Oito e meio - Fim da degustação

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Oláaaaaa, meus amoressss

LUIS AUGUSTO

LUIS AUGUSTO

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"Joyce"

Um elogio à beleza dela com toda certeza, penso enquanto ela se afasta de mim deixando um amargor estranho na minha boca, vagamente lembro de quando Tamires e eu brincávamos de procurar significados dos nomes e o significado me chamou atenção e brinquei que elogio não era nome de gente, mas agora com a imagem dos olhos astutos ainda fresca na minha mente acho que nenhum outro nome poderia ser mais correto que esse.

— Filho, tudo bem, você bem! — A voz da minha mãe me tira dos devaneios sobre nomes e viro o rosto para olhá-la, tão bonita e elegante como sempre.

— Mãe, não me olhe assim... — peço quando noto as lágrimas voltando para o seus olhos.

— Não estou olhando de nenhuma forma. — Joga a cabeça para trás erguendo o queixo e sorrio por ver como se recompõe rapidamente. — Só foram muitos dias sem poder ver seus olhos me olhando assim, sua voz ou essa ruga que marca sua testa quando está pensando demais, então diga para essa pobre mãe o que está incomodando o filho dela.

Quero suspirar profundamente frustrado com minhas lembranças confusas, como também a minha falta de habilidade em esconder as coisas dela, mas lembro que minhas costelas doem se fizer algum movimento exagerado, então apenas balanço a cabeça e fecho os olhos. Flash de luzes misturadas com a imagem de um lugar muito claro se infiltram na minha mente e lá está o rosto dela me fitando, feroz e determinado.

Sinto minhas mãos suando e tremendo como aconteceu assim que vi seu rosto pela primeira vez há poucos minutos, aquela sensação de reconhecimento inexplicável junto com algo a mais que faz meu peito se expandir e meus batimentos cardíacos aceleram causando o barulho ensurdecedor do monitor cardíaco chamando a atenção não só da minha mãe como da enfermeira que entra carregando uma bandeja com o que imagino ser o remédio prescrito pelo médico, o mesmo que saiu daqui para tomar café com ela.

Um sentimento esquisito toma conta do meu peito e não o reconheço, é uma chama diferente misturada a uma vontade de levantar dessa cama e impedir que eles fiquem muito tempo conversando, minhas narinas se abrem e sugo o ar com força não me importando com a dor nas costelas, um ciúme louco... é isso? Estou com ciúmes de alguém que acabei de conhecer? Isso é possível? Aperto os olhos tentando diminuir a pressão que sinto na minha cabeça que agora dói mais ainda.

— Senhor Fradick, acalme-se, logo a dor vai diminuir — a senhora diz injetando algo pelo cateter conectado a minha mão e como prometido meus membros aos poucos vão relaxando e uma sensação de flutuar começa a se espalhar a partir das minhas pernas.

— Mãe? — chamo enquanto ainda tenho consciência.

— Sim, querido? — Suas mãos envolvem a minha e pisco algumas vezes para focar no seu rosto.

— Ela tava lá comigo, não tô ficando louco...

Digo e não sei qual a sua resposta, a sonolência toma meus sentidos e deixo meu corpo flutuar no oceano de calmaria que o nada me traz.


***


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