Nossa Conexão

Ask Her

                                   Shawn's P.O.V

Eu sorri com a sua resposta e a beijei, finalmente estávamos juntos e eu não poderia estar mais feliz.

- Tengo que bailar contigo hoy...- Despacito começou a tocar e eu a puxei gentilmente para a pista de dança.

- Me mostre seus passos. - Ela disse rindo, pois já os conhecia. Afinal sou um excelente dançarino.

- Esses passos de salsa acabam comigo. - Anne disse em meio as gargalhadas, juntei nossos corpos e arrisquei alguns passos com ela.

- Ei, arrumem um quarto! - Gritou o pessoal quando Anne fez alguns movimentos mais "calientes".

Devido á falta de costumes ás 3 horas já estávamos cansados, famintos, e com saudades da pequena.

- Nada como alta gastronomia servida em alguns minutos. - Ela disse antes de morder seu hambúrguer.

- batata ao molho. - Disse eu ao passar  no ketchup.

- Você é tão estranho, diz que não gosta de tomate, mas qualquer derivado ou molho manda para dentro.

-  Você diz que não gosta de cebola, mas adora anéis de cebola. - Eu rebati sorrindo de lado.

- Touché. - ela riu. - Estava aqui pensando, nós nunca tivemos um primeiro encontro.

- Achei que primeiro tinha que ter um bebê e depois o primeiro encontro.

- Sendo assim fizemos tudo certo.  - gargalhamos como loucos,  algumas pessoas nos olharam, mas outras assim como nós provavelmente haviam saído de baladas e tinham álcool no sangue deram risada conosco. 

Depois de terminar a refeição tomamos um café e fomos para casa, tomamos banho e caímos na cama. 

- O que foi?  - Anne escutava algo no celular e parecia bem atenta.

- Nada,  é  só uma amiga minha. - ela disse e respirou fundo olhando para mim.  - Minha melhor amiga,  ela mora um pouco longe, sinto falta dela.   - eu a abracei.

- Não é  só isso. Ela me mandou mensagem, por um acaso ela esbarrou com um carinha ai...

- um carinha?  - eu cruzei os braços, sorrindo de lado. 

- Meu primeiro amor.  - Ela sorriu,  mas não sei se poderia chamar aquilo de sorriso era mais uma curvatura nos lábios,  Um sorriso triste.

- Um carinha conhecido então. 

- Bom,  estudamos juntos. Ela o conhecia a mais tempo do que eu, anos, desde a infância ou até mesmo antes.  Eu e ele éramos adolescentes que ainda não tinha nem mesmo dado o primeiro beijo, eu ficava toda boba quando via ele, pensava nele muito mais do que eu pensava em qualquer outra coisa. Se eu fazia algo de diferente no visual pensava: " será que ele vai gostar? ", ou quando eu colocava o pé para fora de casa : " será que encontro com ele pelo caminho? ".E toda vez que eu bebia me lamentava por ele.

- Isso é  normal. 

- Com o passar do tempo, eu achava que éramos amigos, mas era só uma amizade unilateral. Ele me magoou muito,  as vezes eu não suportava ouvir a voz dele,  mas se ele chamasse o meu nome meu coração iria bater mais forte. Enfim,  foi uma bosta,  mas foi meu primeiro amor,  e amor não necessariamente precisa dar certo pra existir. 

- você o amava?

- Eu achava que sim,  mas aí conheci você e descobri o que é  amar de verdade. - Após escutar isso sorrimos de orelha à  orelha e nos beijamos. 

- Então me deixa te amar a noite inteira.  - eu sussurrei no seu ouvido

...

Os poucos dias passaram rapidamente, logo, eu me encontrava na minha rotina. Indo para o trabalho e voltando para o meu apartamento, me sentindo mais sozinho que nunca, as noites nunca haviam sido tão cruéis, eu sentia falta de cada detalhe, cada traço do rosto dela que eu fazia questão de decorar a cada vez que dormíamos juntos. E sem a minha filha, minha pequena Lou, me sinto um homem incompleto. Quando se tem tudo uma vez, é impossível se contentar com nada, e assim era minha vida sem elas todos os dias.

...

- Acho que nunca te vi tão feliz com alguém filho. - Minha mãe me disse enquanto fazia um carinho no meu cabelo, fui para a casa dos meu pais já que Anne trabalharia esse final de semana, apenas Lou vinha pra cá.

- Foi tudo tão bagunçado, mas eu não me arrependo de nada. Foi como espalhar as peças de um quebra-cabeça, para achar as peças corretas.

- O amor é uma aventura. - ela sorriu e eu também.

- Tenho medo de perdê-la

- Talvez seja hora.

- De que ?

- perguntar se ela gostaria de ser sua para sempre, Faça com que ela sinta seu amor.

- E se ela disser não?

- Então será não, mas eu creio que as chances dela dizer sim são bem maiores, você não acha?

- Só perguntando para saber. - eu disse risonho. - Se a resposta for sim, eu não precisarei de mais nada.