Dia Um

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Começo a encher a banheira para um banho relaxante, afinal de contas estou precisando!
Nem posso chamar de banho, aquilo que eu tomei no hotel que nem água quente tinha.

Abro o armário e escolho alguns sais de banho, despejo na banheira e entro.

Vou ficar mal acostumada se for sempre assim!

Relaxo tanto na banheira que acabo tirando um pequeno cochilo.

- Nossa, não vai me convidar para entrar?

- O que?

Quando abro os olhos vejo a figura diabolicamente loira na minha frente com as minhas duas malas nas mãos.

- DROGO O QUE FAZ AQUI? SAIA JÁ!!!!

- Calma Coisinha, você está muito estressada.

- Mas o que está acontecendo aqui?! - Nicolae entra e se depara com a cena - Drogo mas que diabos está fazendo? - ele fala cobrindo os olhos com as mãos.

Eu puxo a toalha que está próxima a banheira e falo furiosa:

- Esse tarado entrou aqui enquanto eu estava tomando banho!

- Em minha defesa, eu não sabia que a Coisinha estava no banho, eu só trouxe as suas malas, chamei mas ela não respondeu então eu entrei - fala com uma cara de falso inocente.

- Eu não ouvi você chamar, e isso não quer dizer que você pode entrar aqui a hora que bem entender! - falo quase gritando.

- Drogo, cadê os seus modos? Você não sabe que não se deve entrar no quarto de uma dama? - questiona Nicolae visivelmente irritado - me desculpe Jane, isso não irá se repetir.

Drogo sai do quarto contrariado e Nicolae fecha a porta.

Apesar da raiva que fiquei pelo atrevimento do Drogo, achei engraçada a forma como Nicolae me defendeu.
Relembro do rosto dele envergonhado e das suas mãos sobre seus olhos e isso me arranca um sorriso. Me olho no espelho enrolada na toalha e por um momento me acho atraente.

Sou tomada dos meus pensamentos por causa de uma sinfonia melancólica.

Me visto rapidamente e resolvo seguir  o som do piano.
Abro levemente a porta do meu quarto e olho para os dois lados a fim de checar se tem mais alguém no corredor.
Saio do quarto e percebo que o som vem de uma das últimas portas. Caminho até ela e percebo que está entre aberta porém quando me aproximo para espiar, a tábua de madeira do chão range sob meus pés e a melodia para instantaneamente.

Droga!

Quando estou me retirando silenciosamente o mais rápido que posso um estranho se escora no batente da porta e me questiona:

- Nunca ouviu falar que a curiosidade matou o gato?

Congelo na hora, sem dar mais um passo.
Sem graça, me viro para ele e respondo:

- Me desculpe, é que a música me chamou atenção.

- Já está tarde, sugiro que vá dormir.

Nossa que insuportável, será que o Nicolae é o único que tem bons modos nesse lugar?

Me viro furiosa com os punhos cerrados e vou em direção ao meu quarto. Quando chego nele, bato a porta atrás de mim em sinal de afrontamento.

Começo a arrumar as minhas coisas de volta a mala, todos nesse lugar são esquisitos e me tratam mal, não quero mais ficar aqui, eu deveria ter ouvido a mamãe, eu vou embora!
De repente escuto baterem na porta.

Mas que droga, quem será agora?

Jogo um lençol por cima das malas feitas e grito:

- Entra!

Is It love? Nicolae - PatrinieriOnde histórias criam vida. Descubra agora