chefe atrás de uma resposta para as perguntas que nem ao menos cheguei a fazer.
— Estamos discutindo a transferência de Luís Augusto pra Natal. É ótimo que esteja presente, afinal foi quem o operou e pode nos dar uma melhor análise da situação.
Ao ouvir as palavras do Dr. Gilberto, uma pequena parte minha que ainda tem esperança de que esse absurdo seja solucionado para o bem do paciente, se alegra. Essa é a minha oportunidade de ter uma opinião nessa história.
— Bom, como a cirurgiã responsável, digo que é muito cedo para uma remoção, mesmo que essa seja feita através de uma aeronave especializada para esse tipo de transporte — falo olhando diretamente para o pai do meu paciente.
— Levando em conta que sua especialidade não é a neurocirurgia, acho que devemos ouvir a opinião de um especialista. — Sinto o veneno na voz tão irritante quanto do filho, assim que o Dr. Jânio fala.
— Com todo respeito, mas a Dra. Marino é tão capaz de um diagnóstico quanto qualquer outro cirurgião da minha equipe. O senhor sabe que sempre me cerco dos melhores profissionais — meu chefe diz antes que eu possa responder.
— Sei da competência da sua equipe, meu caro colega, mas estamos falando de uma transferência que pode ser vital para a sobrevivência de um paciente. — Não acredito que Alfredo foi baixo a ponto de usar a influência do seu pai para conseguir o que quer.
— Com licença, Dr. Jânio, mas acho que o senhor não está levando em conta a gravidade da situação. Eu estive durante quatro horas trabalhando arduamente para a sobrevivência do meu paciente, durante esse tempo quase o perdemos por duas vezes. Agora o senhor vem até aqui propondo uma transferência pouco mais de vinte e quatro horas depois? — Balanço a cabeça para enfatizar meu ponto.
— Dr. Jânio, o senhor e seu filho me disseram que era o melhor para a recuperação de Luís a transferência para um hospital especializado. — Vejo um olhar intrigado no rosto do desembargador, que agora toma sua posição de pai que faz de tudo pelo filho.
E agora, o que será resolvido desse embate? Alguma dica?
Até o próximo capitulo meus amores!
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Minha cura♥ }☘{♥ Degustação
Romanzi rosa / ChickLit#Aviso Essa história contém cenas fortes e algumas outras de sexo além de linguagem inadequada para menores de 18 anos Em questão de segundos tudo acontece... Vinda de uma cidade do interior, lutando com muito esforço, Joyce é uma jovem médica que q...